O meu pai sabe que eu gosto das palmadas que ele me dá. Eu tenho certeza disso. Ele nunca diz que sabe que tenho prazer sentido a mão dele estalando muito forte no meu bumbum e eu também não pergunto. Eu prefiro que fique assim, dá uma aparência de inocência, e eu gosto disso. Mas, no fundo, é só a aparência, porque ele sabe que eu gosto e eu sei que ele sabe. Acho que só entre um pai e uma filha é possível essa combinação de safadeza e inocência.

Não sei direito quando comecei a gostar de palmadas, mas acho que foi quando eu era adolescente. Eu era uma moça como as outras, até mais bonita que a maioria, mas eu não arrumava namorado. Não que eu não desse bola para os moços, mas eles sempre me diziam:

- Você é bonita, gatinha, mas eu não vou te namorar. Seu pai é muito bravo, eu não quero encrenca com ele.

Ah, se eu não ficava muito puta da vida com isso! Minhas amigas todas com alguém e eu não! E por culpa do meu pai e do medo que os garotos tinham dele!

Aí, quando eu ficava em casa e não tinha nada pra fazer, eu ficava sempre emburrada. E quando o meu pai queria puxar conversa comigo, eu era sempre áspera e respondona. E meu pai perguntava:

- O que você têm, filha?

- Nada.

- Quando você quiser conversar, conversamos, tá bom?

- Tá.

Meu pai era assim. Ele era calmo e carinhoso comigo, embora fosse bravo com as outras pessoas. Ele me batia, mas do jeito que me comportava com ele até que ele me batia pouco. Se ele era bravo, eu sempre fui pior do que ele, era ranzinza e respondona, uma adolescente revoltada porque, como toda adolescente, eu era cheia de hormônios, mas as outras tinham namorados que as ajudavam a aliviar a tensão causada pelos hormônios e eu não. E eu amava meu pai, amo até hoje, mas eu culpava ele por não ter namorado quando estava doida para namorar.

Então, era assim: eu era áspera e respondona, meu pai balançava a cabeça e me alisava com carinho. Aí eu ia ficando mais áspera e respondona, porque vivia revoltada, e meu pai então me advertia:

- Filha, você está se comportando mal e você sabe como isso acaba. Eu acho melhor você não abusar assim da minha paciência. Você sabe que eu te amo, filha.

Eu sabia, sim, como ia acabar, ele me dava palmadas às vezes. Mas eu tinha que desabafar de alguma maneira, eu vivia revoltada. Então, eu era cada vez mais respondona e áspera até o meu pai resolver que era demais. Quando isso acontecia, meu pai ia até mim e dizia:

- Filha, eu amo você. E amar significa disciplinar quando é preciso.

Então, ele me agarrava pela cintura e me carregava no ombro até meu quarto. E eu, que já sabia o que isso significava, dizia ao meu pai que eu não era mais uma menininha e ele não tinha mais o direito de me dar palmadas.

E então o papai se sentava na minha cama, me colocava de bruços em seu colo e me dizia:

- Minha filha, se você agir como uma mulher adulta, eu te trato como uma mulher adulta. Mas se você age como uma criança malcriada, eu te trato como uma criança malcriada.

Então, ele me beijava no ombro ou na nuca e começava a me bater. Ele não levantava minha saia, mas mesmo assim suas palmadas eram fortes e, para mim, apanhar no bumbum, mesmo com o bumbum vestido, era muita humilhação, afinal eu já era quase maior de idade.

As surras do meu pai sempre foram bem distribuídas, com as palmadas golpeando igualmente o lado direito e o lado esquerdo do meu bumbum, sempre alternadas. Ele nunca batia no mesmo lugar duas vezes seguidas.

Ele sempre parava quando eu pedia perdão. Mas às vezes eu estava tão brava que ficava quieta, emburrada, enquanto ele batia e batia… então, às vezes demorava para que eu pedisse perdão.

Um dia, em que eu estava realmente muito brava, porque eu tinha ido para um baile e nenhum menino quis dançar comigo só porque não queriam que meu pai achasse que eles estavam dando em cima de mim, meu pai me deu palmadas por uns dez minutos, porque eu me recusava a pedir perdão. Lágrimas rolavam da minha face, mas eu estava resolvido a aguentar calada, com os lábios cerrados. Só que o tempo passava, e minha determinação enfraquecia mais e mais. Enquanto as palmadas estalavam no meu bumbum, o barulho dos tapas enchia a sala e cada palmada deixava meu bumbum mais dolorido. Eu pensei que poderia fazer meu pai se cansar de bater, mas eu acabei entregando os pontos e pedi perdão, entre lágrimas.

Quando pedi perdão, papai parou de me bater. Eu me levantei, com meu rosto molhado e inchado de tanto chorar. Meu pai olhou para minha cara, balançou a cabeça e falou:

- Você é uma moça teimosa, como era sua mãe, filha. Eu te amo, mas não posso aceitar sua malcriação e sua teimosia. Você às vezes se comporta mal demais, filha. Vá para o seu quarto e pense sobre seu comportamento.

Eu obedeci. Depois das palmadas eu sempre ficava obediente, pelo menos por algumas semanas.

Quando entrei no meu quarto, tirei minhas calcinhas e minha saia. Meu bumbum estava bem vermelho, eu até chorei mais um pouquinho quando o vi. Deitei de bruços na cama. Cheguei a me cobrir com um lençol, mas o contato do tecido fez meu bumbum arder e tirei. Fiquei, então, deitada na cama com o bumbum de fora e para cima, e eu podia ver como estava vermelho num espelho.

E eu fiz outra coisa que meu pai mandou fazer, comecei a pensar no meu comportamento. Eu realmente andava sendo muito estourada, e muito teimosa. Outras pessoas além do meu pai reparavam nisso. Nossa vizinha, uma tremenda fofoqueira, dizia que meu problema era falta de namorado. Mas como resolver esse problema se os garotos tinham medo do meu pai? Então era culpa do meu pai, aí eu tinha raiva dele. Mas meu pai não era um homem ruim comigo, pelo contrário, ele era muito calmo e carinhoso… mesmo quando me batia ele era um homem calmo e tranquilo. Se eu tivesse um namorado…

Aí, olhando meu bumbum vermelho no espelho, eu comecei a me tocar, e logo estava me masturbando. Já tinha alguns anos que às vezes as palmadas do meu pai davam esse efeito em mim: depois de uma surra, quando ele me botava de castigo no quarto para pensar no meu comportamento, eu me tocava, me esfregava, me masturbava e logo chegava ao orgasmo. No começo, eu tentava evitar, porque tinha vergonha disso, mas, mesmo assim, eu me masturbava dormindo, durante o sono. Quanto mais eu crescia, no entanto, eu mais sentia necessidade de namorar, e os moços não queriam me namorar, então eu passei a me imaginar nos braços de algum homem bonito, como um galã de cinema ou novela, e depois de uma surra, quando eu ficava de castigo com o bumbum vermelho, eu imaginava como seria bom ter um homem beijando meu bumbum, passando um oleosinho e fazendo massagens no meu bumbum, para refrescá-lo, então eu não resistia e me masturbava e gozava, às vezes gozava duas ou três vezes seguidas, principalmente quando meu bumbum ainda estava dolorido. Naquele dia, quando meu bumbum estava muito dolorido, eu gozei três vezes, me esfregando, olhando no espelho o meu bumbum vermelho por causa das palmadas que papai tinha me dado, e fiquei tão imersa no meu gozo que esqueci a porta do meu quarto aberta.

Então, enquanto me masturbava para gozar uma quarta vez, eu olhei no espelho para ver meu bumbum vermelho e dolorido, e vi que meu pai me observava. Imediatamente eu parei e me cobri com o lençol. Mas quando olhei para a porta do meu quarto, eu não vi ninguém. “Será que não foi eu que imaginei isso?” pensei. Meu pai não teria ficado me olhando, teria se afastado logo, eu pensei. Não vi mais sinal do meu pai, mas fiquei com muita vergonha mesmo assim.

