le blog casadaspalmadas

by zefir

 

Quando a recepcionista chamou o meu nome entrei no consultório da Dra Marisa com um certo receio. Não que não a conhecesse ou não confiasse mas, como dizer, não estava propriamente em condições de ser examinada. Na noite anterior o meu marido me deu umas boas palmadas por causa de um novo estouro no meu cartão de crédito. Era um acordo nosso. Como eu sempre estourava o limite do meu cartão ele me deu duas opções: uma era ficar sem o cartão ou continuaria com o cartão e, toda a vez que eu estourasse o limite, levaria uma surra.

Até me lembro, fiquei toda eufórica de não ter perdido o cartão e certa de que meu marido não levaria à sério o acordo. Ledo engano, logo no primeiro mês eu já tinha estourado o limite como nunca havia antes. Meu marido chegou em casa já com o extrato do cartão na mão, tirando o paletó e arregaçando as mangas da camisa. Comecei a brincar e falar que o acordo não era a sério, essas coisas que a gente fala quando fez um acordo que não saiu como queríamos. Não precisei falar muito, em questão de segundos estávamos no nosso quarto, ele sentado na cama e eu na embaraçosa posição de estar deitada de bruços nos seus joelhos, com a saia levantada e a calcinha nos tornozelos. Gente, como doeu. Ele só me bateu com a mão mas era como se estivesse usando um chinelo ou outra coisa qualquer, e bateu como se estivesse batendo num inimigo. No começo não tinha resistido muito achando que, após me por nos seus joelhos e olhando direto para o meu bum-bum, ele recuaria e deixaria tudo só pelo susto mas quando percebi que a coisa era séria tentei tudo que pude para sair daquela situação, em vão. Sua mão subia e descia na minha bundinha tão rápido que deve ter sido um novo recorde mundial de palmadas por segundo. Bom, agora estou brincando mas na hora doeu demais. Quando terminou eu xingava e chorava, mais chorava que xingava é lógico, mas ainda consegui xinga-lo com boa parte do meu repertório de xingamentos. E xingava também porque senti um certo tesão naquela situação toda e não queria admitir. Ficamos dois dias sem nos falar até que, através da sua secretária, fiquei sabendo que naquele dia ele tinha convidado um cliente para almoçar e, na hora de pagar a conta o restaurante devolveu o cartão porque por causa do limite que eu havia estourado. Como ele não usa talão de cheques e leva muito pouco dinheiro na carteira teve de passar pelo constrangimento de ter convidado o cliente e vê-lo pagar a conta.

Naquele dia fizemos as pazes e eu prometi nunca mais fazer aquilo de novo e, se fizesse, ele poderia me dar outra surra. E foi ontem, não que eu não estivesse me controlando mas realmente eu errei nas contas e achei que ainda tinha saldo disponível. Resultado, mais uma surra. Mas desta vez foi diferente, me senti realmente excitada e acabamos fazendo amor logo depois. Entramos definitivamente no rol dos fetichistas.

Bom, voltando a consulta, sabia que teria de tirar a roupa e tanto a doutora como a enfermeira veriam minha bundinha ainda vermelha mas não havia outro jeito, consulta só daqui a muito tempo e eu já estava muito atrasada nos meus exames periódicos. Entrei normalmente, até demais visto as circunstâncias, e estava indo bem até a hora que ela falou que eu poderia me despir que a enfermeira me colocaria na sala de exames. Naquela hora eu pensei ou fico enrolando e acabo sem roupa do mesmo jeito ou vou logo de uma vez. Optei pela segunda opção e, com a cara mas lavada do mundo, tirei a roupa junto da enfermeira e coloquei o avental. Percebi que, quando a enfermeira viu a minha bunda, primeiro fez uma cara de espanto e depois deu um sorrisinho maroto, por um momento deu a impressão que ela queria colocar a mão para sentir o estado que ela havia ficado. Sentar na maca não foi tão difícil quanto tentar dormir ontem à noite, sentindo o lençol arranhando a bunda, mas acabei fazendo uma careta. Nessa hora percebi que a enfermeira se segurou para não rir. Acabei achando até bom, melhor levar a coisa na brincadeira do que ter alguém todo compadecido do lado, me achando coitadinha, mulher submissa em pleno século 21 e coisa e tal.

Bom, até que tudo estava indo muito bem mas chegou a hora do exame e a doutora estava entrando.... mas isso eu conto no próximo conto.

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Dim 4 jan 2009 Aucun commentaire