Zéphir


by zefir

 

 

Começando de onde eu parei no outro conto, estava eu pronta para ser examinada pela minha médica exibindo uma bunda toda vermelha e uma cara deslavada de quem acha que não está acontecendo nada. Percebi que ela ficou muito consternada na hora que viu o estrago no meu traseiro mas não comentou nada. Feito o exame, ela levantou sem falar nada e voltou para o consultório. Quando voltei para o consultório ela estava muito séria e continuava muda. Peguei o pedido dos exames e já estava saindo quando ela falou:

-Eu sei que isso não deve ser da minha conta mas ...... faz muito tempo que isso acontece?
-Isso o que? - perguntei com a cara mais lavada do mundo.
-A surra, faz tempo que seu marido te bate?
-Bom, umas duas ou três vezes nesse último ano... mas é só quando eu estouro o limite do cartão e ....

Ela não deixou eu terminar. Juro que eu ia dizer que até gostava e que as surras haviam até melhorado nossa vida sexual mas ela começou com uma conversa de que as mulheres não deviam mais ser submissas, que eu devia denuncia-lo por agressão e todas essas coisas sobre direito humanos e das mulheres. Até concordo, se tudo isso estivesse acontecendo e eu não estivesse gostando já teria ido embora logo depois da primeira surra mas ... e agora ..... depois de todo esse discurso fiquei muito constrangida em admitir que eu gostava de uma surra de vez em quando.

Depois de muita conversa ela acabou se propondo a conversar com meu marido para ver se melhorava as coisas e eu acabei concordando. Sai do consultório tendo prometido que quando voltasse com o resultado dos exames traria o meu marido junto. Arranjei pra cabeça, teria agora de convencer o meu marido a vir conversar com a minha médica para que ele parasse de me bater, coisa que eu adorava e, em vez de eu ser a submissa, ele que seria o violento. Confusão total.

A noite tomei coragem, cheguei de mansinho e acabei contando tudo o que havia acontecido naquela tarde: a reação da enfermeira, a careta na hora de sentar e a preocupação da médica. Por fim contei do compromisso que assumi de leva-lo junto quando fosse levar os exames. Ele ficou meio cismado mas acabou concordando. Falou que esse negócio de bater, apesar de ser por comum acordo, não era uma coisa muito certa e seria bom ouvir a opinião da médica. E assim fizemos.

Quando chegamos para a consulta pareceu que a recepcionista nos olhou com uma cara diferente. Não sei se foi impressão ou a enfermeira comentou alguma coisa mas continuei como se nada estivesse acontecendo.

Na hora da consulta eu entrei primeiro e a doutora viu meus exames, me passou uma receita e só depois pediu para o meu marido entrar. Parece até que uma nuvem negra se instalou dentro da sala, o ambiente ficou super pesado. Ela começou a conversa mansamente mas em pouco tempo já estava discutindo com meu marido. Nunca imaginei que a coisa chegaria a tal ponto, todos na sala de espera estavam ouvindo. Por fim meu marido levantou e disse que tudo bem, que ele não iria me bater novamente mas que, se eu estourasse o cartão de crédito novamente ele viria cobrar dela. Nova discussão, ela também se levantou e falou que não tinha essa responsabilidade e coisa e tal. Foram batendo boca até que, não sei porque, ela falou que se responsabilizaria sim caso eu estourasse o cartão. Sei lá porque ela fez isso mas foi o suficiente para o meu marido parar a discussão e ir embora prometendo cobrar a promessa.

Ao chegarmos em casa tomei a iniciativa de quebrar o silêncio que já vinha desde que saímos do consultório e tentei me desculpar pela confusão que havia arranjado. Até fiquei impressionada com a resposta, ele disse calmamente que a culpa não era minha, que ele concordou em ir ao consultório da médica mas que ela havia sido extremamente desagradável na conversa. Ele esperava encontrar uma profissional médica e acabou encontrou uma ativista radical dos direitos femininos. Esperava ouvir conselhos para melhorar nosso relacionamento e acabou ouvindo uma série de jargões esteriotipados. Mas deixou claro que as coisas não iam terminar assim.

Passei muito tempo controlando religiosamente o saldo do cartão de crédito com medo que ele voltasse lá e as coisas ficassem pior. Mas a saudade das surras já estava ficando muito forte. Tentei arranjar outros motivos para levar uma surra mas nada dava certo. Muito tempo depois a vontade de voltar aos velhos tempos e achando que tudo já havia sido esquecido me levou a arriscar. E fiz com estilo, foi um baita estouro. Imaginei que o meu marido também queria voltar ao que era e não resistiria ao ver o extrato do cartão com aquele monte de zeros.

O tiro saiu pela culatra. Quase no final da tarde a recepcionista da minha médica me ligou dizendo que o meu marido estava lá, muito nervoso e insistia em falar com a doutora.

Fui o mais rápido possível. Quando cheguei lá cruzei com a enfermeira saindo correndo e ouvi a voz do meu marido dizendo para a doutora que ela iria pagar de um jeito ou de outro. Quando olhei pela porta meu marido já havia deitado ela no colo, levantado a sua saia junto com o avental e estava abaixando suas calcinhas. Ela gritava que iria processa-lo, mata-lo e mais um monte de coisas que nem me lembro mais. Tentei impedir mas ele mandou eu ficar quieta. Ele estava tão nervoso que achei melhor obedecer.

Ele começou a bater na bunda dela com raiva, cada palmada fazia um barulho ensurdecedor e deixava uma marca vermelha da mão dele estampada. Logo seu traseiro estava todo vermelho e, em alguns lugares, apareciam alguns pontos roxos. Eu estava ficava excitada por estar vendo aquilo. Afinal, durante as surras, o máximo que eu conseguia ver era o chão do quarto e agora estava vendo o que acontecia comigo mas de um ângulo muito mais excitante. Mas ao mesmo tempo começou uma ponta de ciúmes, não queria dividir aquelas surras com ninguém.

Rapidamente ela parou de gritar e só chorava, um choro sentido que eu conhecia muito bem. Quando ele terminou levantou-se de uma vez fazendo com que a doutora caísse sentada no chão, o que custou um gemido mais forte.

Vestindo o terno, ele se virou para ela e disse que, se ela realmente resolvesse processa-lo, todo mundo ia ficar sabendo que ela tinha levado uma surra na bunda e que a causa tinha sido por ela ter se metido na vida das suas pacientes. Muitas pacientes poderiam continuar sendo clientes dela mas também muitas iriam para outros médicos. Como não tínhamos muitas posses uma possível indenização nunca cobriria o prejuízo que ela teria.

Ela tinha acabado de se recompor quando a enfermeira voltou trazendo um policial. Ela ficou lá, parada sem falar nada. Quando o guarda perguntou o que estava acontecendo ela simplesmente falou que não havia sido nada mas o policial não se convenceu muito e ficou lá só olhando (com a cara vermelha de tanto chorar ficava muito difícil qualquer um acreditar nela). A enfermeira quis retrucar dizendo que o meu marido invadiu o consultório, que estava tentando agredir a médica mas ficou quieta quando a doutora falou que aquilo tudo era um problema de família e que já estava tudo calmo e resolvido.

Fomos embora sem falar mais nada. Jantamos sem tocar no assunto, assistimos um pouco de televisão conversando sobre qualquer assunto menos sobre o que tinha acontecido. Na hora de dormir eu já não podia controlar a excitação e resolvi quebrar o gelo:

-Meu bem, afinal, como é que fica agora...bom ... eu estourei o cartão não foi?
-Então eu não deveria estar sendo castigada?
-Nós não combinamos que não haveriam mais surras? E afinal a doutora já 'pagou' a conta.
-Bom, está certo mas.... bom....se o conselho que ela deu para nós não funcionou porque não podemos voltar ao que era antes?
-Já disse, a doutora 'pagou' a conta e não quero mais ouvir falar naquela mulher aqui dentro da nossa casa, estamos combinados?
-Ta certo, ta certo, não está mais aqui quem falou.

(Silêncio )

-Meu bem?
-Uhmm?
-Sabe porque eu estourei o cartão?
-Não?
-Eu comprei um presente muito bonito e caro para a doutora.

Aleluia, num instante eu já estava de bruços nos seus joelhos, com a camisola jogada por cima da cabeça, as calcinhas nos tornozelos e sentindo sua mão descendo na minha bundinha como antigamente. Acho que foi a surra mais forte que ele me deu. Quando a surra terminou estávamos muito excitados, nem esperamos eu me recompor e já estávamos na cama nos amando. Esta prometia ser a nossa melhor noite de amor. Só não entendi o potinho de vaselina no criado mudo .......................

VOLTAR

 

Regina estava sentada em frente ao espelho dando os últimos retoques na maquiagem. Era véspera de Natal e este seria o primeiro que passaria sem o seu marido. A separação havia sido traumática, mas ela estava conseguindo se manter. Como sempre iria passar a noite na casa de seus pais com os dois filhos, Maria Helena e João Vitor, e o fato de estar indo sozinha a incomodava um pouco.

Levantou-se e quando ia sair ouviu um barulho na varanda do quarto. Assustada, foi lentamente até a janela e abriu a cortina num golpe só. Para sua surpresa lá estava um homem vestido de Papai Noel, com o saco de presentes e tudo, tentando se aprumar na pequena varanda. Imaginando não haver perigo, abriu a porta de vidro:

- Mas o que o Sr está fazendo aqui? Estamos no quinto andar e esta brincadeira pode acabar com alguém machucado.

