“Ele está atrás de você”, me disse Kate, em Curitiba. “Eu estou atrás de você”, disse-me ele, logo depois. Agora, em São Paulo, eu me sentia estranha: alguma coisa me deixava inquieta de dia, e com medo de noite.
Isso tinha começado no fim de semana anterior. Eu simplesmente saí para me divertir com algumas amigas. Fomos para uma boate, e lá eu vi os dois: Kate e o Vampiro de Curitiba. Mas o que ele estava fazendo em São Paulo?
Bebi de uma vez um copo de uísque que tinha nas mãos e corri atrás dos dois, mas quando cheguei aonde eles estavam, tinham sumido. Desapareceram no ar, simplesmente. Olhei ao redor, por vários minutos, até chamei “Kate” algumas vezes, porque eu não sabia o nome dele ainda, mas foi inútil, eles tinham sumido.
“Então, ele está em São Paulo... atrás de mim?”, eu pensei.
Mas enfim, desde esse dia, alguma coisa me deixava inquieta e com medo da noite. Uma sensação de perigo eminente, a impressão de que alguém me observava com hostilidade...
Como se eu fosse uma caça na mira de algum feroz predador...
Eu logo culpava o amo da Kate, o Vampiro de Curitiba que, eu sabia, estava em São Paulo, quem sabe para que? Ah, mas eu sabia que ele estava atrás de mim... pelo menos, tinha estado antes.
E veio a lembrança das palmadas, de me sentir dominada e completamente controlada, mas ao mesmo tempo querida e amparada, e disciplinada, sim, mas acho que sabia que no fundo merecia e era bom para mim. Então, passei a sair todas as noites, com minhas amigas ou sozinha, ia a todas as boates que conhecia e algumas que não conhecia, para tentar encontrá-lo, abraçá-lo, beijá-lo, amá-lo... e quem sabe, se eu fosse pentelha o bastante, se ele não me daria mais palmadas, merecidas, dolorosas, mas gostosas... ah, esses pensamentos me faziam cada vez mais uma criatura da noite. Era quase como se eu não tivesse que trabalhar de dia. (Quanto ao trabalho, bem, eu trabalhava de dia, mas na hora do almoço, meio dia às duas da tarde, eu ia cochilar no meu carro, no estacionamento, no banco do carro forrado com almofadas que eu trazia de casa. Aí, eu saia do serviço as seis e meia da tarde e chegava em casa às sete horas, e dormia até as onze da noite, quando acordava para sair para mais uma balada até as cinco da manhã, e voltava para casa, dormia uma hora e meia, tomava um banho rápido e ia para o serviço sem café da manhã, já que eu levava um sanduíche natural na minha bolsa. Para compensar, dormia dez horas por dia sábado e domingo).
Então, eu vivia inquieta, com medo de alguma coisa que não entendia e ansiosa para encontrar o meu Vampiro de Curitiba, que estava em São Paulo.
Isso, até um dia em que tive um sonho. Eu cheguei em casa as sete da noite, caí na cama, cochilei, e vi ele o Vampiro, entrando no meu quarto. E o Vampiro disse:
- Pare de sair a noite, Anna. Você não sabe, mas corre perigo.
- Perigo? Como... - eu ia me levantar da cama, mas ele, com um gesto de suas mãos, me fez ficar paralisada e deitada, e ele disse:
- Durma, querida, durma a noite toda, acorde descansada amanhã e não pense mais em sair pela noite atrás de mim. Eu também não gosto disso de você dormir mal durante a semana porque não quer descansar para trabalhar normalmente, já que prefere ir me procurar pelas boates da cidade. Eu irei até você, quando for seguro.
Naquela noite, eu dormi profundamente, e quando acordei eram cinco e meia da manhã, quase a hora que eu chegava em casa nos outro dias. Acordei muito mais relaxada, mais disposta para trabalhar e com mais bom humor do que o normal. Mas também com medo, com muito medo. O que ele queria dizer com eu correr perigo?
Então, eu fiquei cinco, seis dias sem sair a noite. Eu trabalhava, eu queria sair, mas quando anoitecia, eu tinha mais medo do que antes, queria ir para casa e ficar lá. Dormia cedo e acordava cedo, tomava café da manhã e chegava bem descansada no trabalho, onde tinha um rendimento melhor do que antes, com o novo regime de sono.