Como sempre, depois de uma surra, eu me comportava bem melhor. Passei uns dias sem responder meu pai e sem criar caso. E desta vez, eu fiquei ainda mais tempo me comportando bem do que nas outras vezes. Não apenas por causa da lembrança das palmadas, mas também porque estava com vergonha, eu pensava: “será que meu pai me viu mesmo, me masturbando olhando meu bumbum vermelho?”. Isso me envergonhava, e a vergonha me fez passar mais tempo me comportando melhor.

Esse bom comportamento, é claro, não poderia durar. Eu ainda não arrumava namorado, e isso quer dizer que meus hormônios ainda me perturbavam. Jovens com os hormônios a mil, sem atividade sexual, ficam nervosos, irritadiços, explodem com qualquer coisinha. Eu levei mais dois meses além do normal para levar outra surra, é verdade, mas ela acabou vindo.

Foi quase a mesma história de sempre: eu estava numa festa, dancei com alguns meninos, quis namorar alguns deles. Eles não quiseram, porque não queriam problemas com meu pai. Eu via todas as minhas amigas com namorado e eu não. O meu pai tinha marcado a duas horas da madrugada para eu voltar, mas eu estava muito irritada. Os garotos não queriam nem uma transa sem compromisso, eu só queria saber como é, mas eles me negaram até isso! Jurei que meu pai nunca ficaria sabendo, mas eles não quiseram. O pior foi as minhas amigas rindo de mim.

Com tudo isso, eu fui para casa muito revoltadinha, pronta para estourar por qualquer coisinha. E quando eu cheguei em casa, meu pai estava na porta me esperando. Claro, ele tinha dito para eu voltar para casa duas da madrugada no máximo, e já eram mais de quatro horas, e ele estava preocupado comigo.

Eu devia apreciar a preocupação dele, afinal isso é sinal de amor, mas ao invés eu pensei: “ele se preocupa comigo como se eu fosse uma menininha, manda em mim como se eu fosse uma menininha, por culpa dele não tenho namorado como uma menininha e ele ainda bate no meu bumbum como se eu fosse uma menininha”.

E isso me deixou super ranzinza, irritadinha mesmo, porque eu não era uma menininha, era uma mulher já maior de idade. Então, eu fui até a porta de cara fechada, para entrar na casa. Quando cheguei perto do meu pai eu pedi licença, mas ele não saiu do lugar, ele só disse:

- Filha, você demorou, eu fiquei preocupado.

- Tá, pai - eu falei com aquela vozinha desagradável de adolescente ranzinza.

- “Tá” não, filha. Quero saber porque você demorou.

- Porque quis, tá bom? Agora me deixa em paz.

- Bem, é mesmo hora de dormir, então conversamos amanhã. Agora, vá dormir.

- E você vá tomar no cu! - respondi ele.

Eu fui para o meu quarto, e sentei na cama. Ouvi os passos do meu pai pela casa, e pensei: “Ah, já sei que ele vai me dar palmadas! Foda-se, então!”

E logo, meu pai entrou no quarto, para me bater no bumbum, como eu já imaginava. Mas daquela vez havia uma diferença: ele trouxe um balde com ele, e eu achei estranho. Se fosse um chinelo ou um galho de árvore, eu entenderia, mas um balde?

- Minha filha – disse meu pai – você se comportou muito mal agora e tem se comportado muito mal nesses dias. Você sabe muito bem que é por isso que eu às vezes tenho que te disciplinar, minha filha. Então, eu farei isso agora. A não ser que você peça desculpas e prometa que vai mudar. Então?

Eu não respondi. Fiquei calada, com cara fechada. Eu pensava, já que vai bater, então bata. Essas cismas bobas de adolescente revoltada. Eu já tinha mais de dezoito e queria ser tratada como mulher adulta, mas não me comportava como uma. Droga, queria namorar e os meninos não me namoravam. Minhas amigas riam de mim e eu culpava meu pai, tinha raiva dele.

E meu pai então disse:

- Minha filha, eu te dei uma chance de consertar as coisas e você não quis aproveitar. Portanto, não me culpe, culpe a si mesma.

Ele se aproximou de mim com o balde, e me agarrou pela cintura, me colocando de bruços em seu colo. Isso já tinha feito muitas vezes antes, eu era uma moça difícil, isso era o que eu já esperava. Mas desta vez ele fez algo diferente: ele levantou minha saia e abaixou minhas calcinhas. Levei o maior susto.

- Não, papai! - disse eu, cobrindo meu bumbum com as mãos. Sentia meu rosto se avermelhar de tanta vergonha.

- Não seja teimosa, filha – disse meu pai. Ele só pegou uma das minhas mãos e sentou em cima dela. A outra, ele segurou contra minhas costas. Eu quis espernear, mas ele colocou uma perna em cima das minhas pernas. E assim, eu fiquei indefesa, com meu bumbum de fora diante dele, sem poder me proteger nem escapar. Ele ainda se aproximou do meu ouvido e falou:

- Melhor não gritar, filha. Você não iria querer que alguém aparecesse e visse você assim, não é?

Não, de jeito nenhum. Por isso, eu não gritei por socorro. Ainda tentei falar com meu pai:

- Papai, por favor, eu peço desculpas, eu peço perdão, eu prometo que vou me comportar agora, mas por favor, não me bata desse jeito.

- Eu te ofereci a chance de se desculpar e prometer melhorar, e você não quis. Agora é tarde, minha filha, eu vou ter que discipliná-la.

E logo uma forte palmada atingia o lado direito do meu bumbum. O meu pobre bumbum nu e sem nenhuma proteção. Senti muita dor, e mais ainda depois, porque outra forte palmada atingiu o lado esquerdo do meu bumbum. Depois, novamente no lado direito, depois no esquerdo de novo, e mais, e mais… meu pai sempre batia alternadamente, e nisso ele não mudou, e o fato dele bater no meu bumbum pelado dessa vez aumentou a dor, mas mesmo assim minha vergonha era muito maior. Ele batia forte, e devia ter me dado umas vinte palmadas, quando então ele parou. Mas não me soltou. Ao invés, ele disse para mim:

- Filha, você sabe que eu te amo, e se eu te dou essas palmadas é porque eu sei que você precisa delas. Eu sou seu pai e eu te amo.

Mas ele não me soltou. Eu continuei no colo dele, com o bumbum de fora para cima, sentindo muita dor e morrendo de vergonha. Eu, de bruços no colo do papai, sendo castigada e eu sabia que merecia… eu me sentia mais menininha do que nunca, naquele momento.

Então, ele fez outra coisa que nunca tinha feito antes. Ele estendeu a mão para o balde, e a molhou. Depois, passou a mão de leve no meu bumbum, o que me provocou um arrepio por todo o meu corpo: a mão dele estava gelada, o balde tinha água gelada e cubos de gelo. E o arrepio que eu senti no meu corpo foi um arrepio de… prazer! Eu sentia o vento frio da madrugada alisando o meu bumbum que antes estava quente, e agora estava frio… o calor que eu sentia no bumbum agora eu sentia em outra parte do meu corpo, uma parte bem perto do meu bumbum, e que além de quente estava ficando molhadinha… eu nunca me senti tão excitada em minha vida, e isso sem deixar de sentir dor e sem deixar de sentir vergonha. Eu tinha era até mais vergonha naquele momento, por sentir tanto prazer sensual através do meu pai e presa no colo do meu pai, mas a vergonha parecia que aumentava o meu prazer ainda mais. Eu gemia, e tentava dizer para meu pai parar, mas não queria, queria mais. E meu pai entendeu, pois ele disse:

- Minha filha, eu te amo muito, e sei de suas necessidades. Sou seu pai, e o que eu puder fazer para te ajudar eu farei. - e, chegando perto meu ouvido, ele falou - uma de suas necessidades, minha filha, é de disciplina. Você sabe que se comporta mal e você sabe que precisa de palmadas para se comportar bem. E você sabe que te bato porque te amo. E eu sempre vou te amar, por isso sempre vou te bater quando você se comportar mal, minha filha.