Levantando a cabeça lentamente, Papai Noel a olhou bem nos olhos e disse, com uma voz que inspirava tranqüilidade:

- Você sabe que não tem perigo, eu faço isso sempre.

Havia alguma coisa na voz dele que a fez se acalmar e ajuda-lo a entrar no quarto. Ele sentou-se numa cadeira e foi logo dizendo:

- Regina, você sabe quem eu sou, não sabe?

Por uma estranha razão ela respondeu que ele era Papai Noel. Por mais ridícula que parecesse a resposta, ela tinha certeza que era ele.

- Você sabe o que eu estou fazendo aqui, não sabe?

Ela já estava um pouco grandinha para receber presentes de Papai Noel e não conseguiu imaginar nenhuma outra razão.

- Todos os anos eu recebo cartas de todas as crianças me pedindo presentes, mas esse ano eu recebi uma carta meio estranha. Duas crianças me escreveram dizendo que não queriam brinquedos, mas queriam que eu fizesse a mãe deles parar de se comportar mal. Escreveram que ela volta tarde todas as noites e elas praticamente só ficam com a babá...
- Mas eu tenho que trabalhar, a pensão que o meu marido paga é muito pouco e...
- Pare Regina, você sabe que isso não é verdade, você nunca sai do serviço depois das seis horas e só chega em casa lá pelas dez.

Era verdade e ela ficou vermelha de ter sido pega contando uma mentira, mas mesmo assim tentou retrucar:

- Mas... Só para me divertir um pouco, depois da separação eu... E não são todos os dias... e ... e...
- Regina, pare porque você só está se complicando mais - disse Papai Noel já um pouquinho irritado.

E continuou lendo a carta onde seus filhos falavam de como ficavam sozinhos, dos ‘tios’que ficavam ligando perguntando por ela, dos porres, etc.

- Você vai me dizer que tudo isso é mentira?

Ela ficou quieta. Já não pensava em se defender, mas sim começava a sentir um certo remorso pelo descuido com os filhos. Apenas deu uma balançada com a cabeça admitindo tudo que Papai Noel dissera até aquele momento. Só não estava preparada para o que veio a seguir. Seus filhos haviam escrito que, quando eles se comportavam mal ou, às vezes, até sem razão, ela lhes dava umas palmadas.

De boca aberta de surpresa, ela ouviu o pedido das crianças: que, se quem se comporta mal deve levar uma surra, que Papai Noel desse uma na mamãe para ver se ela parava de sair sempre e ficasse mais com eles. Ah! E tinha também um PS: Eles iriam deixar biscoitos e leite para ele na varanda da sala.

Ela ficou pasma, nunca poderia imaginar ouvir aquilo. Mesmo já tendo admitido que estava errada isso era absurdo. E mais surpresa ainda ficou quando viu Papai Noel tirando a luva da mão direita e começar a enrolar a manga do seu casaco.

- Além de concordar com as crianças eu gosto muito de leite com biscoitos. Você não acha que seria muita falta de educação minha comer os biscoitos e tomar o leite que eles deixaram para mim sem lhes dar o presente que pediram?

Ela pensou em reclamar, mas, por alguma razão, achou que seria inútil. Resignada, levantou-se lentamente e já começava a se debruçar no colo do Papai Noel quando ele gentilmente a interrompeu:

- Não está esquecendo de nada? – perguntou.

Do que poderia estar esquecendo. Para apanhar na bunda é só se deitar de bruços no colo de alguém e... NÃO PODE SER... Será que ele quer que eu levante o vestido... Não pode ser, Papai Noel não faria isso e...

Como se tivesse lido os pensamentos de Regina, Papai Noel mandou, não só que levantasse o vestido como também que arriasse a calcinha.

- Surra de verdade é assim, de bunda pra fora. E ficou olhando incisivamente para ela.

Ela ameaçou reclamar, mas ficou só na ameaça. Cheia de vergonha, primeiro tirou a calcinha por baixo do vestido e só depois de deitar no colo de Papai Noel é que levantou o vestido.

A primeira palmada não demorou a vir, e forte. Sentiu uma queimação horrível no traseiro. A segunda veio logo a seguir e as demais numa seqüência ritmada. Ritmadas e extremamente doloridas. Em pouco tempo já chorava como uma criança. Resolveu tentar se defender com uma das mãos, mas Papai Noel rapidamente a segurou e dobrou seu braço por sobre as costas. E dá-lhe palmada!

Quando terminou a surra ela ainda ficou deitada um pouco de tempo no colo de Papai Noel, só teve a iniciativa de baixar o vestido.

- Eu ainda tenho muitas crianças para visitar, e algumas mães também, por isso é melhor se levantar.

Regina se levantou lentamente. Cada movimento era particularmente doloroso. Com a cabeça baixa e os olhos ainda cheios de lágrimas sentiu Papai Noel a abraçar delicadamente e dizer:

- Espero que tenha aprendido a sua lição e espero também que tenha aprendido que você pode continuar a se divertir sem negligenciar os seus filhos.

Quando ia se virar para responder Papai Noel já havia desaparecido. Só podia ouvir um tradicional OH! OH! OH!

Rapidamente se recompôs (só não colocou a calcinha de volta por motivos óbvios) e, chamando pelos filhos, foi para a festa de Natal.

Na hora da troca de presentes, ela abraçou os filhos e, como presente, prometeu nunca mais ficar longe deles. Prometeu e cumpriu.

O resto da festa transcorreu tranqüilamente exceto na hora da ceia quando a mãe de Regina perguntou se ela não iria sentar para comer e dois risinhos foram ouvidos no canto da mesa.

Dose Dupla

 

 

Tem certas coisas nessa vida que acontecem porque tem que acontecer, como se estivessem escritas. Não interessa o quanto se faça ou o que aconteça contra, elas acabam acontecendo do mesmo jeito.

Só para situar você leitor, meu nome é Cláudio, sou professor, viúvo e tenho um filho adolescente. Minha esposa faleceu logo após o nascimento do Paulinho, esse é o nome do meu filho, e eu praticamente fui pai e mãe durante a sua infância e começo de adolescência. Leciono numa escola particular muito famosa e, apesar de professor, meu salário não é dos menores. E ainda o complemento com algumas aulas particulares. Moro num prédio antigo, mas bem localizado, com dois apartamentos por andar, garagem e uma bela área livre.

Nunca procurei me casar novamente, não por ser contra ou não querer, simplesmente não casei. Meu filho e minha profissão já eram suficientes. Também não estou querendo dizer que virei padre, tinha meus encontros, mas nada sério.

Bom, vamos ao que interessa. Há uns seis meses atrás chegou uma professora nova na escola, mais ou menos com a mesma história que a minha, viúva com uma filha da mesma idade que o meu. Seu nome era Sylvia. Tinha vindo do interior e estava procurando uma casa para morar. Achei engraçada a ingenuidade, casa em São Paulo, duas mulheres sozinhas, era o mesmo que procurar encrenca. Disse-lhe que a capital não era como o interior e que seria bem melhor que procurasse um apartamento.

O que tinha sido um simples palpite transformou-se numa conversa e no fim acabei aceitando ajuda-la na procura de um apartamento. Compramos um jornal e separamos alguns anúncios nos classificados. Ela havia vendido a sua casa no interior e tinha o suficiente para comprar ou dar de entrada num bom imóvel aqui em São Paulo.

Após as aulas fomos ver os apartamentos previamente escolhidos, mas nada que a agradasse. Um dos apartamentos ficava justamente num prédio ao lado do meu e acabei sugerindo subir para conhecer o meu apartamento e tomar alguma coisa. Foi uma visita bem rápida, o suficiente para um suco e para ela dar uma olhada no apartamento.

- Gostei muito, é do tipo que eu gosto. Queria ter a sorte de poder achar algum parecido com o teu.

Saímos e, no elevador, tive a idéia de sairmos pela frente em vez de pela garagem. Os zeladores sempre sabem de algum apartamento vazio nas imediações e poderíamos aproveitar para ver se algum interessava.

Como eu disse no começo: ‘estava escrito’. O porteiro avisou que o apartamento ao lado do meu deveria vagar na próxima semana e que o dono pensava em alugar, mas que provavelmente aceitaria uma proposta de compra.

Esse meu vizinho também era professor, só que universitário, e já havia me dito que se o filho passasse no vestibular no Rio de Janeiro, provavelmente ele pediria transferência para acompanhá-lo. E foi o justamente o que aconteceu. Fomos lá falar com ele e, após uma breve conversa, eu tinha uma nova vizinha.

No dia da mudança conheci a sua filha, que chegara praticamente junto com a mudança, e lhe apresentei meu filho. O nome dela era Diana e logo ficou amiga do Paulinho. Ela era alegre, jovial e muito educada. A Sylvia parecia ser muito rígida na educação da menina. Algumas vezes, quando a Diana fazia alguma coisa que Sylvia não gostava, ela a repreendia com um tom de voz bem autoritário que fazia a menina, como assim dizer, ‘murchar’ literalmente. Mas fora esses raros episódios as duas pareciam mais amigas do que mãe e filha.