Mas o tempo foi passando, e a impressão que o sonho tinha me deixado foi aos poucos se enfraquecendo, mas o desejo não, a vontade de encontrá-lo, não, e eu pensei: "será que foi só um sonho bobo? Se foi isso, não tenho do que temer, e isso é bom. E se foi de verdade que ele me mandou ficar em casa e parar de sair a noite? Então, se eu o desobedecer, ele pode ficar bravo e me dá mais algumas palmadas, e isso é melhor ainda!"
Então, eu chamei um taxi por telefone, perguntei ao motorista se ele conhecia uma boa boate, ele me disse que sim, e eu pedi para ele me levar para lá. E lá fomos nós.
Fomos por um caminho que eu não conhecia. Até aí, tudo bem, São Paulo é grande, acho que não conheço 90% da cidade e deve haver muitas boas boates por aí que eu nem imagino que existam. Só que eu reparei que o vento estava muito frio, o que era anormal naquela época do ano. Eu pedi para o chofer fechar a janela e ele me ignorou.
“Mal educado”, pensei. Mas havia alguma coisa mais além de má educação, alguma coisa que me assustava, como o vento frio também me assustava. Então, passamos por uma rua totalmente escura, o que nunca seria normal, as luzes dos postes estavam todas apagadas, as casas estavam todas escuras. Como isso era possível? Mesmo quando os postes de luz estão escuros, ainda assim alguma casa ou loja sempre tem alguma luz... mas naquela estranha rua, não havia lojas, nem mesmo prédios, só casas escuras, milhares delas, até onde minha vista podia alcançar, e algumas estranhas árvores que pareciam homens desesperados se contorcendo de dor.
Então, o chofer do taxi estacionou numa vaga e se virou para mim, sorrindo de um jeito assustador.
- Eu não vejo nenhuma boate aqui – eu disse, tremendo de medo.
- Não é para sua diversão, senhora, é para a nossa – ele respondeu, rindo de um jeito que arrepiou meus pelos e gelou minha barriga.
Saí correndo do carro, e ele riu mais ainda, dizendo:
- Corra, senhora, essa é a idéia!
E de repente me vi cercada por quatro homens, que também sorriam para mim de um jeito assustador.
- Quem são vocês? Onde eu estou?
Eles riram e, rindo, me mostravam os dentes caninos, longos e pontiagudos...
- Não, vocês são vampiros!
Eu me virei para fugir, mas o chofer estava atrás de mim, rindo também e também com os longos e ameaçadores caninos típicos dos vampiros. Eu estava cercada, e os cinco vampiros se aproximavam de mim, com sorrisos ferozes que mostravam seus dentes de vampiro. Eu comecei a chorar e me ajoelhei, implorando por minha vida.
- Não, por favor, poupem-me, eu não fiz mal a vocês, piedade...
Mas eles não me davam atenção, e chegando cada vez mais perto eles deixavam bem claro o que queriam, beber todo meu sangue, quem sabe também me transformar numa escrava morta-viva deles...
Só que isso não aconteceu porque, de repente, uma estaca de madeira atravessou o peito do chofer, e como acontece nesses casos o vampiro voltou a ser o que os vampiros devem ser, um cadáver.
Os outros quatro vampiros se voltaram para a direção de onde tinha vindo a estaca. Eu também olhei para lá e vi o Vampiro de Curitiba, meu salvador. Ao lado dele, estava Kate, e um moço e uma moça que eu não conhecia. Deviam ser vampiros também, aliados ou servos do Vampiro de Curitiba.
- Ele está morto, traidor, você matou um de sua própria espécie, e para que? Por uma mortalzinha que deveria servir como fonte de sangue, que é para isso que servem os mortais – disse um dos vampiros que queriam beber meu sangue, o mais alto deles.
- Essa mortalzinha não servirá de fonte de sangue para vocês, cafajestes. Eu tenho planos para ela. E eu não matei ainda esse chofer traiçoeiro de vocês, só precisam remover a estaca. Deixem ela conosco e vocês poderão ir. Do contrário, vocês quatro contra nós quatro, veremos quem leva a melhor. Se vocês perderem, morrerão de vez, porque além de enfiar uma estaca em seus corações cruéis eu removerei suas cabeças e as queimarei. Será que vale a pena arriscar sua imortalidade por uma mortal?