E, depois de dizer isso, ele voltou a dar mais palmadas no meu bumbum. E foi mais que da primeira vez, não contei mas devem ter sido mais de trinta palmadas. E para cada palmada eu gemia de prazer com o meu bumbum nu, levando palmadas e ficando vermelho. Meu pai nunca tinha me batido assim antes. Ele me dava uma palmada forte, alisava um pouco meu bumbum, e dava outra palmada forte, na outra nádega.

Meu pai deu uma nova pausa, e voltou a molhar a mão no balde. “Sim, papai”, eu pensava, “sim”. Eu estava ansiosa para que ele me alisasse novamente o meu bumbum vermelho, que estava bem quente de novo, com sua mão gelada.

Ele de fato alisou meu bumbum quente e ardido com sua mão molhada de água gelada. Em meus gemidos, a dor, o prazer e a vergonha se misturavam, e eu ficava cada vez mais excitada. Mas meu pai fez mais do que molhar a mão com água fria, ele tinha pego um cubo de gelo também, e passava aquele cubo no meu bumbum. Depois de um minuto ou dois, ele largou o cubo de gelo entre minhas nádegas doloridas, e o cubo de gelo desceu para a minha vulva, que estava molhadinha, porque eu estava excitada, além de muito quente, e o contato do gelo com minha vulva fez todo o meu corpo estremecer. Quando meu pai viu isso, recomeçou a me dar mais palmadas.

SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK…

Foram muitas palmadas, e o gelo geladíssimo se derretia em minha vulva, como se eu estivesse me masturbando, mas era muito, muitíssimo melhor. Eu logo vi que meu pai devia ver minha vulva além de meu bumbum e comecei a chorar de vergonha, mas meu Deus, eu também gemia de prazer, tudo isso misturado na minha mente, além da dor, e do barulho das palmadas: SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK…

Senti então um orgasmo, forte, intenso, como nunca tinha sentido antes. Eu me masturbava havia alguns anos depois que apanhava do meu pai, e tinha tido muitos orgasmos, mas nunca antes eu tinha gozado com tanta violência, e meu pai, eu tenho certeza que ele percebeu, porque parou e bater por um minuto, enquanto eu me entregava ao gozo infinito. Ele até tinha soltado minhas pernas e minhas mãos, para que eu me entregasse ao gozo que parecia sem fim do primeiro orgasmo que eu tive sem me masturbar, em um longo gemido de prazer que terminou com um suspiro.

Eu achei que meu pai ia me alisar o traseiro novamente, mas não, ele ao invés recomeçou com as palmadas: SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK…

Ele não segurava mais minhas mãos e minhas pernas estavam soltas, mas isso não importava, eu já não me esforçava para sair do colo dele. Prostrada, submissa, entregue ao gozo que me dominava, eu aceitava as palmadas com muito prazer: SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK…

Ele parecia incansável, batendo e batendo, e eu apreciava cada palmada, quanto mais ele batia mais eu queria: SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK… SMACK…

Depois de três ou quatro minutos, eu tive outro orgasmo, estimulada apenas pelas palmadas. Não foi tão forte quanto o primeiro, mas foi muito bom também. Meu pai continuou batendo no meu bumbum enquanto eu me sacudia e gemia com prazer, e parou quanto meus gemidos diminuíram. Ele viu logo que eu já estava mais do que cansada.

Aí então, ele molhou novamente sua mão na água gelada e passou a mão úmida no meu bumbum, um pouco para me refrescar, um pouco para me consolar. Ele fez isso por uns cinco minutos. E depois disse:

- Minha filha, agora vou te deixar. Está muito tarde e você deve dormir. Quando acordar, você vai ficar de castigo no seu quarto, para pensar no seu comportamento e para pensar nas palmadas que eu te dei. Vamos conversar amanhã, querida. Lembre-se: o que eu fiz hoje, fiz para o seu bem, fiz porque eu senti que é isso que você precisa.

- Sim, papai – eu disse, e ele me tirou do colo e depois me colocou na cama.

É claro que eu não dormi direito. Minha cabeça era um furacão de pensamentos e sensações. Ora eu olhava minhas nádegas vermelhas no espelho e sentia vontade de me esfregar para gozar de novo, ora eu pensava na vergonha de ter meu bumbum a mostra, depois pensava: “Meu Deus, ele é meu próprio pai”, e eu cobria os olhos, quase chorando, pensando “ai, que vergonha”, e aí pensava que meu pai sabia que eu gostava daquilo, ele me bateu porque queria que eu tivesse prazer, e depois pensava: “Mas ele me deu tantas palmadas desta vez…”, aí olhava meu bumbum que de fato estava mais vermelho do que nunca, eu nunca tinha apanhado tanto mas também nunca tinha gozado tanto… aí eu me esfregava novamente e logo gozava novamente… e molhava minha mão no balde, pegava uns pedacinhos de gelo que tinha no balde e passava no bumbum de novo… e isso era bom, como era bom… eu só fui dormir por volta das 10 horas da manhã.

Papai não me chamou para o almoço, ele me deixou dormir até as 5 da tarde. Mas ele me chamou para o lanchinho nosso no final da tarde, que para mim foi como um café da manhã.

Eu tive que usar um travesseiro para poder me sentar, e mesmo assim meu bumbum ardia como se estivesse em brasas.

Meu pai olhava para mim com um olhar cheio de amor. Eu estava com a cabeça baixa, porque estava morta de vergonha. Claro, estava com vergonha por ter levado palmadas sendo maior de idade e também porque meu pai tinha visto meu bumbum quando me bateu, mas também tinha vergonha, e muita, porque eu tinha adorado as palmadas e meu pai sabia disso. Eu desejava muito que meu pai fingisse que não sabia.

- Minha filha – disse meu pai – você pensou no seu mal comportamento, que me fez te dar palmadas na madrugada de hoje?

- Pensei sim, papai. - Disse eu, com voz envergonhada.

- E tem algo a dizer?

Pensei um pouco, aí falei:

- Sim, papai. Peço desculpas por ter sido tão nervosa e desaforada.

Meu pai pegou na minha mão, e fez um carinho nela. Ele me olhava com muito amor. E disse:

- O que eu costumo te dizer quando te dou palmadas, minha filha?

- Que se eu quiser ser tratada como uma mulher adulta, eu devo agir como uma mulher adulta.

Então, meu pai chegou perto de mim e disse:

- Filha, você sabe que eu te bati daquele jeito hoje de madrugada pelo seu bem, porque eu senti que você estava precisando disso. Eu fiz o que eu sabia que seria bom para você e te ajudaria, nessa fase que você passa, de muito stress e nervosismo.

Eu não tive coragem de falar nada além de concordar:

- Sim, papai.

- Bem, filha, eu costumava te dar umas palmadas só depois de você passar muito tempo sendo desaforada e nervosinha. Mas acho que isso foi um erro meu, porque você acumula muitas faltas desse jeito. Por isso, eu agora vou te por de castigo toda vez que você agir como uma menina nervosinha e desaforada. Assim, talvez não chegue ao ponto de eu ter que de dar mais palmadas.

Eu não falei nada. Comi muito, porque não tinha almoçado. Quando terminamos, meu pai me deu um beijo na testa e disse:

- Eu te amo, filhinha. Nunca vou esquecer que sou seu pai.