O tempo foi passando e o Paulinho e a Diana se tornaram muito amigos, vivam um no apartamento do outro. Eram inclusive colegas de turma na escola onde lecionávamos. Tinham aula tanto comigo como com Sylvia, mas isso não chegava a ser um problema, pois eram excelentes alunos.

Eu mesmo comecei a prestar mais atenção na Sylvia. Na escola costumava usar uma roupa tão conservadora que parecia até militar, mas em casa geralmente usava alguma coisa bem mais leve, sempre discreta, mas dava para perceber um corpo bem formado e sensual. Mesmo assim não perdia a pose, sempre com aquele ar meio autoritário, principalmente se era para repreender a filha. Uma vez, quando jantávamos os quatro na sua casa, disse que o Paulinho era um menino muito educado e que eu devia ser como ela: amigo, mas rígido quando necessário. Quando ela disse isso percebi que a Diana ruborizou e abaixou um pouco a cabeça. Fiquei meio cismado com aquela situação.

Outro dia aconteceu uma coisa que me chamou mais ainda a atenção, a Diana veio em casa para avisar o Paulinho que não poderia estudar aquela noite, pois a mãe a havia posto de castigo. Tinha a cara de quem tinha chorado e eu a convidei para entrar um pouco que eu iria chamar o Paulinho. Ela disse que não precisava, que sua mãe a estava esperando e tinha que voltar logo. Disse que daria o recado e ela se foi. Não sei porque não fechei a porta de imediato, mas sim a fiquei acompanhando enquanto voltava para o seu apartamento. Foi quando a vi colocando as mãos delicadamente sobre o seu bumbum e soltar um leve gemido. Quando abriu a porta para entrar deu para perceber que voltara a chorar.

- Só pode ter apanhado, pensei comigo. Será que a Sylvia ainda bate na filha mesmo ela já tendo seus quinze anos?

Mas não pensei mais nisso. "Cada um com seus probremas", já dizia um amigo, e os meus já eram mais que suficientes. Inclusive porque a vida continuou como sempre e mais nada de estranho aconteceu.

Até que um dia esse "probrema" veio bater na porta da minha casa. Cheguei em casa à tardezinha e encontrei o Paulinho com uma cara de quem havia chorado muito. Perguntei o que havia acontecido e ele disse que preferia não dizer. Fiquei na minha e deixei-o em paz. Normalmente ele acaba me procurando para contar sem eu precisar ficar perguntando. Mas dessa vez não. Mesmo curioso resolvi esperar um pouco mais mesmo vendo meu filho com aquele ar tristonho.

Um certo momento ele foi chegando devagar, sentou do meu lado e me perguntou:

- Pai, o que a gente faz quando um amigo te acusa de uma coisa errada que foi ele mesmo que fez?

- Bom o que ele fez foi muito errado, se não houver uma razão muito boa provavelmente ele nunca foi seu amigo.

- Mas ela... quer dizer, ele é meu amigo, eu gosto dele. Acho só que não teve coragem de assumir na hora. Sei lá...

- Filho, não é melhor você contar o que aconteceu em vez de ficar dando voltas?

Quando ele começou a me contar a verdade eu fiquei completamente desorientado. Foi contando que ele e a Diana haviam ido até a sala dos professores atrás da mãe dela para pegar uns livros para levar para casa. Como a Sylvia não estava e a Diana não queria esperar, ela abriu o armário da mãe para pegar os livros. Sabia que a mãe não deixava mexer no armário, mas a pressa era maior. Quando ela foi tentar pegar os livros acabou derrubando um monte de papéis no chão. Ele se abaixou para pegar quando percebeu que um dos papéis era a prova que eles teriam na semana seguinte. A Diana ficou tentada e quis dar uma olhada, mas o Paulinho achou melhor colocar de novo no armário antes que alguém chegasse e os visse. Dito e feito, Sylvia entrou na sala e viu o Paulinho com a prova na mão. Ela perguntou o que significava aquilo e ele disse que havia caído no chão quando a Diana foi pegar os livros. Sylvia perguntou se era verdade que ela tinha mexido no armário, mas Diana, morrendo de medo, só gaguejou que não. Para fugir do castigo jogou a culpa no Paulinho. Sylvia mandou os dois para casa dizendo que quando chegasse em casa resolveria o problema. Os dois voltaram para casa calados, o Paulinho queria falar para ela dizer a verdade, mas a Diana não queria conversa. Quando chegaram no prédio cada um foi para o seu apartamento. O Paulinho só foi ver a Diana na hora que Sylvia chegou e o chamou. A conversa foi mais ou menos assim:

- O que o senhor fez foi muito grave. Pior ainda por ser filho de um professor e amigo.

- Diana, conta para ela que não foi assim, pediu o Paulinho já todo apavorado.

- Diana, disse Sylvia a olhando nos olhos, foi você que mexeu no meu armário?

Diana não conseguiu dizer a verdade, só repetiu que não tinha mexido no armário da mãe, e que a idéia tinha sido do Paulinho.

- Paulinho, mentir não adianta. Vamos já de volta para a escola que eu vou ter que comunicar isso para o seu pai e para o diretor da escola.

- Mas tia Sylvia, isso vai ser muita vergonha para o meu pai. A senhora não pode fazer isso.

- Você deveria ter pensado nisso antes de fazer essa bobagem. Se fosse a Diana eu saberia o que fazer, mas como você não é meu filho não tenho outra opção.

- Tia, faz o seguinte, eu aceito o castigo que a senhora daria para a Diana, mas não conta nada para ninguém.

- Não posso fazer isso Paulinho, só o teu pai pode te castigar.

- Mas tia, se você contar para o diretor o meu pai vai sofrer e ele não tem culpa. Por favor, tia.

- Paulinho, se fosse a Diana o castigo seria colocá-la nos meus joelhos, com as calças arriadas e dar-lhe uma boa surra. É isso que você quer?

Paulinho arregalou os dois olhos e quase se levantou para ir embora, mas pensou em tudo e viu que não tinha opção.

- Está bem assim, tia. Eu aceito.

 

Sylvia mandou Diana para o quarto e mandou o Paulinho abaixar as calças e deitar-se no seu colo. A surra doeu, mas ele não chorou. Só foi chorar quando chegou em casa. De canto de olho percebeu que a Diana veio escondida para ver a surra. Parecia estar chorando também.

Quando ele terminou de contar essa história tão insólita meu único desejo era de matar aquela mulher pelo que ela fez com meu filho. E já estava indo quando o Paulinho me segurou.

- Pai, não vai lá não. Por favor.

- Filho, não posso deixar as coisas desse jeito. Essa mulher não podia ter feito isso. Devia ter ligado para mim e deixado eu resolver.

- Mas pai, desse jeito ela vai ver que a Diana mentiu e ... bom... eu gosto dela e não queria que ela apanhasse. Eu já levei a surra e ela não precisa levar outra.

Antes de eu falar qualquer coisa a campainha tocou. Era a Sylvia e a Diana, as duas pareciam bem sem graça. Sylvia pediu para entrar e veio trazendo a Diana pela mão. Secamente as convidei para sentarem. Sylvia foi logo ao assunto:

- Pelo seu jeito você já sabe o que aconteceu.

Respondi um sim seco.

- Pois bem, a Diana acabou de me contar a verdade. Não agüentou o remorso. Eu vim aqui para pedir desculpas para você e para o Paulinho.

- Ah sim, beleza. Você dá uma surra no meu filho por causa da mentirosa da sua filha e agora acha que um ‘Desculpe’ resolve tudo.

- Cláudio, eu sei que isso tudo foi horrível. Foi tudo uma série de erros por parte de todos. A minha filha errou por contar uma mentira, o Paulinho errou por aceitar a culpa e eu errei por deixar a raiva acima da razão. Mas isso também porque ninguém queria que isso pudesse prejudicá-lo.

- Não me interessa a razão, não sou nenhuma criança para precisar deste tipo de proteção. Isso não vai ficar assim.

- O que você sugere então, me processar? Me dar uma surra como vingança?

- Devo admitir que a última sugestão me atrai muito.

- Isso é loucura, então você imagina que eu vou deixar você... Não teria o menor cabimento. Sylvia havia ficado transtornada com a idéia.

Pela sua reação achei que havia achado uma boa forma de me vingar do que ela havia feito com o meu filho e, porque não dizer, que também era uma idéia muito excitante. Resolvi que valeria a pena levar essa idéia avante.

- Vai sim, porque se não deixar eu não vou te processar, mas sim vou contar toda esta história para o diretor da escola. Quero ver você achar outra escola como essa para lecionar.

Sylvia empalideceu imediatamente. Aquilo seria o fim da sua vida profissional. Nenhuma escola de nível aceitaria uma professora que bate no filho dos outros. Sem referencias não trabalharia mais em lugar nenhum.

- Isso é chantagem, você sabe que não posso me expor desse jeito. Podemos pensar em algo diferente, mas ... uma surra?!?!?

- Uma surra igual a que você deu no meu filho. E mais, quanto a pequena mentirosa, essa vai apanhar também, mas do Paulinho.

Paulinho não acreditou no que acabara de ouvir da boca do pai. Pensou em dizer que não poderia bater na Diana, mas a idéia de ter aquele bumbum peladinho nos seu colo o fez pensar melhor. Diana também se assustou no início, mas pensando seria melhor receber uns tapinhas do Paulinho do que sentir a mão pesada da mãe.