Os quatro vampiros se olharam, como se conferenciando em pensamento. O vampiro mais alto, que pelo jeito era o chefe, disse então.
- Não, não vale. Pode ficar com sua amiguinha mortal desde que nós possamos levar o corpo de nosso companheiro em paz.
Eles se afastaram de mim e eu corri para ele, para o Vampiro de Curitiba, meu salvador. Eu estava chorando ainda, mas desta vez de alívio e felicidade. Ele simplesmente disse:
- Você tem dormido pouco e isso que aconteceu deve ter te cansado, Anna. Por isso, durma – e eu dormi.
Acordei na minha cama, em casa, pouco antes da hora de ir trabalhar. Foi o despertador que me acordou. Eu me sentei na cama e falei sozinha:
- Um pesadelo, foi só um pesadelo...
Mas quando eu estendi a mão para desligar o despertador eu senti que tinha um papel debaixo do relógio. Surpresa, peguei o papel e vi que era um recado para mim. Eu li, e me apavorei com o que estava escrito:
“Você me desobedeceu e quase perde a vida por isso. Saiba que estou em São Paulo em missão, combatendo vampiros perversos. Eles me vigiam e eu os vigio. Quando você me viu na boate e depois me chamou e chamou a Kate, eles começaram a desconfiar que houvesse alguma coisa entre nós. A intenção deles era te capturar para usá-la contra mim. Por isso te mandei ficar longe da vida noturna, para te proteger. Custava esperar uns dias, até eu dizer que era seguro? Mas você me desobedeceu. E eu não tolero isso. Quando mando em você, quero ser obedecido, porque quando mando em você, mando para seu bem. Para ter certeza que da próxima vez eu serei obedecido, eu te castigarei quando minha missão terminar. Até lá, não saia de noite e durma cedo.”
Bem, agora eu sabia duas coisas: primeiro, que não fora um pesadelo o que eu tinha passado na noite anterior, mas real, bem real, o que me encheu de medo. Quantos monstros andam pela noite, nas grandes cidades, e transportam suas vidas para ruas estranhas de cidades fantasma? Por que é claro que a rua para onde o chofer vampiro tinha me levado não era de São Paulo, mas de algum lugar terrível e mal-assombrado para o qual eu tinha sido transportada de alguma maneira mágica e sinistra. E saber que isso não tinha sido um pesadelo me assustou.
Mas o pior foi saber que eu ia levar umas boas palmadas, de novo! Era isso que ele queria dizer quando falava em me castigar. Me deitar de bruços em seu colo, levantar minha saia, abaixar minhas calcinhas (ou abaixar minha calça ou meu short e minhas calcinhas junto, se eu não usasse uma saia, tanto faz) e dar tapas e tapas e mais tapas, encher meu bumbum de palmadas, palmadas fortes e rápidas, dessas de me deixar com a bunda inchada, vermelha e vários dias sem poder sentar.
Com isso na cabeça, eu tomei um banho rápido, me arrumei e fui trabalhar. Enquanto trabalhava, eu não conseguia tirar da cabeça o que ele iria fazer comigo. Quando seria? No dia seguinte, na semana seguinte, talvez no mês seguinte. Talvez até mais tarde. O certo é que eu iria apanhar no bumbum. E de novo. Pois eu desobedeci e por isso quase morri. Ela não perdoaria isso, porque ele queria ter certeza que na próxima vez eu obedeceria. Me sentia como uma menininha que tinha feito uma travessura e iria apanhar por isso, sabendo que não tinha como escapar, então desejava que a surra viesse logo.
Eu tentei me concentrar no trabalho, tentei evitar pensar na surra certa que iria levar no bumbum, mas era impossível. Uma colega até reparou no meu jeito e perguntou:
- Anna, aconteceu alguma coisa?
- Oi? Não, nada demais.
- Você está com uma esquisita expressão de vergonha...
- Vergonha? Não, eu estou pensando em alguns problemas na família, só isso.
Expressão de Vergonha! Sim, devia estar. É constrangedor uma mulher da minha idade apanhar no bumbum como uma menininha... isso me deixava mesmo envergonhada. E quando eu pensava na surra que iria levar, eu acho que o constrangimento aparecia nas minhas expressões.