Então, fui tomar banho. Vi de novo meu bumbum no banheiro do chuveiro. Ele ainda ardia e estava muito vermelho, mesmo depois de doze horas que eu levei as palmadas. Entrei debaixo do chuveiro, senti a água fria caindo, e ela refrescava meu bumbum. O contato suave da água na pele ardida do meu bumbum me deixou tão excitada que me masturbei novamente, e tive mais um orgasmo, debaixo do chuveiro.

Depois, eu me sequei, fui ver televisão e depois dormi. Nada mais aconteceu de importante no resto do dia.

E também nada de especial aconteceu por mais ou menos dois meses. Não dei motivo. Eu me comportei bem depois daquela surra, a primeira que meu pai me deu no bumbum pelado, por dois motivos. Primeiro, porque eu estava com muita vergonha dele ter me visto o bumbum, e mais ainda, eu tinha vergonha por ter gozado na frente dele e enquanto ele me batia. Era óbvio que ele tinha percebido disso, e que sabia que isso me dava prazer.

Mas havia outra razão além da vergonha: os meus orgasmos tiveram um efeito tranquilizador sobre mim. Eu não estava mais tão nervosa e irritada quanto antes, agora eu me sentia tranquila, calma, eu me tornara uma pessoa bem diferente daquela gata selvagem que por qualquer coisinha respondia e ofendia meu pai. A necessidade de desabafar tinha acabado, da mesma forma que a minha revolta e mesmo meu desejo de ter um namorado. Eu já não tinha falta daquilo que eu nem conhecia direito. Então, de um lado eu tinha vergonha de apanhado no bumbum nu, do outro eu não tinha por que me comportar mal.

Como eu disse, isso durou uns dois meses. Depois, o tempo diminui a vergonha, e os hormônios não ficam satisfeitos por muito tempo. Eu estava na idade em que as necessidades hormonais são muito fortes, jovens precisam de sexo. A necessidade insatisfeita me deixava nervosinha, e assim, depois de uns meses me comportando bem, eu me irritei e dei uma resposta dura ao meu pai. E meu pai simplesmente me disse:

- Filha, você tem se comportado muito bem nesses últimos dias, mas eu te avisei que não iria tolerar se você se comportasse mal. Assim, vou te deixar de castigo nesse sábado, você não poderá sair de casa.

Só isso. Ele não me bateu, não me deu sermão, não me fez mais nada além de dizer que eu não poderia sair no sábado. Estava de castigo, só isso. É meio chato uma moça já grande ficar de castigo, mas é bem menos do que eu esperava. Nem seria vergonha, os outros não ficariam sabendo, eu só precisava dizer que estava sem vontade de sair.

Mas eu tinha uma sensação estranha: lá no fundo, eu estava querendo que meu pai me desse palmadas no bumbum de novo. Mas junto com isso vinha a vergonha de ter esse desejo, e eu não queria também que meu pai visse meu bumbum mais uma vez. Então, meu tesão estava voltando, depois de ter sido satisfeito pela surra que meu pai tinha me dado, mas a vergonha ainda era muito forte.

Naqueles dias, eu fiquei pensando no que aconteceria se eu não cumprisse o castigo e desobedecesse meu pai mesmo assim. Senti tentada a fazer isso. Mas acabei obedecendo meu pai e ficando em casa. Não tive coragem de arriscar.

No domingo, eu fui avisar meu pai que ia para a casa de uma amiga, e ele disse:

- Tudo bem, filha.

- Pai, eu não estava de castigo?

- Sim, mas foi no sábado. Agora é domingo, já passou.

Então eu sai. Mas fiquei pensando: o meu pai não estava procurando desculpa para me dar palmadas. Ele só me bateria mesmo se eu desse motivo.

E eu não dei. Eu estava confusa. Eu queria as palmadas, e meu pai sabia que eu queria, mas eu tinha vergonha de admitir isso de uma vez. Além disso, ficar de castigo funcionou, em parte: diminuiu minha revolta e minha irritação. Bem, serviu para eu me comportar bem por mais uma semana. Mas depois de uma semana eu voltei a ser aquela moça desaforada nervosinha que era. Eu ainda tinha meus maus momentos, menos que antes da primeira surra que levei com o bumbum de fora, mas ainda assim eu tinha. Então, fui grossa com meu pai e ele me botou de castigo no sábado de novo. Ora essa, uma moça de quase 20 anos que fica de castigo… mas eu tinha que admitir que me comportava como uma moleca malcriada às vezes. Mas desta vez eu resolvi testar meu pai, e disse:

- Papai, eu sei que mereço ficar de castigo, mas é que nesse sábado eu tenho uma festa para ir.

- Bem, filha, vamos fazer o seguinte: você pode ir para festa e fica de castigo no outro sábado.

Foi mais uma surpresa. Eu tinha imaginado que ele provavelmente diria que se eu desobedecesse e fugisse do castigo ele me castigaria com mais rigor. Realmente, ele não estava mesmo querendo forçar a barra para me dar palmadas. E eu me sentia envergonhada por querer apanhar.

Então, veio a outra semana, quando eu deveria ficar de castigo no sábado. Só que antes, tivemos uma pequena discussão e eu falei um palavrão. Juro que falei sem pensar, foi espontâneo. Mas eu já estava de castigo no sábado, então meu pai disse:

- Filha, palavras assim não são palavras de uma moça bem-educada, e você já está de castigo no sábado. Então, você agora vai ficar de castigo no domingo também.

Dois dias, um fim de semana inteiro? Isso me fez pensar… o papai não parecia está querendo me dar palmadas, mas eu queria apanhar, eu gostava… mas eu tinha vergonha de admitir, afinal eu já era maior de idade… então, o que fazer?

Na verdade, eu queria apanhar, mas também queria que fosse ideia dele, porque eu tinha vergonha de gostar de apanhar e principalmente tinha vergonha que meu pai soubesse disso… nossa, isso era muito confuso mesmo, então pensei, e pensei, e resolvi falar com meu pai na sexta-feira, antes do sábado.

- Papai, tenho um problema.

- O que, querida?

- É que você me botou de castigo no fim de semana, tudo bem, eu sei que mereço, mas eu tinha uma festa para ir no sábado e outra no domingo.

- Bom, você quer que eu deixe o castigo para o próximo fim de semana? Eu deixo, filha.

- Eu acho melhor não, papai, sabe, eu posso acabar sendo mal educada mais uma vez, desculpe, papai, eu sei que é errado, mas é que às vezes fico muito nervosa sem motivo, eu sei que estou errada quando isso acontece, mas eu sou assim, e… bom, aí eu ficaria três dias sem poder sair, de castigo, e é muito, né papai?

- Realmente, filha, você é uma fera às vezes… por isso tenho que te por de castigo, né? Bom, se você acha que vai acabar ficando três dias de castigo e acha que é muito, então o que você sugere?

- Papai, eu acho que quero trocar os dois dias de castigo por umas palmadas…

- Quer mesmo, filha? Olha, eu posso concordar, mas se concordar não vou dar só uns tapinhas, vou bater pra valer.

- Eu sei, papai, eu acho justo, fui mesmo malcriada com você.

- Você não quer um tempo para pensar primeiro, filha?

Então, eu dei um suspiro e disse:

- Eu já pensei, papai, prefiro umas palmadas do que ficar de castigo um fim de semana.

- Muito bem, me espere no seu quarto, então.

Eu fui para o meu quarto, e fiquei lá, tremendo como uma menininha. Será que ele vai mesmo me dar uma surra como aquela que me deu antes, será que será tão boa quanto? Será que, tendo certeza que eu gosto das palmadas (eu não cheguei a admitir isso, mas agora era óbvio, né?), ele iria me bater de leve, só para me excitar, ou iria me bater forte, para me castigar? Mas será que ele sabia que as palmadas que eu gostava eram das fortes, não das palmadinhas?