Sylvia se viu naquela sinuca e imaginou como o Paulinho havia se sentido quando estava na mesma situação. Ela havia apanhado dos pais até pouco antes de casar, isso não era novidade para ela, mas de um homem que nem seu marido era. Mas viu que não tinha outro jeito.

- Esta bem, eu concordo, mas nas seguintes condições: vai ser no meu apartamento, primeiro o Paulinho bate na Diana, depois os dois saem e então você pode me bater.

- Sylvia, você não está em posição de exigir nenhuma condição, mas vou concordar que a surra seja no seu apartamento. Quanto ao resto não. Vão apanhar as duas juntas porque as duas viram o Paulinho apanhar.

- Mas eu mandei a Diana para o quarto antes – e virando-se para a Diana e para o Paulinho como que esperando uma confirmação – não mandei?

- Mandou, disse Paulinho, mas ela foi espiar.

- É verdade Diana? Perguntou Sylvia esperando um não salvador.

- Sim mãe, fiquei espiando do corredor.

Sylvia quis morrer.

- Bom, resolvido tudo acho que podemos ir todos para o seu apartamento, já está ficando tarde e amanhã todos temos de ir cedo para a escola.

E assim fomos todos: Sylvia perdera todo aquele ar de autoridade e caminhava lentamente; eu seguia atrás, admirando aquele traseiro que em breve estaria a minha disposição e Paulinho e Diana seguiam juntos, mais parecendo que iam para uma festa. Parecia que algo diferente estava surgindo entre os dois, tanto que quase se deram as mãos para irem juntos.

Quando chegamos fui logo me acomodando no sofá, sentando bem no meio, mas desisti e coloquei uma cadeira bem no meio da sala. Achei mais apropriado. O Paulinho então se apoderou do sofá, já puxando Diana pela mão.

Sylvia resolveu que, se era para acontecer, que fosse de uma vez para que terminasse logo e já foi se deitando no meu colo.

- Você não está esquecendo de algo, Sylvia? Perguntei já puxando a calça de Sylvia pelo bolso.

- Você não está imaginando que ... sem roupa ... na frente deles ...

- Foi o nosso acordo, lembra? Do mesmo jeito que foi com o Paulinho.

- Sylvia pensou em retrucar, mas percebeu que não adiantaria. Soltou o cinto e desabotoou a calça, descendo o suficiente para não mostrar muita coisa.

- Até os joelhos, emendei já puxando as calças de Sylvia para baixo e a trazendo para o meu colo.

Pelo menos não vai tirar minha calcinha, pensou Sylvia já sentindo as primeiras palmadas. No começou sentiu ele batendo num ritmo lento, cadenciado, mas cada palmadas estalava dolorosamente.

De relance olhou na direção da filha que estava deitada no colo de Paulinho, com a bunda toda de fora, levando a sua cota de palmadas. Palmadas essas que nem de longe doíam como as que levava da mãe, mas eram suficientemente fortes para começar a dar uma coloração vermelho vivo no seu pequeno traseiro. A cada série de palmadas Paulinho acariciava a bundinha de Diana e recomeçava. Diana não estava chorando, pelo contrário, Sylvia teve a leve impressão de ter visto um discreto sorriso no rosto da filha.

Logo deixou de lado a filha porque sentiu que Cláudio começava a tirar a sua calcinha. Tentou puxa-la de volta, mas Cláudio foi mais rápido e segurou-lhe a mão.

- Se brigar a surra vai ser pior.

Sylvia voltou a por a mão para frente enquanto sentia a sua calcinha seguir o mesmo caminho da calça. Sentiu as palmadas novamente, mas dessa vez ele estava batendo para valer. Tentou não chorar, mas logo as lágrimas começaram a aparecer. Desistiu de tentar manter a pose e começou a chorar como uma criança.

Não pude deixar de notar as formas arredondadas de Sylvia, e logo fui sentindo uma certa atração. A sua bunda era ligeiramente bronzeada e tinha a marca do maio que usava na piscina do prédio. Isso fazia com que a área não bronzeada fosse bem maior do que se ela usasse um biquíni. Aquele contraste da pele branca com a pele bronzeada me excitava mais ainda. E vê-la se tornar cada vez mais vermelha então. Comecei a ter uma ereção e duvido que ela não tenha sentido, mas não podia vacilar naquele momento. Batia com gosto, procurando cobrir a maior área possível daquela bunda.

Nenhum dos nós dois teve noção de quanto tempo durou aquela surra, mas logo eu estava abraçando Sylvia enquanto ela chorava encostada em meu ombro, ainda com a bunda pelada. Algo havia mudado entre nós naquele dia. Voltei com o Paulinho para o nosso apartamento, deixando as duas dormindo de bruços.

No dia seguinte fiz questão de ver, através do vidro da porta da sala de aula, a Sylvia dando aula de pé. Quando ela me viu fez uma cara de brava e eu fiz o tradicional sinal de quem vai dar umas palmadas, com a mão espalmada para cima, já que a porta era no fundo da sala. Ela riu.

Bom, o resultado disso tudo não vai fugir do esperado. Paulinho e Diana chegaram a namorar por uns tempos, mas hoje estão mais para irmãos. Quanto a mim, bem, quanto a nós, estamos casados já há dois anos. As surras estão proibidas aqui em casa. Proibido dar surra em filho para ser mais exato, quanto a nós ... bem ... de noite ... no quarto ....

Zephir

 

 

Nota do Autor:

A idéia deste conto é do João Palmadas. Não foi exatamente como ele me pediu, mas foi o que a minha cachola conseguiu bolar.

É isso ai, amigo, continue sempre unindo a galera do spanking.

A Herança

by Zefir




Ainda não estou acreditando e, se não tivesse acabado de sair do escritório do advogado com os papéis na mão, provavelmente iria achar que era alguma brincadeira. É que eu acabo de herdar uma casa no campo como herança do meu avô. Nem uma hora de viagem de onde eu moro. Na verdade a casa era a sede de uma grande fazenda que foi dividida entre os herdeiros. Não sei porque deixaram a casa para mim. Talvez porque preferiram a parte produtiva da fazenda e, como eu sou da cidade, me deixaram a casa, sei lá... Só sei que amanhã estou indo visitar minha nova propriedade.
   
Chegando em casa, já fui arrumando as minhas coisas e, no meio da bagunça, achei o álbum de retratos da minha mãe. Bom, só para vocês entenderem mais ou menos a minha família, eu sou filha única e meus pais morreram há algum tempo num acidente de carro. O meu avô, pai da minha mãe, era fazendeiro e muito tradicional, tipo paulista quatrocentão, e sempre morou na fazenda. Vinha muito pouco para São Paulo porque achava a vida na cidade muito liberal, que as pessoas haviam perdido a noção de respeito e educação, essas coisas que os mais velhos sempre falam sobre os hábitos dos mais jovens. Minha mãe tinha mais um irmão, que também havia morrido, e minha tia e meus primos eram os herdeiros do resto da fazenda. Voltando ao álbum, a foto da casa era muito antiga mas mostrava perfeitamente toda a fachada. Estilo tradicional com portas altas, sacadas nas janelas e uma escada na frente deixando a porta de entrada de frente para uma pequena varanda de onde se via todo o jardim. Fiquei lembrando das brincadeiras com meus primos quando éramos crianças, dos passeios, das cavalgadas, da comida feita na gordura de porco, do pomar, do riacho. Bons tempos. Lembrei do meu avô e da minha avó, sentados na varanda da frente da casa, acompanhando nossas brincadeiras. Apesar de ser bastante rígido e sistemático, nosso avô era muito carinhoso com os netos, sua paciência era enorme. Bom, enorme para nos ensinar, para cuidar de nós, para brincar,  mas se o caso fosse de desobediência,  de pirraça, ele não pensava duas vezes para esquentar um traseiro. Ele andava com uma bengala, por causa de um começo de derrame que teve, mas depois passou a usa-la mais por hábito do que por necessidade. Quando algum dos netos ou netas fazia uma malcriação ele batia, de leve, com a bengala na bunda. Se continuássemos com a malcriação, uma visita no colo dele era certa. Fosse neto ou neta o ritual era o mesmo, ele deitava a criança no colo de bunda de fora e dava umas boas palmadas.