Eu guardei o bilhete dele na minha bolsa. Peguei, reli. Não, não era um pesadelo, era real, estava lá, na minha mão. E ele dizia: “eu te castigarei quando minha missão terminar”. Sim, me castigará. Se ele diz que faz uma coisa, ele faz. E se ele diz que me castigará, e isso quer dizer que me dará palmadas no bumbum. Mas quando?
Por muitos dias, eu só pensava nisso. Eu passei a me comportar super bem: dormia cedo, acordava cedo. Do trabalho ia pra casa e da casa ia para o trabalho. Não quis saber de diversão noturna, só quando ele dissesse que eu poderia. Lembrei-me de um momento da infância, quando fiz uma travessura no carro e minha mãe disse que iria me bater, então fiquei quietinha até chegar em casa e aí mamãe falou que não adiantava nada ficar quieta, eu iria apanhar do mesmo jeito. Sim, eu era de novo uma garotinha esperando as palmadas.
Nesses dias, quando me deitava na cama para dormir, eu pensava na surra que ele me daria. Eu tentava pensar na primeira surra que ele me deu, em Curitiba. E que também foi por desobediência. E como ele deixou meu bumbum rosado, depois vermelho, e me fez prometer que não desobedeceria mais... promessa que não mantive.
Eu ficava ansiosa e nervosa pensando na surra que levaria, mas havia também algo estranho: eu também ficava excitada, até mesmo molhadinha em certa parte do meu corpo, uma parte que ficava perto do bumbum que iria apanhar... uma parte de mim temia a dor e a humilhação, outra parte esperava por um orgasmo ou algo assim... e nada disso estava sobre meu controle. Mesmo que uma parte de mim gostasse das palmadas e até estivesse ansiosa por uma boa surra no bumbum, isso não tinha importância. Eu apanharia mesmo se detestasse, porque eu não ia apanhar no bumbum porque queria ou porque deixava de querer, ia apanhar no bumbum porque desobedeci mais uma vez.
Um pouco para esquecer essa confusão de sentimentos, um pouco porque a expectativa das palmadas me transformaram numa boa menina (mesmo sabendo que era inútil, a surra vinha de qualquer maneira e pronto, pensar nas palmadas me faziam mais comportada), eu me dedicava cada vez mais ao trabalho. O chefe percebeu isso e passou a me mandar a reuniões e mais reuniões, onde eu representava a empresa e discutia com gerentes de bancos, empresários, advogados, etc. Um dia, eu fui até a sala de reuniões da matriz de uma multinacional aqui em São Paulo, e...
... e lá estava ele, o Vampiro de Curitiba. Eu tinha que admitir que ele melhorou muito em relação ao nosso último encontro, naquela rua estranha que ficava dentro de São Paulo mas não era em São Paulo, e sim em algum lugar mágico aonde seres sobrenaturais levavam suas vítimas humanas. Na multinacional, o Vampiro vestia um elegante terno que lhe caia bem, calçava sapatos importados, usava um relógio negro e dourado que se podia ver que era caríssimo. Uma pasta negra, parecida com a que James Bond usa em alguns filmes, estava sobre a mesa. Alto, de ombros largos, com olhar sério e determinado, ele tinha a aparência de força e autoridade que todo disciplinador deve ter.
- Você... como...?
- Primeiro, Anna, eu quero dizer que você não precisa se preocupar com seu chefe nem com seu emprego. Aqui está o contrato que o presidente desta multinacional no Brasil deveria assinar. É um contrato bom para sua empresa. O presidente da multinacional passará o resto da vida achando que teve uma reunião com você e foi convencido a assinar o contrato. Ele dirá isso ao seu chefe que não terá motivos para duvidar, é claro. É mesmo capaz que seu chefe te promova. Bem, nada disso é difícil para quem tem poderes especiais.
- Ah, obrigada... – eu disse, quando peguei o contrato. Eu tremia desde que o vi. Ele me pegou totalmente de surpresa. Será que as palmadas seriam nessa sala de reuniões? Ah, tomara que não, eu morreria de vergonha se algum estranho entrasse e me visse apanhando no bumbum nu, deitada de bruços no colo dele... mesmo se apenas ouvissem o barulho das palmadas, isso já seria o bastante para eu chorar de vergonha.
Como se tivesse lido os meus pensamentos, ele disse:
- Não se preocupe com os funcionários dessa multinacional nem com ocasionais visitantes. Eles não entrarão nessa sala nem ouvirão o barulho feito aqui dentro, portanto você pode gritar, chorar e espernear o quanto quiser. Isso também é por causa dos poderes especiais. A propósito, eu não quis te esperar na sua casa porque eu não quero que meus inimigos vampiros saibam onde você mora.