Depois de uns cinco minutos, meu pai entrou com um balde cheio de água e cubos de gelo. Quando eu vi o balde, me arrepiei e estremeci e minha xoxota ficou molhadinha de tesão. Apenas vendo o balde.

Meu pai colocou o balde no chão, perto da cama, e se sentou ao meu lado. Então, ele me puxou, levantou minha saia e e começou a abaixar minhas calcinhas, para me deixar novamente com o bumbum pelado.

Eu tinha me esquecido que agora ele me batia sem saia e sem calcinhas, e isso me deixou com vergonha. Eu tentei segurar minhas calcinhas, mas meu pai disse:

- Filha, ainda tem tempo para escolher: o que você prefere, ficar de castigo no fim de semana ou levar umas palmadas agora?

Fiquei alguns segundos calada, então pensei: “lá no fundo eu quero mesmo apanhar no bumbum pelado, a vergonha só me excita mais”. Aí eu disse:

- Prefiro as palmadas, papai - e parei de segurar minhas calcinhas, deixando ele despir meu bumbum. Eu estava morta de vergonha e ao mesmo tempo doida de tesão. Ai, era tão humilhante, meu pai vendo meu bumbum para me dar umas palmadas porque eu, moçona com quase 20 anos, merecia levar umas palmadas como uma molequinha malcriada… a imagem me envergonhava, mas também me excitava, e muito.

Meu pai deu uma palmada forte na nádega esquerda, e outra forte na nádega direita. Depois continuou com palmadas mais fracas, mas também mais rápidas. Acho que o que ele pretendia não era machucar, mas esquentar. Isso me deixou muito excitada.

Depois, quando meu bumbum já estava ardendo um pouco, ele molhou a mão na água gelada, e depois pingou um pouco da água do balde no meu bumbum. Cada gota que caia me arrepiava e me fazia estremecer. Não estava com o bumbum muito dolorido, mas já estava cheia de tesão. Eu me contorcia no colo dele, de um jeito bem sensual. Era evidente o prazer que meu pai provocava em mim. É claro que ele percebia isso.

Eu ainda estava me contorcendo quando meu pai me acariciou o bumbum com a mão gelada. Seu toque na pele ardida do meu bumbum me provocava tantas sensações… era refrescante, era excitante, e também era humilhante… e eu tinha vontade de apanhar mais, e tinha vergonha de ter vontade de apanhar mais, e isso aumentou a sensação de humilhação, o que aumentou minha excitação. No meu caso, não apenas as palmadas me dão prazer, a humilhação, ou pelo menos a sensação de humilhação, também me dá prazer.

Meu pai acariciou meu bumbum com sua mão gelada até perceber que eu estava quase tendo um orgasmo, e quando ele percebeu isso ele voltou a me dar palmadas, só que desta vez as palmadas foram bem mais fortes.

Eu logo gozei, dando um longo gemido que terminou num suspiro, e meu pai não parou de bater. Ele continuou me dando palmadas fortes, rápidas, que me levaram às lágrimas, mas também me deram ainda mais prazer, tanto que logo eu estava sentindo outro orgasmo, tão intenso quanto o primeiro.

E foi então que meu pai parou de bater no meu bumbum. Ele molhou novamente a mão com a água gelada do balde e não mais me bateu, só me acariciou, como se sentisse que eu precisava descansar dos orgasmos que tive.

Seus carinhos com a mão gelada duraram uns cinco minutos. Depois, ele me tirou do colo, me colocou de pé, pegou minhas calcinhas e minha saia e disse:

- Vá para o banheiro, filha. Tome um banho. E se comporte, senão vai apanhar de novo no bumbum, e eu não vou perguntar se você é ou não maior de idade.

- Sim, papai. - Eu disse, e fui para o banheiro daquele jeito, com o bumbum vermelho de fora. O banheiro ficava do outro lado da casa, eu atravessei a sala para ir até lá, e as janelas estavam abertas. Não tive coragem de olhar para as janelas, eu morreria de vergonha se alguém me visse andando daquele jeito pela casa. Acho que ninguém viu. Se tivessem visto, eu saberia logo, é claro que minha vizinhança cheia de fofoqueiros não ia deixar de espalhar que eu ainda apanho no bumbum.

No banheiro, tomei um banho e me esfreguei embaixo do chuveiro. Foi um banho de água fria, eu queria refrescar ainda mais meu bumbum enquanto alisava, esfregava e brincava com outra parte do meu corpo, uma parte bem quente e úmida, e que era sempre muito gostosa de tocar… E eu pensava, “meu Deus, sou mesmo uma menininha num corpo de mulher, minhas amigas têm razão, sou imatura demais para namorar… ai, nossa que vergonha, e se elas soubessem que apanho no bumbum aqui em casa, e no bumbum pelado… e se elas soubessem que apanho e ainda por cima gosto? Nossa, ia ser a maior humilhação…” e gozei, pela terceira vez, embaixo do chuveiro, e adorei, isso foi bom, isso foi ótimo…

Isso aconteceu há quatro ou cinco anos, e desde esse dia, eu já perdi a conta das surras que levei e dos orgasmos que eu já tive, orgasmos provocados pelas palmadas, diretamente, ou por minha própria masturbação, indiretamente.

E, durante esse tempo, eu tenho me comportado muito melhor. Meus hormônios já não são mais uma fonte de pertubação. Antes, são uma fonte de prazer, pois me deixam excitada e essa excitação me leva ao orgasmo, no colo do meu pai, com o bumbum nu, como uma menininha malcriada que precisa de castigo.

Mas eu dizia que estou me comportando muito melhor, porque meu pai entendeu que preciso mesmo desses castigos. Preciso dos orgasmos provocados por esses castigos, para me tranquilizar, me acalmar, me relaxar… há muito que deixei aqueles ataques de mau humor, minhas respostas desaforadas, minhas explosões de desaforos, que eram tão frequentes antes que meu pai passasse a me bater para eu ter orgasmos…

Claro, de vez em quando ainda dou uma resposta malcriada para ele de vez em quando. Às vezes, faço de propósito, para ele ter um motivo para me castigar, outras vezes, eu estou com falta de uma boa surra e minhas carências me fazem ser desaforada. Nos dois casos, o que acontece é sempre a mesma coisa: meu pai decreta que vou ficar um dia de castigo, eu peço para não ficar porque quero sair para me divertir com alguma amiga minha, aí ele me deixa sair e passa o castigo para outro dia. Se não estou muito a fim de apanhar, aceito isso. Mas quando estou querendo umas palmadas, eu digo para meu pai que quero trocar o castigo por umas boas palmadas, e então ele me manda esperar no meu quarto. Aí, ele aparece no meu quarto com um balde de água com gelo, para me dar a surra de que eu preciso.

Então, meu pai levanta minha saia e abaixa minhas calcinhas, para me bater no bumbum. Sempre é no bumbum pelado, e é impossível para mim não ter, mesmo depois de dezenas de surras, um pouco de vergonha e uma sensação de humilhação, afinal é ridículo além de doloroso uma moça da minha idade apanhar com o bumbum de fora. Mas a vergonha que eu sinto, no fundo, só aumenta minha excitação, e a excitação só aumenta a quantidade de orgasmos que tenho levando palmadas.

Se eu nunca imaginei estranho o meu comportamento e o do meu pai? Se eu nunca imaginei que talvez eu tenha algum tipo de doença por gostar tanto assim das palmadas? Sim, já pensei nisso. Então, eu fui ter uma conversa sobre isso com meu pai.

- Papai, eu queria conversar um pouco.

- Pode falar, minha filha.

- Papai, é que eu sou um jovem mulher adulta. Você não acha errado uma moça da minha idade levar palmadas no bumbum como se fosse uma menininha? Isso é muito constrangedor, além de ridículo, papai.