Uma vez, e eu não gosto de lembrar, fomos eu e minha mãe passar uns dias com meu avô. Eu tinha uns doze anos, estava de férias e meu pai viajara para o nordeste para visitar uma filial  da firma na qual trabalhava. Uma noite minha mãe havia ido até uma cidadezinha próxima com umas amigas de infância e voltou lá pelas onze da noite, horário que para o meu avô era um absurdo. Eu estava no banheiro quando ouvi a minha mãe falando com ele. Ela dizia que não era mais criança, que com meu pai já havia voltado para casa muito mais tarde do que isso e que não era mais criança. Dava para perceber que ela havia bebido um pouco. Ela falava alto mas meu avô falava baixo e pausadamente. Inclusive nunca tinha visto ele levantar a voz. Tive de me esforçar para ouvir o que ele dizia. Só consegui entender que, como meu pai estava viajando e ela estava sob sua responsabilidade, ela teria de obedece-lo. Minha mãe falou mais alguma coisa mas parou abruptamente quando ouviu-se um som meio abafado e um leve gritinho da minha mãe. Para nós que conhecíamos o vovô era fácil saber o que era aquele som: bengala batendo numa bunda. Minha mãe voltou a discutir com meu avô e, apesar de não acreditar que ele daria uma surra nela, que já era adulta, minha vontade era de avisa-la para parar. Novamente ouviu-se aquele barulho característico e minha mãe parou de falar e gemeu. Agora ele deve ter batido mais forte e falou alguma coisa sobre ir para o escritório. Não ouvi mais nada. Sai devagarinho do banheiro e, sem fazer barulho fui até a porta do escritório. Pelo buraco da fechadura eu vi o meu avô sentado numa cadeira no meio do escritório e minha mãe de pé na sua frente, de cabeça baixa. Ele colocou a sua bengala no chão e deu dois tapinhas no seu joelho. Minha mãe ficou de costas para mim e começou a deitar de bruços no seu colo. Ele colocou a mão no ombro dela, impedindo-a de deitar e apontou para a calça. Minha mãe deve ter começado a chorar pois, mesmo de costas, dava para perceber ela tentando enxugar as lágrimas. Lentamente ela começou a tirar o jeans, já tirando a calcinha junto, e deitou no colo do meu avô. Minha mãe era uma mulher muito bonita e de uma personalidade muito forte, imagino o tamanho da vergonha que aquela situação lhe trazia. E foi também quando percebi o respeito que meu avô impunha na família.

Ele começou a bater nela com força, bem mais forte do que batia em nós. Batia sempre no centro da bunda e a cada palmada parecia que minha mãe seria jogada para fora do colo dele. No começo ela segurou o choro, mas logo alguns soluços denunciavam que ela não agüentaria muito tempo. Quando ela começou a chorar sua bunda já estava tão vermelha que achei que ela nunca mais poderia se sentar na vida.

Quando tudo acabou ela ficou ali, deitada no colo e chorando. Só quando ela se acalmou é que ele a mandou se levantar. Lentamente ele pegou a sua bengala, levantou da cadeira colocando-a de volta atrás da escrivaninha e começou a vir para a porta. Tudo sem dizer uma única palavra. Só tive tempo de me esconder atrás de um móvel antes que ele abrisse a porta. Torci para que ele subisse as escadas o mais rápido possível pois queria ir logo para o meu quarto para que minha mãe me visse. Não queria que ela soubesse que testemunhei a sua surra. Mas não deu, quando eu fui correr para as escadas dei de cara com ela. Estava com suas calças dobrada nos braços e nua da cintura para baixo. Acho que não consegui vesti-las de novo. Quando nos olhamos comecei a chorar e a única coisa em que pensei foi abraça-la. Ficamos um pouco ali paradas, abraçadas e subimos para o quarto. Ela me pôs na cama e foi para o banheiro. Eu ainda estava acordada quando ela voltou e deu para perceber o cuidado com que ela de deitou e ouvir o seu choro baixinho.  Não resisti e perguntei porque ela deixou o vovô bater nela. Ela respondeu que ele já era velho e que na cabeça dele, aquilo era para o nosso bem. Mesmo assim não fiquei muito convencida, afinal ela já era adulta e ele não teria forças para bater nela se ela não deixasse. Mas ela me explicou que mesmo assim ele tentaria e, como já havia tido um derrame, o esforço poderia fazer com que tivesse outro. Eu meio que entendi meio que não entendi. Não queria ficar sem o vovô mas também não gostara de ver a minha mãe naquela situação. Fiquei pensando naquilo até adormecer. Quando acordei na manhã seguinte minha mãe ainda dormia, ainda de bruços e com a bunda para fora das cobertas, nua e vermelha. Imagino como deveria ter sido difícil para ela dormir aquela noite. Mesmo assim não tinha raiva do meu avô. Desci para o café da manhã e o dia correu normalmente exceto pela minha mãe que não saiu do quarto aquele dia. Quando ela melhorou fomos embora. Não havíamos mais comentado sobre o assunto mas na viagem ela me pediu para não contar nada para o meu pai. Ela sabia que ele não entenderia e não queria que ele brigasse com meu avô ou não nos deixasse mais vir na casa dele. Mesmo assim nunca mais viemos para passar as férias, era ir e voltar no mesmo dia.

Meu avô morreu uns seis meses depois e meu tio ficou cuidando da fazenda e da minha avó. Quando fiz 19 anos meus pais morreram. Fiquei em São Paulo para terminar a faculdade e praticamente nunca mais voltei lá. Não sei porque perdi o contato com eles e fiquei mais ligada a família do meu pai. Talvez porque fui a única neta criada na cidade grande e a família da minha mãe nunca entendeu o meu comportamento. Quando minha avó morreu só fui até a cidade para o enterro. Não sei porque não quis ir até a fazenda. E agora ela é minha... bom, pelo menos a casa e amanhã vou estar lá.


Continua............
Cheguei na cidade e meu tio me esperava na praça. Aquelas praças de cidade pequena, calma, bem cuidada e com um coreto bem no centro. Tudo bem cuidado. Apesar de ser perto de São Paulo aquela cidadezinha não havia crescido. Os jovens tinham que terminar os estudos em São Paulo ou em alguma outra cidade maior e acabavam não voltando. Não havia muita oferta de emprego. Era basicamente uma cidade de aposentados.

Ele me levou para almoçar na sua casa. Durante o almoço ficamos lembrando de várias coisas: das brincadeiras com os meus primos, do vovô e da vovó, dos meus pais. Ele me falou que a idéia de deixar a casa para mim havia sido da minha avó. Ela achava que assim poderia fazer eu esquecer um pouco das maluquices da cidade grande e 'tomar um pouco de juízo'. Achei graça. Não tinha intenção de mudar para cá. Apesar de gostar muito da casa, eu só queria usa-la como opção de lazer. Isso se encontrasse um jeito de manter esse luxo. Ganhava bem mas não o suficiente para manter uma casa daquele tamanho só para alguns fins de semana. Tinha me formado em administração e logo fui contratada por uma multinacional mas ainda teria muito o que trabalhar para ter uma vida confortável. Na verdade, se não fosse o apartamento e uma pequena poupança que meus pais haviam me deixado, hoje eu estaria levando uma vida bem modesta.

Terminado o almoço já pedi para o meu tio me levar na casa mas ele falou que só depois que tirasse uma soneca. Olhei-o meio de atravessado, mostrando minha impaciência, mas ele não se alterou.  Disse que era uma soneca rápida, meia hora, e que depois iríamos. Minha tia até tentou faze-lo mudar de idéia, que um dia sem dormir após o almoço não iria mata-lo mas ele não mudou de idéia.

- Aqui não é São Paulo e eu estou na minha casa, ele disse já se dirigindo para o quarto.

Fiquei muito puta mas não reclamei mais, brigar logo na chegada não estava nos meus planos e provavelmente precisaria dele para me ajudar a cuidar da casa. Sentei na sala e aguardei. Minha tia veio com alguns álbuns de fotografias e ficamos lá, ou lembrando de coisas passadas ou vendo o que aconteceu com meus primos depois que parei de visitá-los. O mais velho já estava casado e havia comprado uma fazendo no Mato Grosso e mudado para lá. Os outros estavam estudando e provavelmente não iriam seguir a mesma vida do pai e do irmão. Um fazia medicina e a caçula fazia direito.

A meia hora de soneca do meu tio acabou passando mais rápido que eu imaginava, tão boa estava a conversa com a minha tia. Antes que meu tio reclamasse que primeiro eu estava com pressa e agora estava enrolando, levantei e já fui para o carro. Ele achou melhor eu deixar o meu carro na sua casa e irmos de caminhonete, havia chovido e poderia haver alguns atoleiros no caminho. Anotei na minha cabeça: só vir para cá fora da época das chuvas. Mas a viagem foi tranqüila e mesmo que tivesse vindo com o meu carro não teria problemas.

Quando chegamos eu até me espantei. Esperava ver a uma casa velha mas o que vi foi muito diferente. Ainda era a mesma casa mas muito bem cuidada. Dava para perceber algumas reformas que não mexeram com o estilo mas a tornaram mais funcional e moderna, até uma piscina tinham feito. Mesmo com a divisão da fazenda ainda havia espaço para criar alguns animais e plantar alguma coisa. Mas foi dentro da casa que as mudanças eram mais notadas: aquecimento solar, a luz elétrica agora vinha da rede da cidade e não do motor, antena parabólica comum e de assinatura, ar condicionado nos quartos entre outras coisas. Meu tio me apresentou a Maria, a empregada da casa e João, um rapaz que cuidava dos animais e dos demais serviços mas não morava lá.

Estranhei tudo aquilo. Sabia que meu avô nunca faria aquilo e nem minha avó e meu tio, mesmo depois da sua morte. Ele me explicou que, quando estava no hospital, o meu avô autorizou (bom, meu avô nunca autorizava ninguém, ele mandava isso sim) o meu tio a reformar a casa e colocar algumas 'daquelas porcarias de cidade grande' desde que não mudasse a aparência da casa. Ele queria que minha mãe voltasse a passar as ferias  lá e achava que assim faria ela voltar. Depois da morte do vovô, meu tio conversou com a minha mãe e ela respondeu que, por ela, ele não precisava fazer era nada pois ela só voltaria lá para visitar ele e a minha avó mas não ficaria mais tanto tempo como ficava antes.