- Seus inimigos vampiros... sua missão não terminou?
- Ah, terminou e foi um sucesso. Um dia te conto os detalhes, pois hoje eu não posso. Mas se quiser ter uma idéia, pense num filme de detetive com vampiros, bruxos, fantasmas e lobisomens em vez de policia e bandido, é mais ou menos assim. Mas mesmo minha missão tendo terminado, eu não te visitarei em sua casa por medida de segurança.
- Ah, sim, entendo...
- E entende também o que farei hoje, espero. Agora, venha comigo até o sofá que está no canto. O sofá não é dessa sala, sabe? Mas eu fiz trazerem ele para cá para você se sentir mais confortável.
Eu obedeci e fui com ele até o sofá. Mas não parei de tremer nem por um instante. Tremia de medo e um pouco de vergonha, mas também de excitação. O que aumentava a vergonha, eu estava indo apanhar como criança contra minha vontade, de um homem que se achava no direito de surrar meu bumbum quando achasse que eu precisava e merecia, como isso podia me deixar excitada?
Quando chegamos ao sofá, ele se sentou, agarrou meu braço e me puxou, me deitando de bruços em seu colo. Ele desabotoou minha calça e a abaixou até os joelhos. Depois, abaixou minhas calcinhas, com calma, olhando com prazer meu bumbum grande, redondo, liso e branco. Ele achou meu bumbum lindo, sem dúvida nenhuma.
Ainda fiz um débil protesto:
- Por favor, você não precisa fazer isso...
- Eu quero ter certeza de que se eu te der uma ordem você vai obedecer – ele respondeu, com sua voz firme e séria. E me deu a primeira palmada:
SMACK
Foi bem forte, me acertando no lado direito do bumbum. A outra foi no lado esquerdo.
SMACK
Ele parou, vendo como minha pele branca ficava vermelha. E ele me deu mais oito palmadas, quatro em cada lado, às vezes um pouco acima, às vezes um pouco abaixo, de modo que as dez palmadas cobriram todo o meu bumbum.
- Agora, Anna, você vai dizer essas palavras: “Obrigada pelas palmadas, senhor vampiro. Eu preciso aprender a obedecer, senão eu posso perder minha vida, e levar palmadas no bumbum é a melhor maneira de aprender obediência. Muito obrigada”.
- Que? Tenho que falar isso também?
- A cada dez palmadas, sim.
E eu pensei: “Então serão muitas palmadas? Ele vai dar muito mais que dez?”
- E se eu não falar?
- Então, pego o chinelo.
- Tudo bem, eu falo. Obrigada pelas palmadas, senhor vampiro. Eu preciso aprender a obedecer, senão eu posso perder minha vida, e levar palmadas no bumbum é a melhor maneira de aprender obediência. Muito obrigada.
- Boa menina.
E ele então me deu mais dez palmadas, cinco fortes no lado direito do meu bumbum, cinco fortes no lado esquerdo:
SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK
E ele então parou, mas sem me soltar. Eu vi que ele estava me esperando falar e eu falei:
- Obrigada pelas palmadas, senhor vampiro. Eu preciso aprender a obedecer, senão eu posso perder minha vida, e levar palmadas no bumbum é a melhor maneira de aprender obediência. Muito obrigada.
Ele me ouviu com uma cara bem séria, e aprovou o que eu disse com a cabeça. E me deu mais dez palmadas:
SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK
E eu tive que agradecer de novo pelas palmadas, para ele me dar mais dez:
SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK
E eu agradeci de novo, para levar mais dez palmadas de novo e de novo agradecer e de novo levar palmadas no bumbum… E eu não sei quantas palmadas levei, mas foram mais que 100, com certeza. Eu estava em lágrimas na última vez que agradeci:
- Uiii, snif... ui, ui, snif... obrigada pelas palmadas... snif, senhor vampiro, snif, snif. Eu preciso... snif... aprender a obedecer, senão... snif... eu posso perder minha vida, snif... e levar palmadas no bumbum... snif é a melhor maneira de aprender obediência, snif, snif... Muito obrigada, snif.
- Você é uma boa menina.
- snif, snif...