- Filha, venha cá.

Eu fui até ele, meu pai estava sentado num sofá.

- Sente aqui no meu colo, filha, eu vou te explicar.

Eu me sentei no colo dele, e ele passou a mão nos meus cabelos e me beijou na testa, como quando eu era pequena. Aí ele disse:

- Minha filha, eu já te expliquei: se você agir como uma moça adulta, eu te trato como uma moça adulta. E se você agir como uma menininha desaforada e desobediente, eu te trato como uma menininha desaforada e desobediente. E como se deve tratar uma menininha desaforada e desobediente?

Fiquei um pouco envergonhada, mas falei:

- Bom, papai, admito que às vezes eu me comporto mesmo como uma molequinha quando estou nervosa… Mas mesmo assim, não é um castigo pesado demais, dar palmadas numa moça adulta por causa de uma resposta áspera quando ela está nervosa?

- Sim, por isso que eu não te dou palmadas quando você respondona e malcriada. Eu sei que você é assim porque está nervosa e te coloco de castigo, para pensar no seu comportamento e se acalmar. Se você leva palmadas, é por que não quer ficar de castigo e pede para apanhar no bumbum, ao invés.

Fiquei pensando que isso era verdade, eu só apanhava mesmo quando queria. Mas eu não me dei por vencida, e continuei conversando com meu pai:

- Verdade que às vezes prefiro umas palmadas do que ficar de castigo… mas papai, você não precisa me bater com o bumbum de fora. Se nem sempre me comporto como uma mulher adulta, pelo menos tenho o corpo de uma mulher adulta. E é muito vergonhoso para mim quando você vê o meu bumbum. Você é meu pai, mas também é um homem e não é muito decoroso que eu deixe que um homem olhe meu bumbum, papai. Eu tenho muita vergonha.

- Mas essa é a ideia, filha. Você tem que ter vergonha. Isso faz parte do castigo: a moça tem que ficar muito envergonhada, para refletir sobre seu comportamento e passar a agir como uma mulher adulta.

- Papai, mesmo que seja para eu ter vergonha, você não se sente incomodado vendo o meu bumbum? Afinal, eu sou sua filha.

- Sim, filhinha. Você é minha filha e eu não esqueço isso. E por isso não me incomoda ver o seu bumbum quando eu vou te castigar – ele me fez um carinho no rosto e nos cabelos, e continuou – eu não vou mentir, é claro que acho o seu bumbum muito bonito, porque ele é mesmo muito bonito. Mas quando eu te coloco deitada no meu colo, levanto sua saia e abaixo suas calcinhas para te dar palmadas, eu sempre penso: “sou o pai dela, não sou um homem qualquer com uma mulher qualquer, mas sim um pai com sua filha, por isso eu posso dar palmadas, mas não posso fazer coisas que um homem poderia fazer com uma mulher se não houvesse laços de sangue entre eles”. Eu nunca esqueço disso. Eu sei que não podemos ter uma relação como a que existe entre um homem e uma mulher, e não quero isso. O que eu posso e vou fazer é te dar palmadas no bumbum, minha filha, porque eu sei que isso te faz bem e é para o seu próprio bem. Se eu não soubesse que as palmadas te fazem bem e você se sente melhor graças às palmadas, eu não te bateria no bumbum. Mas eu vejo que isso é bom para você, e fazer uma coisa boa para minha filha não me deixa incomodado.

Eu fiquei tão comovida que abracei e beijei meu pai, três vezes, nos dois lados do rosto e na testa.

Hoje, quando ele me despe o bumbum para me castigar, eu fecho os olhos e penso: “é meu papai, sou a filhinha do papai, ele não está olhando o bumbum de uma mulher qualquer mas sim o bumbum de uma menina que precisa ser castigada”. E eu adoro isso. Um pouco de vergonha, eu ainda tenho. Muito tesão, e orgasmos intensos enquanto eu apanho, também. Mas o que eu gosto mesmo é de saber que meu pai não me vê como uma mulher, mas como a filhinha dele, e não vai agir como um homem e sim como um pai, severo mas dedicado e carinhoso. Eu me sinto tão inocente, quando estou no colo dele, com o bumbum de fora, esperando as palmadas…

Essa sensação de inocência, eu sei que não terei com outros homens, só com meu pai. Não é uma questão de me sentir segura, eu acho que há homens que também me dariam apenas palmadas, mas esses homens nunca deixariam de olhar meu bumbum com um desejo cínico, como é normal entre homens e mulheres que não são parentes próximos. O meu pai olha o meu bumbum como o bumbum de uma menininha que ele tem que castigar para ela ser feliz. Outro homem, por maior que seja sua boa vontade, nunca olharia assim para o meu bumbum. Por isso, eu evito os outros homens.

Mas há ainda outra razão para eu evitar outros homens: eles foram covardes e me deixaram na mão quando precisei deles. Sabem, eu ando muito bonita nesses dias, muito mais bonita do que quando eu era adolescente e procurava, sem encontrar, um namorado corajoso o bastante para enfrentar meu pai. Como meu pai me faz feliz, é carinhoso e é dedicado, e me dá palmadas que me deixam calma e relaxada, eu me sinto muito bem vivendo com ele e acho que isso me faz mais bonita, dizem que a felicidade embeleza as pessoas. O fato é que hoje eu sou muito mais bonita que alguns anos atrás. Além disso, meu pai também está muito mais calmo estes dias do que quando eu era uma adolescente irritadinha e atrevida, acho que até porque eu o irrito muito menos e estamos felizes juntos, então ele tem menos necessidade de brigar com outras pessoas. Assim, eu estou mais bonita e meu pai está menos bravo, o resultado é que os moços agora estão com mais vontade de me namorar e menos medo do meu pai.

Então, imagina se eles não tentam me seduzir! Volta e meia, ouço uma cantada aqui, um galanteio ali, na faculdade (estudo direito), nas festas das minhas amigas, em qualquer acontecimento social onde eu vou, nunca deixo de notar dois ou três ou até mais homens interessados em mim.

Como eu os trato? Com frieza. Eles podem estar interessados em mim, mas eu não estou interessada neles. Eu tenho meu pai, e tenho orgasmos graças ao meu pai. Claro que um namorado poderia me dar palmadas. Mas a verdade é que um namorado não me deixaria tão à vontade nem me faria sentir tão inocente como quando estou apanhando do papai no bumbum.

Além do mais, eu tenho raiva deles. Ora, quando eu precisei, eles em ignoraram. Eu queria namorar, eu tinha os meus hormônios me perturbando e precisava de sexo e orgasmos para aliviar as pertubações hormonais, e eles não me ajudaram, me ignoraram porque tinham medo do meu pai. Quer dizer, eles não brigam por mim. Mas meu pai sim, ele briga por mim, ele enfrenta qualquer homem atrevido que se meter comigo sem eu querer e se precisar ir ao inferno por mim, ele vai. Ele me ama de verdade, e ele luta pelo seu amor. Os candidatos a namorado que me aparecem, não. Só aparecem agora porque meu pai agora está mais manso e eu estou mais bonita. Mas estou mais bonita porque estou feliz com meu pai, ou seja, não preciso deles.

Então, de um lado meu pai me dá o que eu preciso para ser feliz, me dá disciplina e me dá orgasmos. Do outro lado, esses homens não lutam por mim e não me amam o bastante para enfrentar meu pai, quer dizer, o fato é que meu pai me ama muito mais do que eles. Então, eles não são bons maridos. Pelo menos, não seriam para mim.

Olhando friamente, alguns deles podem até serem bons amigos. Nenhum deles seria um bom marido. Nenhum deles poderia me fazer feliz como meu pai me faz feliz.