Depois da morte dos meus pais, a minha avó botou na cabeça que tinha que realizar o sonho do vovô no leito de morte e mandou meu tio começar a reformar a casa. Boa parte do que foi feito veio da cabeça dos meus primos e eles é que acabaram sendo os maiores beneficiados. Agora eu sei porque minha avó sempre insistia para que eu viesse passar as férias com ela.

Bom, depois de ver a toda a casa, andamos de volta para a caminhonete e quando eu fui entrar meu tio me impediu. Não sei como ele tirou as minhas malas do carro mas agora elas estavam lá, sendo tiradas da caminhonete e meu tio falando que eu dormiria lá aquela noite.

- A casa agora é sua portanto cuide dela, se não por gosto pelo menos em respeito aos seus avós.

E dizendo isso foi entrando na caminhonete. Avisou que Maria me ajudaria no que eu precisasse e foi embora. Vendo o meu desânimo a Maria tentou me animar contando como tudo lá era bem cuidado e funcionava bem, que eu podia estranhar no começo mas depois ia gostar. Mas nada me animaria naquela hora. Eu estava parecendo um cachorro que corre atrás dos carros e quando eles param ele não sabe o que fazer. Já não sabia se estava tão contente assim, por mais bela que fosse a casa achei que ela não era para mim. Mas tudo bem, se tenho que ficar vou ficar mas na volta passo na casa do meu tio e proponho para ele comprar a casa e pronto.

A Maria me ajudou a levar as coisas para o quarto, o mesmo quarto que sempre fiquei quando ia para lá. Ainda bem, não sei se conseguiria dormir no quarto que foi do meu avô.
<p>Dei uma volta pela casa, pelas redondezas e quando começou a escurecer voltei. A Maria já estava com a janta pronta. Não estou acostumada a jantar tão cedo mas não reclamei. Terminei e fui para o meu quarto pensando em tomar um banho, assistir televisão e dormir. Amanhã faria a proposta de venda para o meu tio e iria embora.

Chegando no quarto peguei a minha mala e a coloquei em cima de uma mesinha. Sem querer um friso da mala arranhou levemente a mesa. Juro que ouvi um barulho como alguém pigarreando. Me virei assustada mas não havia ninguém. Deixei tudo por conta da minha imaginação. Peguei o que precisava e comecei a tirar a roupa. Fui jogando toda a roupa no chão e, de repente, senti como que uma vara batendo na minha bunda, sobre as calcinhas. Agora eu assustei, pulei de lado, já me virando, mas não havia ninguém ali no quarto. Comecei a ficar com medo, coloquei um roupão e fui até a cozinha falar com a Maria. Ao chegar lá ela perguntou porque eu estava com aquela cara de assustada e eu não respondi. Não queira que ela pensasse que eu era uma garotinha da cidade assustada. Disse que me havia lembrado de uma coisa importante e que agora não tinha como ligar para São Paulo. Ela falou que podia sim, o meu tio havia instalado um celular rural na casa e eu podia usar. Sem opção, fui até o telefone e liguei para o meu próprio apartamento e depois disse que ninguém atendia e que ligaria no dia seguinte. Ela fez uma cara de quem acreditava e falou que iria se recolher. Não pude deixar de perceber um sorrisinho meio maroto dela. Ela sabia que eu estava com medo.

Voltei para o quarto, peguei minhas coisas e fui para o banheiro. No corredor eu vi a bengala do meu avô. Engraçado, podia jurar que ela não estava lá quando passei antes. Entrei no banheiro, liguei o chuveiro e esperei a água ficar na temperatura ideal. Enquanto isso fiquei me olhando no espelho, aquele narcisismo que todo mundo tem. Novamente podia jurar que ter ouvido alguém pigarreando atrás de mim. Meio assustada resolvi tomar um banho rápido e voltar para o quarto. Deixei o banheiro todo molhado, me enrolei numa toalha, voltei correndo para o quarto e tranquei a porta. Foi então que tudo começou: senti as minhas vistas embaçarem um pouco e a luz no quarto diminuiu. Quando me virei para sair de lá senti como que um braço me pegando pela cintura e me senti suspendida no ar. Eu podia jurar que alguém estava me carregando mas não via nada, só que estava indo em direção da cama. Esse 'alguém' que me carregava se sentou na cama e me deixou sobre os seus joelhos. Comecei a me debater e gritar mas não conseguia me soltar. De repente senti que a toalha estava sendo tirada de cima de mim mas só o suficiente para expor a minha bunda. Isso não podia estar acontecendo, eu ia apanhar. Mas como? Por que? As perguntas ficaram para depois, uma mão começou a subir e descer na minha bunda. O susto do começo se transformou em dor e desespero, a cada palmada parecia que brasa quente estava sendo colocada no meu traseiro. Como não conseguia me soltar acabei por ficar lá apanhando sem fazer nada, só chorando. De repente, tão rápido como começou, acabou. Eu estava deitada na cama com o traseiro ardendo que nem fogo e sem entender o que havia acontecido. Lentamente me levantei e fui me olhar no espelho do guarda roupa. Deus, a minha bunda estava tão vermelha quanto a da minha mãe quando ela apanhou do meu avô. Dormir aquela noite foi uma tortura, toda vez que eu pegava no sono e virava com a bunda para baixo doía e eu acordava. Foi assim a noite toda.

Pela manhã a minha bunda já não estava tão vermelha quanto a noite mas ainda dava para ver o estrago que foi feito. Desci para tomar o café da manhã e não pude evitar um gemido quando sentei a mesa. A Maria perguntou se estava tudo bem e eu respondi que não tinha me acertado com o colchão o que tinha deixado o meu corpo um pouco dolorido. Novamente notei um sorriso malicioso nos seus lábios. Levantei anunciando que iria embora logo depois de arrumar as coisas mas a Maria não deixou. Disse que o marido havia matado um leitão para o almoço entre outras coisas que ela havia preparado para mim.

Resolvi ficar, afinal estava sem o meu carro e ficar sentada tanto tempo seguido ainda não estava nos meus planos. Ficamos conversando sobre várias coisas até que eu perguntei a quanto tempo ela estava trabalhando lá na casa. Ela falou que fora logo depois que o meu tio terminara a reforma da casa e que no começo tinha sido muito difícil. Falou isso passando a mão na bunda mas tirou rapidamente. Aquilo me intrigou e resolvi continuar com a conversa.

No começo ela não falava coisa com coisa, rodeava mas ao mesmo tempo parecia querer falar alguma coisa.
Ela continuava enrolando a conversa até que, sem pedir licença, sentou-se na mesa junto de mim e falou:

- Essa casa é mal assombrada.

Arregalei os dois olhos, apesar de não acreditar (mas temer), os acontecimentos da noite anterior não me deixavam em condições de retrucar.

Então ela começou a me contar uns casos que haviam acontecido por lá. Logo depois que ela havia mudado para lá, a minha prima apareceu a noite, com o carro do meu tio, dizendo que iria mostrar a casa para duas amigas. Todas estavam muito excitadas como se estivessem fazendo algo que nunca fizeram. As três entraram na casa e ela começou a ouvir risadas muito altas. Sem que ninguém visse, ela foi de mansinho até a sala e viu as meninas fumando um cigarro. Mas não era cigarro de fábrica, elas mesmo enrolaram e todas fumavam do mesmo, fazendo cara de bobas.

Maconha, a minha prima veio aqui escondida para fumar maconha. Se meu avô soubesse........

As meninas estavam lá, meio largadonas, quando a luz deu umas piscadas e elas começaram a ficar assustadas. Elas se mexiam como se tivesse alguém cutucando elas. Eu sai correndo e fui lá para o meu quarto. Eu fiquei ali sozinha, o mais quieta possível. O barulho foi aumentando e eu fiquei com mais medo e achei melhor voltar lá para saber o que estava acontecendo e, se tivesse jeito, eu ia tentar ligar para o seu tio. Quando eu cheguei lá não dava para acreditar no que via. A sua prima estava parada no ar, em cima de uma cadeira, com a bunda de fora. Parecia que estava levando uma surra mas não tinha ninguém ali batendo nela. Dava para ver quando acertava o traseiro dela porque ele afundava todo. Ela chorava e gritava. As outras duas estavam lá paradas, choravam também mas não saiam do lugar. Depois de apanhar bastante ela se levantou e sentou no sofá. Deve ter doido porque ela fez uma cara.......bom, daí uma das meninas que estavam lá sentadas se levantou ou foi erguida e ficou na mesma posição que a sua prima. Deitada de bruços no ar, com a saia levantada e as calcinhas arriadas. Apanhou bastante também. Depois foi a terceira. As três apanharam que nem criança. Quando tudo acabou as três levantaram rápido como quem que estivesse preso e conseguiu se soltar. As três choravam enquanto olhavam uma para a bunda da outra. Se arrumaram rapidinho e foram embora. Elas não devem ter contado isso para ninguém porque nunca ouvi alguém comentar alguma coisa.