Ele me levantou, me beijou na testa. Eu gostei do beijo dele e sorri, embora ainda chorasse um pouco e meu bumbum estivesse em chamas. Eu alisei bem de leve meu bumbum, e ardeu como se eu tivesse passado ferro em brasa nele. Mesmo sem tocar, só com a mão perto, dava para sentir como estava quente. Eu olhei para a janela cujo vidro servia com espelho, e levei um susto: nunca imaginei que ele pudesse ficar tão vermelho, com marca de dedos nos lados, principalmente onde as nádegas se encontravam com as coxas. Dois tomates inchados era o meu bumbum, naquele momento.
- Anna – Ele me disse – agora vamos ver se você aprendeu a obedecer. Você ficará de castigo naquele canto, em pé, os braços abaixados e as mãos cruzadas para frente, sem permissão para olhar para trás, até eu tirar você do castigo. Seu bumbum ficará a mostra, e você não deve cobri-lo, entendeu?
- Sim, senhor vampiro – eu respondi.
Ele tinha feito um cartaz de cartolina onde estava escrito: “estou de castigo”. Quando eu fui para o canto, ele grudou o cartaz nos meus ombros com durex, e também com durex ele prendeu minha camisa de modo que ela não cobrisse meu bumbum. Minhas calças e minhas calcinhas ficaram abaixadas.
Então, o vampiro foi até a porta e disse:
- Podem entrar, colegas. Espero que não tenha esperado muito.
- Oh, não, acabamos de chegar – disse uma voz de homem.
Então, ele tinha marcado uma reunião com os outros vampiros ali? E eles todos veriam meu castigo? Eu morri de vergonha, e quase tive uma crise muito maior de choro do que antes. Uma voz feminina disse:
- Ui, que vermelho mais vivo! Posso passar um cremezinho nela?
“Kate! Essa é a voz de Kate!”, eu pensei, ficando com mais vergonha ainda, embora isso seria de se esperar, ele estava com Kate em São Paulo, estavam juntos na missão, ela também é vampira, e ela devia saber como são os castigos dele...
- Agora não, Kate – disse o vampiro – depois da reunião, talvez.
Ainda ouvi alguns risinhos, que me deixaram com mais vergonha ainda, e os vampiros então passaram a discutir os assuntos da reunião, como se eu não estivesse ali, na mais humilhante situação da minha vida.
- Nossos inimigos vampiros fugiram de São Paulo – disse um deles.
- Não temos certeza ainda – respondeu uma vampira que não era Kate – eles podem estar escondidos, esperando a gente voltar para nossas cidades.
- Se for isso, eles têm alguém nos vigiando.
- E nós já teríamos percebido isso, porque ninguém pode vigiar um vampiro sem que este perceba.
- Eles não precisam nos vigiar. Eles sabem que gostamos de hotéis de luxo, então só precisam hipnotizar um empregado do hotel e perguntar se o estranho hospede que nunca aparece de dia, só a noite, ainda está lá.
- Isso tem dois lados. Também podemos hipnotizar um empregado e perguntar se alguém andou fazendo pergunta.
- Vocês se esquecem que eles têm informantes nas nossas cidades? Se aparecemos lá, isso quer dizer que não estamos aqui e eles saberão.
- É um dilema: se ficamos aqui, eles somem. Se sairmos daqui, eles voltam. E se eles voltam mais fortes, podem nos derrotar na próxima vez.
- E eles sabem que vamos ter que voltar um dia para nossas cidades. E esse dia não vai demorar muito.
- Mas não podemos deixá-los tomar São Paulo. Se fizerem daqui sua base, eles serão o bando de vampiros mais forte de toda América do Sul.
- Não, não podemos. A situação é essa: Não podemos deixar nossas cidades, quando sairmos eles voltarão e voltarão mais fortes. Teremos que voltar de novo, e desta vez mais fortes também.
- Proponho que fiquemos em São Paulo até entrarmos em acordo com outro bando de vampiros. Eu tenho contatos com vampiros argentinos. Eles podem se juntar a nós, para impedir que um único bando de vampiros domine São Paulo.
- É uma boa idéia. Ficaremos aqui até entrarmos em acordo com os argentinos. Quando voltarmos para nossas cidades, teremos que brigar com outros invasores, mas podemos fazer isso, desde que nossos inimigos não dominem São Paulo. Mas temos que ter certeza de que, quando precisarmos voltar para São Paulo, os argentinos virão conosco. Assim, pegaremos os vampiros inimigos de surpresa. Eles estão só esperando a gente sair para voltar, com toda certeza.