Todas as surras que meu pai me dá, ele me dá porque eu quero. Todas as vezes que levo palmadas no bumbum, eu levo porque eu resolvi ser melhor assim. Eu sempre posso aceitar um castigo ou convencer meu pai a deixar o castigo para um outro dia, e às vezes faço isso. Mas outras vezes eu preferi realmente que meu pai me desse umas palmadas, e ele então acabei ficando com o bumbum vermelho. Quando apanho, é pra valer e é só no bumbum. E eu sempre fico mais ou menos dois dias precisando de uma almofadinha para poder sentar. É um tanto embaraçoso quando sinto que alguma amiga minha acha estranho eu usar uma almofada para sentar, mas é bom, eu penso nisso quando me toco depois de uma surra e isso me ajuda a ter um orgasmo mais rápido, ao me masturbar.

Outro dia, eu fui a uma festa, e fiquei lá até o dia amanhecer, quando uma amiga me deixou em casa. Eu tinha dito para o meu pai que voltaria às três da madrugada, mas voltei às seis da manhã. Essa amiga que me deixou em casa, ela mora perto da minha casa, então não foi um problema para ela. Eu já sabia que ela me deixaria em casa as seis da manhã quando combinei com meu pai que chegaria em casa as três horas. Poderia ter dito logo ao meu pai que chegaria às seis da manhã, mas eu quis que meu pai tivesse um motivo para me castigar.

Além disso, quando cheguei em casa eu estava meio bêbada. Não podia dirigir, no máximo caminhar. Até aí, tudo bem, minha amiga é que iria dirigindo. Mas isso seria mais um motivo de irritação para meu pai.

Então, minha amiga me deixou na porta de casa e foi para a casa dela. Eu fiquei pensando nas palmadas que iria receber, e isso me deixava excitada. Fiquei pensando na cara que minha amiga iria fazer se soubesse que meu bumbum iria pagar por minha irresponsabilidade e por ter feito meu pai de bobo, e pensar nisso me fez dar uma risadinha meio safada e meio envergonhada, como só as meninas sapecas podem dar.

Meu pai não me decepcionou. Quando cheguei em casa, ele estava me esperando preocupado, ele me abraçou e me beijou. Aí, sentiu o cheiro de bebida e viu que eu estava de fogo. Isso o fez fechar a cara.

- Filha, você dirigiu bêbada para cá?

- E se dirigi, qual é o problema?

- Ora, é contra a lei, você pode ir presa, mas mesmo que não fosse, você poderia se machucar e machucar outras pessoas.

- Pois dirigi sim, e daí? - disse, pondo a mão na cintura e desafiando o papai.

Ele só balançou a cabeça, e disse:

- Onde está seu carro, filha? Ele não está na garagem.

- Ah, eu não sei… deixei na rua.

- E a chave dele? Está com você?

- Ah, não está não… acho que deixei nele.

- Então vamos procurar o carro, ele não pode ficar na rua com a chave nele, vai ser roubado.

Aí, eu vi que o papai ia sair, eu disse para ele:

- Não papai, não precisa, o carro está na festa. Foi uma amiga minha que me deixou aqui.

- E porque você não disse isso logo? Porque mentiu para mim?

- Ora… você fica me fazendo perguntas como se eu tivesse que te dar satisfação. Eu resolvi te mostrar que não tenho que te dar satisfação.

- Acontece que você tem mesmo que me dar satisfação. Eu sou seu pai e eu te amo.
E você chegou aqui muito depois do horário que combinamos.

Fiquei calada, esperando o ele falar mais. É claro que a essa altura ele já sabia que o que eu queria era levar palmadas e estava só fazendo teatro.

- Muito bem, menina. Como vai pegar seu carro amanhã?

- Eu pego um táxi, vou até lá, e pego o carro.

- Não, você vai a pé até lá. Não é tão longe assim, é só uma quadra, e amanhã e domingo.

- Mas papai, você não vai me dar o dinheiro para o táxi?

- Não, será esse seu castigo. Por chegar muito tarde em casa, por chegar bêbada e por mentir para mim.

Eu abaixei a cabeça, e disse ao meu pai:

- Papai, desculpa, eu não queria te deixar bravo, só fiquei irritada por você me cobrar satisfação.

- Mesmo se não fosse isso, você ainda merece castigo, filha.

- Ah, papai, então, me dê outro castigo. Eu vou acordar com ressaca amanhã, eu não quero ter que andar ainda por cima.

- Bem, só há um outro castigo, e você sabe qual é.

- Sim, papai, eu sei.

Depois de um minuto de silêncio, ele olhando para mim com aquela expressão severa, eu olhando para ele com uma expressão envergonhada, ele afinal disse:

- Então, filha, me espere no seu quarto. Eu já sei o que você precisa.

E eu fui ao meu quarto, esperar pelas palmadas. Meu pai sabe, eu preciso disso. Preciso das palmadas dele, que me fazem gozar, que me provocam orgasmos, que expulsam de mim toda tensão, todo nervosismo, toda carência.

Pouco depois, meu pai chegou, com o nosso velho amigo, o balde de gelo, que me dá tanto tesão só de olhar na mão dele. Meu pai se sentou ao meu lado, e me puxou para o colo dele, me deitando de bruços. Ele levantou minha saia e abaixou minhas calcinhas. E eu pensei: “agora eu fui muito malcriada, muito sapeca e muito atrevida… e eu nem precisava do dinheiro do táxi, meu pai tem razão, é perto e dá para ir a pé. Mas prefiro essas palmadas… elas me fazem gozar, e desta vez eu fiz por merecer… sou mesmo uma molequinha malcriada às vezes, e molequinhas malcriadas precisam apanhar no bumbum”.

E logo, eu senti a primeira palmada, que espalhou uma onda de dor em meu corpo, enquanto o barulho dela chegava aos meus ouvidos. Logo, uma segunda, depois uma terceira, e uma quarta… o meu pai, naquele dia, preferiu me dar vinte palmadas fortes, e logo depois várias palmadas de leve… assim, a dor veio logo, enquanto as palmadas leves mantinham meu bumbum ardendo e me excitavam… quando meu pai passou a água gelada no meu bumbum, eu tive o primeiro orgasmo daquela madrugada. E ele continuou, voltou a me bater quando percebeu meu gozo, nem muito forte, nem muito fraco, mas o suficiente para aquecer meu traseiro e me levar a outro orgasmo, e ele sabia que, me batendo muito forte quando chega o orgasmo, isso me deixa pronto para mais um e me dá vontade de apanhar mais… sim, quanto mais ele me batia no bumbum, mais eu queria apanhar no bumbum…

Surras assim, e orgasmos assim, eu tenho duas ou três vezes por mês, o que muito me faz bem e muito me agrada.

Não, tenho meu pai, não vou querer um marido. Pelo menos, não agora. Será que meu pai teria ciúmes se eu arrumasse um namorado? Eu sei que eu teria muito ciúme se ele arrumasse uma namorada. Juro que seria muito mais brava do que ele jamais foi. Eu nem gosto de pensar nisso. Só peço a Deus que eu e meu pai continuemos assim por muito tempo.

Eu tinha 18 anos quando tudo começou. Os nazistas dominavam a Alemanha.

 

Eles prenderam a mim e meus pais na fronteira com a Áustria. Os policiais nos levaram até o capitão e ele disse:

 

- Vocês três são uma família de ciganos sujos que vieram estragar o sangue alemão, mas talvez eu tenha uma utilidade para essa mocinha, que é bonita e tem belas nádegas, lisas, grandes e redondas.

- Por favor, não, senhor capitão, nossa filha é virgem, poupe ela!

- Cale-se, cigano, você não tem condições de exigir nada, você é de uma raça inferior que veio roubar em nosso país.