Aquilo me aterrorizou, só podia ser o fantasma do vovô. Ela disse que as meninas se mexiam como se alguém as cutucasse. Só podia ser a bengala do vovô avisando para parar se não vinha surra, que nem aconteceu comigo. Meu Deus, o que é que eu faço. Ficar aqui desse jeito não vai dar. Depois do almoço eu ligo para o meu tio vir me buscar e nunca mais volto.

Subi para o quarto, arrumei as malas e já fiquei pronta para ir embora. Desci de volta para a cozinha e fiquei lá com a Maria. Sozinha é que eu não ia ficar. Conversamos um monte de coisa sobre a casa, os meus tios e o que dava para fazer por lá. Ela me disse que ainda havia sobrado um bom pedaço de terra para criar alguns bois, tinha um terra boa para plantar milho e criar porcos e galinha. Isso não me interessava muito, enquanto isso pensava no que tinha acontecido comigo e com a minha prima. De repente me deu um estalo.

- Maria, depois de tudo isso que aconteceu, por que você continua aqui?

Ela começou a me contar que era sozinha, não tinha para onde ir e que havia se acostumado, que aquilo não a assustava mais. A casa era boa, o emprego tranqüilo e o salário não era de se jogar fora. No começo até que pensou em ir mas tudo isso a fez mudar de idéia.

Interessante, a Maria não era bonita mas também não era de se jogar fora. Tinha um corpo bonito mas o rosto não ajudava muito. Era o que os homens chamavam de Raimunda. Eu sei que a vida anda difícil mas mesmo assim, conviver com um fantasma?

- Maria, você está me escondendo alguma coisa. Vamos lá, fala porque você ainda continua aqui.

Ela enrolou um pouco e eu continuei pressionando. Por fim, depois de eu prometer não contar nada para ninguém ela começou a falar. Aquela cena com a minha prima e suas amigas a deixou assustada no começo mas depois ela tinha ficado um pouco excitada. Depois que elas foram embora ela correu de volta para o quarto e ficou lá quietinha, arrependida de não ter ido embora junto com a s meninas. Mas ficava lembrando da cena e sentia uma excitação crescendo. Começou a se masturbar cada vez mais forte. Começou a se imaginar levando aquela surra. Lentamente foi se virando na cama, ficando de bruços. Estava quase gozando quando sentiu uma mão a segurar pelo braço. Da mesma forma que a minha prima ( e eu ) ela se sentiu jogada sobre os joelhos de alguém, ter a saia levantada e a calcinha arriada. No começo sentiu medo, depois dor. Sem se tocar acabou gozando. Quando acabou ela ficou quieta no quarto, acordada até amanhecer.

Aquilo me chocou, como alguém poderia ter prazer sendo surrada na bunda. Uns tapinhas de brincadeira na cama tudo bem mas surra de verdade. Queria saber mais, se ela continuava apanhando, se sempre tinha prazer, se não sentia a necessidade de um parceiro ( lembrei do João, o outro empregado, que apesar de meio abrutalhado não era de se jogar fora), quantas vezes já tinha acontecido e coisa e tal.

Ela disse que no começo não aconteceu mais nada. Ela fazia seu serviço diário e a noite ficava lá esperando acontecer alguma coisa e nada. Se não tivesse ficado tanto tempo com a bunda doendo teria achado que tudo não passara de um sonho.

Mas um dia ela quebrou um copo na hora de lavar a louça e sentiu alguma coisa no ar. De propósito quebrou outro e sentiu algo bater na sua bunda. Quebrou mais um e lá, na cozinha, estava ela deitada nos joelhos do meu avô, apanhando na bunda. Ela percebeu que sempre que fazia alguma coisa de errado o meu avô 'aparecia', dava dois avisos e depois partia para a surra. E assim ela foi fazendo, toda vez que dava vontade de apanhar ela fazia alguma coisa de errado que ele logo 'aparecia'.

Até que um dia ela não conseguia dormir e resolver assistir televisão na sala. Nos canais comuns não achou nada interessante e resolver assistir os canais de assinatura. Foi trocando de canal em canal até que chegou em um que aparecia um casal fazendo amor. Ela foi assistindo o filme até que não resistiu e começou a se masturbar. De repente ouviu um barulho atrás como o de alguém limpando a garganta. Primeiro sinal. Continuou. Depois sentiu que alguma coisa bateu na sua bunda. Segundo sinal. Por fim aconteceu. Novamente ela se sentiu erguida e posta nos joelhos de alguém, a bunda posta a vista e as palmadas começaram a descer. Passado o susto, a excitação começou a crescer e ela levou a mão até a vagina. Nessa hora tudo parou. Caída no chão ela ficou lá sem entender nada. E depois desse dia nunca mais aconteceu nada. Ela tentou várias vezes fazer a mesma coisa mas nada. Sumiu.

Eu até imagino o que pode ter acontecido, o meu avô não deve ter entendido esse gosto dela pela dor, essa excitação pela surra e a masturbação dela em seu colo e deve ter, pudicamente, se retraído.

Mas não acabou ainda, ela continuou me contando como começou a sentir falta daquilo até que um dia, não agüentando mais resolveu partir para cima do João. Como não dava para simplesmente chegar e pedir para ele dar uma surra nela e bolou um plano até que muito inteligente. Na hora do almoço ela começou a contar histórias de como o velho era rígido, como ele não deixava uma malcriação passar sem uma boa surra. E sempre de bunda de fora. Mas tudo muito discretamente. Depois de algum tempo ela começou a fazer coisas que sabia que irritavam o João. Rapagão de vinte e poucos anos, João havia se deixado levar pelas estórias da Maria e já pensava em dar umas palmadas nela. Quando ela começou a provoca-lo a primeira coisa que lhe veio a cabeça foi de dar-lhe uma surra, mas se controlou. E ela continuando a provoca-lo. E ele se segurando. Até que um dia ele se enfezou e disse que se ela não parasse ele lhe daria uma surra como o velho costumava dar. Chegara a hora, se controlando para não por tudo a perder ela continuou provocando até que falou que, para lhe dar uma surra primeiro ele tinha que virar homem. Bastou. Num instante ela estava no colo dele, de bunda de fora, apanhando que nem criança. E apanhou bem doido. Diferente do vovô, João batia ora no lado direito da bunda, ora no esquerdo. Alguns tapas ainda lhe acertava o alto das pernas. O resultado foi muito mais dolorido que as surras do vovô. Depois de algum tempo já eram amantes e as surras passaram a fazer parte da sua vida sexual.

Mas continuou contando que o meu avô nunca mais lhe dera uma surra. Ela até se espantou quando ele me bateu ontem a noite.

- Você sabe?

Claro que ela sabia, sabia e até deveria estar esperando que acontecesse. A casa era enorme e meus gritos e o barulho das palmadas devem ter ecoado pela casa inteira. Mas falou que não contaria para ninguém porque, afinal, o interesse que tudo continuasse em segredo era mais dela do que de qualquer outra pessoa.

Quando meu tio veio me buscar não falei nada sobre vender a casa. Resolvi pensar um pouco mais. Segunda-feira estava no meu serviço contando para todo mundo como era a casa que tinha herdado. De repente virei centro das atenções. O pessoal já estava quase me intimando para leva-los lá para um fim de semana. Mas como? Chego para eles e falo: ' Tudo bem, só que se alguém levar uma surra na bunda não reclame depois'? Mas continuei lá curtindo a minha fama repentina até que chegou a minha chefe. Ela consegue ser a pessoa mais irritante que já conheci. Ninguém gosta dela no escritório. Depois que se separou então ficou pior ainda. Acho que vou convida-la para um fim de semana lá na casa do vovô, o que vocês acham?
Já fazem uns seis meses que tomei posse oficialmente da casa do vovô e ainda não levei ninguém lá. E como poderia? Já imaginaram o convite: "- Vamos lá conhecer a minha casa de campo mas se levar uma surra não liga não, faz parte do pacote. Fornecemos travesseiros para a viagem de volta." Não ia dar certo.

Os colegas do escritório insistiram em conhecer a casa no começo mas depois de várias desculpas minhas pararam. Eu dizia que a casa estava em mal estado, que não tinha conforto, que era muito velha.

Como o meu salário não era suficiente para manter a casa e os empregados acabei por fazer um acordo com o João e a Maria. Eles plantariam milho e feijão na propriedade e criariam alguns animais e o dinheiro arrecadado seria dividido. Caso a parte deles não fosse suficiente eu cobriria a diferença. Foi bom para todos. O João era muito trabalhador e honesto, assim como a Maria, e com o tempo o dinheiro acabou sendo mais que suficiente para pagar os meus gastos com a casa e para eles era mais do que ganhariam se só trabalhassem pelo salário.

Mas surgiu um problema, de que adiantava aquela casa toda, a propriedade se eu só podia ir lá sozinha? Sempre me dava vontade de chamar um pessoal para passar um fim de semana prolongado ou parte das férias. Resolvi então tomar uma providencia no mínimo inusitada: fui procurar uma senhora que dizia ser médium.

Ela morava não muito longe da casa do meu tio e até era bem respeitada naquela cidadezinha. Cheguei lá e contei o que estava acontecendo (claro que não com muitos detalhes, só disse que o vovô 'incomodava' um pouco) e perguntei o que ela poderia fazer. Ela ficou uns minutos quieta, andou pela casa e por fim falou que iria comigo até a casa e tentaria entrar em contato com ele.