- E nesse momento, devem estar reunidos em algum lugar, pensando em como voltar mais fortes.
Os vampiros falaram sobre isso, a política interna dos vampiros, durante umas três horas. Eu ouvi, mas não ousei olhar para eles. Eu não queria desobedecer o Vampiro de Curitiba de novo, e além do mais estava morrendo de vergonha e não queria mostrar a cara. Eu com vergonha e os vampiros pareciam não ligar mais para mim, preocupados com os assuntos deles. Devem ter vistos muitos bumbuns vermelhos de mulheres mortais desobedientes. Quando falo vampiro, quero dizer vampira também. Havia mais vozes femininas que masculinas, naquela reunião. Eu não sei se é porque mulheres falam mais que homens, mas parecia que dois terços dos presentes eram vampiras, entre elas Kate.
Mas enfim, depois de três horas a reunião terminou. Eu estava com os joelhos doendo, embora meu bumbum doesse muito mais, e doida para ir ao banheiro. Mas a reunião terminou e aí Kate veio até mim, para passar um creme no meu bumbum. E ela disse:
- Está melhor, Aninha? Você está gostando disso, eu passar o creme no seu bumbum?
- Sim, Kate, estou, do jeito que você passa é gostoso, muito gostoso...
- Foi uma surra e tanto, pelo jeito... Mas é bom, porque agora você vai obedecer e não correrá mais risco de vida, não é, Aninha?
- Sim, Kate, foi bom por isso.
“E também foi bom pela dor, pela humilhação, por ter sido exposta numa situação embaraçosa para um bando de estranhos, por ter ficado de castigo e pelo controle que ele passou a ter sobre mim”, eu pensei, “tudo isso foi muito excitante, e eu sinto vontade de gozar. Eu sei que a intenção dele foi me castigar e não me excitar, mas isso só aumenta o prazer”.
- Pode sair do castigo, Anna – disse o Vampiro de Curitiba – você deve estar querendo ir ao banheiro. Pode ir, e pode se vestir também.
- Obrigada, senhor vampiro.
Eu fui ao banheiro e me aliviei. Depois, eu me vesti. O meu bumbum ardeu quando entrou em contato com o tecido das minhas calcinhas, e eu quase chorei de novo.
- Anna – disse-me o vampiro – espero que você não se importe se eu aparecer em sua casa, num momento melhor.
- Não, não senhor vampiro – eu disse, excitada com a idéia – pode vir me visitar, quando quiser.
- Bem, como não sei direito a situação de meus inimigos, não irei hoje, mas um motorista desta multinacional te deixará lá. Você irá com ele para sua casa, por uma questão de segurança.
- Sim, senhor vampiro, eu entendo.
- Hmmm... agora você obedece... isso é bom.
E o motorista me levou para casa. Eu tive dificuldade durante o caminho, porque sentar no carro era muito doloroso para mim, mas agüentei bem, no final das contas. Uma vez em casa, tomei um banho e caí na cama. Dormi nua e com o bumbum vermelho para cima.
No outro dia, fui trabalhar, de saia, porque uma calça ainda era muito dolorida para meu bumbum. Eu também fui usando uma calcinha mais sexy, tipo fio dental, embora não fosse porque eu queria ser sexy, mas por outro motivo. E também levei uma almofadinha para a cadeira. Como o Vampiro disse, o meu chefe me elogiou por ter conseguido um bom contrato e prometeu me indicar para uma promoção.
E quando voltei para casa, encontrei um outro bilhete, que dizia: “Voltaremos a nos encontrar na próxima semana, querida. Eu tenho que voltar para Curitiba para resolver alguns problemas. Mas agora que você me convidou, eu posso entrar na sua casa quando quiser, porque um vampiro só pode entrar na casa de um mortal quando é convidado. Sabe, eu não entrei na sua casa quando te salvei, eu hipnotizei um mortal e ele te deixou na sua casa por mim. Mas da próxima vez eu entrarei, e prometo que nos divertiremos muito”.
E eu acredito nele, ele me prometeu um castigo e cumpriu, como meu bumbum é testemunha. Agora, ele promete diversão, e eu fico pensando como será. Tenho certeza que será bom.
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