Enquanto estávamos indo para a casa do vovô cheguei a me arrepender e achar que estava fazendo papel de palhaça mas também o máximo que poderia acontecer era continuar tudo do jeito que estava. Afinal, quem diria que eu acreditaria em fantasmas até pouco tempo atrás.

Chegando lá ela pediu para que eu, a Maria e o João esperássemos fora enquanto ela 'investigava' a casa. Saiu nem dez minutos depois que entrou e certa que realmente o meu avô estava lá e perguntou se eu queria 'limpar' a casa. Fiquei em dúvida, sei lá, fazer com que ele saísse de lá seria como expulsa-lo da própria casa. Perguntei se tinha como fazer ele apenas se controlar. Ela falou que era possível mas não garantia, dependeria da 'vontade' do meu avô. Resolvi tentar. Entramos eu e a médium, sentamos frente a frente e ela começou a se concentrar. Ficamos lá uma meia hora, ela parada com o olhar fixo no infinito e eu sem coragem de me mexer. De repente ela virou para mim e disse que havia 'conversado' com meu avô e que ele queria muito que eu voltasse a freqüentar aquela casa. Ele faria o seguinte trato: fecharia os olhos para as travessuras menores (adoro as palavras que o vovô usava) mas que, se alguém fosse muito mal-educado ou maldoso ele não perdoaria e lhe daria as palmadas merecidas. Corei na hora mas tive certeza que eram palavras do meu avô. Desconversei, agradeci e paguei a mulher e a levei de volta para a cidade já fazendo planos para o próximo fim de semana.

Fomos em seis pessoas, três casais, para o que seria o primeiro fim de semana na minha casa de campo. O Roberto foi comigo e os outros dois casais eram a Fernanda e o Sergio, um casal vizinho meu e a Lourdes e o Antonio, dois colegas de escritório que pareciam estar numas de amizade colorida. O Roberto não era bem um namorado, nos conhecíamos a algum tempo e só ficamos um pouco mais íntimos depois que ele acabou um namoro de dois anos. Achei que aquela viagem poderia fazer algo acontecer entre nós dois.

Chegamos na sexta-feira já meio tarde da noite mas a Maria nos esperava com um bom jantar e com os quartos arrumados. Tomamos mais um pouco de vinho após o jantar e fomos para os nossos quartos. Coloquei o Roberto no quarto que era meu, os dois casais um em cada quarto que eram das minhas tias e eu fui dormir no quarto que era do meu avô. Confesso que foi meio esquisito dormir no quarto que foi dos meus avós mas, mas o cansaço e o vinho me fizeram dormir rapidamente.

O dia seguinte amanheceu com o sol mais lindo do mundo, tomamos o café da manhã e fomos andar a cavalo pela propriedade. Deu para ver que o João cuidava de tudo direitinho, não havia praticamente nada mal cuidado ou estragado. Voltamos e fomos direto para a piscina. A Lourdes e o Antonio queriam nadar pelados mas pedi que não, que meu avô não aceitava esse tipo de coisa e eu não queria desrespeitar a sua memória. Graças a Deus eles concordaram sem reclamar, não sabia se algo que acontecesse fora da casa resultaria em uma surra dentro.

Fiquei junto do Roberto, ora na piscina ora cuidando do churrasco que estávamos fazendo. Conversamos sobre várias coisas até chegarmos no assunto sobre a sua ex. Ele contou que gostava muito dela mas o relacionamento ficou insuportável devido ao extremo ciúmes dela. Fazia escândalo em qualquer lugar ou situação e quando ele acabou o relacionamento foi pior. Primeiro ela fez que não acreditava, depois passou a agredi-lo e, finalmente, falou que se mataria se ele a deixasse. Fiz uma cara de espanto quando ele disse isso mas, como tudo ocorreu a uns seis meses atrás, se fosse para ter se matado ela já o teria feito.

Conversamos mais sobre ele, sobre mim e foi pintando um clima e logo estávamos se beijando. E os beijos foram se tornando carícias e as carícias foram esquentando até que ele me falou se poderíamos ir até o meu quarto.

IIHHHH! E agora? Transar com o namorado seria uma travessura menor ou maior? No quarto que era do meu avô nem pensar mas.... e agora, o que fazer....como explicar que não poderíamos ir para dentro...

IDÉIA! Disse-lhe que também queria ficar com ele mas tinha uma fantasia: queria fazer amor ao ar livre. Graças a Deus ele topou e eu acabei me safando dessa. Até que foi muito bom, tirando um inseto ou outro. Ele foi muito carinhoso mas percebi que se detinha mais na minha bundinha mas acabamos ficando só no trivial.

Quando voltamos encontramos o Sérgio sozinho fora de casa e parecia muito nervoso. Quando nos viu apressou-se em dizer que a Lúcia, ex do Roberto, estava lá aprontando o maior escândalo. Ele e o Antonio preferiram ficar de fora enquanto as meninas tentavam acalma-la, sem muito sucesso. Foi quando ele resolveu nos procurar para avisar o que estava acontecendo.

Entramos e demos de cara com o circo armado. A Lúcia, apesar de ser bonita e ter aquele ar de austeridade, estava muito agitada e,quando viu o Roberto chegando comigo, rodou a baiana de vez.

Não vou contar os detalhes da discussão mas, num certo momento ela foi querer avançar no Roberto e acabou quebrando um vaso. Não era muito antigo nem valioso mas era o preferido da minha avó. Juro que nesse momento senti a presença do meu avô. Gelei. A Lúcia havia acalmado um pouco mas logo começou tudo outra vez. Xingava o Roberto de tudo quanto era nome e depois começou a me xingar também. Uma caipira que tinha uma m...... de casa e achava que com isso iria tirar o Roberto dela. Enquanto falava, pegou um copo de vinho e começou a derramar um pouco em cada sofá ou poltrona da sala. Eu estava tão brava com ela que já estava querendo que meu avô tomasse uma providência. E ela veio na forma da tradicional cutucada no traseiro com a bengala. Com o susto ela acabou derramando vinho na roupa e se espantou quando se virou e não viu ninguém.

Percebi que ou eu fazia algo ou o show iria começar. Aproveitando que ela havia ficado meio confusa pedi para a Maria leva-la ao meu quarto para que ela pudesse limpar o vinho que havia caído na sua roupa. Graças a Deus ela concordou e foi junto com a Maria mas na escada já voltou a xingar a todos. A Maria, que sabia o que estava por vir, se esforçava para levar a Lúcia para o quarto o mais rápido possível. Logo voltou trazendo a blusa e saia da Lúcia nas mãos dizendo que as iria lavar.

Começamos a conversar sobre o que faríamos para resolver aquela situação quando ouvimos um barulho de algo quebrando lá em cima. Em silêncio começamos a ouvir os gritos. Quase não consegui segurar uma risada. O Roberto tentou subir mas eu pedi que não. Mesmo assim ele foi lá. O barulho continuava dando a clara impressão que ela estava apanhando. Foram quase quinze minutos e nada dela parar. E nada do Roberto. Quando os gritos pararam o Roberto desceu e falou que era para uma de nós emprestar uma roupa para a Lúcia que ela já iria embora. Ele estava branco como quem tinha visto um fantasma ( e viu !!!), pegou a roupa que a Fernanda havia pego e subiu. Desceu logo depois pedindo se a Fernanda poderia emprestar uma saia em vez de uma calça pois esta havia ficado um pouco apertada. Os dois desceram, a Lúcia com uma cara de choro horrível. Pegou suas coisas, a sua roupa ainda molhada e foi embora sem dizer uma palavra. E sem dizer uma palavra também ficamos nós. As meninas não entenderam nada e os homens ficaram com uma cara assim, como vou dizer, meio de safados.

Sem falar mais nada dobre o assunto arrumamos a bagunça que ela havia feito na sala e fomos jantar. Ainda ouvimos um pouco de música antes de irmos dormir. Quando estávamos subindo para os quartos o Roberto me puxou pelo braço e me levou de volta para a sala. Queria saber o que era tudo aquilo que tinha visto. Perguntei o que era que ele havia visto ( como se não soubesse). Meio sem graça ele começou a contar.

Quando ele chegou na porta do meu quarto viu a Lúcia deitada de bruços na beirada da cama mas não bem na beirada, meio para fora da cama e tinha a bunda mais alta como se tivesse algo embaixo, as não havia nada em baixo. Achei muito engraçado ele tentar explicar aquela situação que eu já conhecia mas procurei não demonstrar . Depois ele contou que percebeu que a bunda dela se 'achatava' como se alguém estivesse batendo nela mas ele não conseguia entrar no quarto, ficava lá na porta como que paralisado vendo a bunda da Lúcia ficar cada vez mais vermelha. Ela gritava e esperneava mas não saia do lugar. Toda vez que tentava proteger o traseiro com uma das mãos era como se algo as segurassem.. Quando terminou ela caiu no chão justamente sobre o traseiro o que lhe arrancou mais um grito de dor. Foi aí que conseguiu entrar no quarto e ajuda-la. Ela não quis conversa e só pediu uma roupa para ir embora. O resto a gente já sabe.

Pedi para ele não se assustar que no conto seguinte, opa .... , no dia seguinte lhe explicaria tudo.

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