 

Meu pai se calou. Ele estava com medo. Todos nós estávamos com medo. Sabíamos que haviam campos nazistas onde as pessoas eram assadas em fornos crematórios até virarem cinzas. Sabíamos que era para lá que eles levavam as pessoas de raças inferiores ou inimigas do Estado, como judeus, ciganos, deficientes mentais, homossexuais e adversários políticos.

 

- Talvez você salve sua vida, e as vidas de seus pais também. Tudo o que tem a fazer é cooperar. - disse o capitão.

- Eu… vou cooperar, senhor capitão.

- Veremos.

 

E nesse dia eu fui afastada dos meus pais.

 

Eles me levaram para um castelo medieval nas montanhas. Eu ganhei um quarto pequeno mas confortável e, para minha surpresa, ninguém me molestou no começo. Eu tinha roupas simples, mas agradáveis. Eu tinha um quarto só para mim, sem luxo, mas também sem desconforto. Duas vezes por semana, eu podia telefonar para minha família, que estava presa em um campo de concentração. Eles também tinham uma vida razoável, exceto por três coisas: 1) eles não podiam me ver e se preocupavam comigo; 2) eles estavam presos, isso sempre é chato; e 3) eles conheciam pessoas, colegas de prisão, que toda semana eram executadas, e tinham medo de serem os próximos a morrer. Eu comia com os criados, e eles evitavam conversar comigo, o que era um pouco constrangedor. E eu temia pelos meus pais, que podiam morrer a qualquer momento. Além disso, a vida era razoável e até monótona.

 

Mas minha vida mudou depois de um mês no castelo, e para pior. Durante o almoço, eu fui proibida de beber o suco que eu bebia depois de comer, ou de beber qualquer coisa, inclusive água. Depois, o capitão que me levou ao castelo apareceu e me deu uma estranha ordem:

 

- Cigana! Você acabou de almoçar, não? E não bebeu nada durante ou depois do almoço, certo?

- Certo, sim, senhor capitão, não bebi nada.

- Então, vamos esperar você sentir vontade de ir ao banheiro para urinar. Depois disso, iremos a uma sala. Por enquanto, fique sentada neste banco, e só saia para ir ao banheiro. Avise o guarda depois de ter urinado.

 

Eu obedeci, sem entender nada. Não fiz perguntas, pois tinha medo. Fiquei sentada, vigiada por dois guardas, como se estivesse de castigo, mas não entendia nada, eu não tinha feito nada… aí, senti vontade, fui ao banheiro, urinei, falei para o guarda o que fiz e voltei a me sentar. O guarda foi avisar o capitão, que por isso voltou e me disse:

 

- Agora, você vem comigo para uma sala deste castelo.

 

Obedeci, é claro, pois não tinha alternativa. Mas eu estava achando tudo isso muito estranho.

 

Ele me levou para uma sala do castelo que eu não conhecia. Estava cheia de móveis belos e luxuosos, quadros e estátuas clássicos e tapetes finos, cheios de desenhos e detalhes. Pensei que talvez fossem os famosos tapetes persas, que eu não conhecia e que via pela primeira vez. Claro que nunca ousei perguntar se eram. Mas, qualquer que fosse a origem dos tapetes, eles eram muito bonitos.

 

O capitão me mandou sentar num sofá, e saiu. Cinco minutos depois, uma das portas se abriu, e quando eu vi quem tinha entrado eu gelei, fiquei totalmente pálida, senti dificuldade para respirar, comecei a tremer como um galho de árvore em dia de vento forte e quase desmaiei.

 

Era ele, Hitler. Ele entrou na sala, com passos largos, queixo erguido, seu bigodinho arrogante, sua expressão séria. E quando ele me viu, me olhou com desprezo. Com desprezo, e também com ferocidade.

 

Diante do olhar de Hitler, eu pensei: “Agora entendo porque me fizeram esvaziar totalmente a bexiga antes de me levarem para cá. Se não fosse isso, eu teria feito xixi de tanto medo, e teria molhado esse sofá luxuoso e esses tapetes finos e caros.”

 

Hitler andou até ficar perto de mim, na minha frente. Eu, tremendo de medo, não ousava desviar o rosto mas sofria olhando para ele. Então, ele disse:

 

- Você sabe porque está aqui?

- Não, meu führer? - respondi, e logo me arrependi, pois Hitler se aproximou mais de mim e seus olhos me fuzilavam.

- Eu não sou seu führer! Eu sou führer dos alemães! Você não é uma alemã! Você é uma mulherzinha inferior de uma raça inferior! Você é uma cigana desprezível! Será que você tem pelo menos o mínimo necessário de inteligência para entender isso, cigana?

- Sim, senhor führer dos alemães, eu tenho, sim, eu entendo, eu entendo, sim, senhor führer dos alemães.

 

Ele se aproximou ainda mais de mim. E quanto mais perto ele chegava, mais eu tremia. Uma palavra, um gesto, uma simples piscadela poderia me custar a vida e as vidas dos meus pais. E Hitler disse:

 

- Você está aqui porque meu médico disse que estou muito tenso e ele recomendou uma… atividade… para eu relaxar.

 

Eu não respondi, qualquer coisa que eu dissesse poderia causar problemas. Hitler, então, se sentou ao meu lado no sofá e me disse:

 

- Vou te deitar no meu colo, depois vou levantar sua saia e abaixar suas calçolas, cigana. Você quer que seus pais morram?

- Não, senhor führer dos alemães.

- Então, não resista!

 

Por isso, eu não resisti quando Hitler me puxou para o colo dele e depois levantou minha saia e abaixou minhas calçolas, me deixando com o traseiro nu. Eu, que já estava tremendo de medo, comecei também a tremer de vergonha. Hitler ficou por um minuto admirando meu traseiro, e eu imaginava que daria prazer a ele de forma “normal”, e eu provavelmente não seria mais virgem por muito tempo. Para que meus pais não morressem, eu estava disposta a aceitar isso. Mas eu não imaginava o que Hitler queria dizer com a palavra “atividade”.

 

Depois de admirar meu traseiro, Hitler deu um forte tapa nele. Doeu e me assustou. Fiz menção de por minha mão na frente do meu traseiro para me proteger, mas Hitler disse:

 

- Você quer que seus pais vivam?

 

E por isso eu baixei meus braços, não ousando tentar me proteger mais. Aceitei passivamente que ele espancasse meu traseiro, e logo Hitler deu um tapa mais forte no lado esquerdo, depois outro no lado direito, outro mais em cima, outro perto das coxas… eu não ousava me proteger e não ousava gritar, só gemia, gemia…

 

“Ah, tomara que isso acabe logo”, pensei. Hitler batia e batia, e cada tapa era mais forte que o anterior. Não houve parte do meu traseiro que ficasse sem levar, pelo menos, uns vinte tapas, todos fortes. Cruel, Hitler era cruel. Bater assim numa donzela, que não fez nada, só fez nascer cigana, mas isso não era minha culpa…

 

“Não é justo”, eu pensava, “eu não fiz nada, eu não fiz nada…” e, enquanto eu pensava assim, eu chorava. Minhas lágrimas logo ensopavam meu rosto, mas eu não chorava alto, apenas gemia, pois eu tinha medo de incomodar Hitler.

 

Quando ele finalmente acabou, ele me levantou e se levantou depois. Se arrumou um pouco, e me disse:

 

- Você é uma boa cigana. Com isso, seus pais ganharam mais uma semana de vida. Pode ir para seu quarto.

- Sim, senhor führer dos alemães.

 

Eu andei então até meu quarto, de cabeça baixa e ainda chorando um pouco. Eu estava muito triste e envergonhada, porque um homem tinha visto meu traseiro, e batido nele, sem motivo, sem razão, exceto a necessidade de relaxar… mas que homem cruel pode relaxar com a dor e a humilhação dos outros?

 

“Hitler”, pensei, “Adolf Hitler”.

 

Eu me deitei, muito deprimida, de bruços. Não tive coragem de olhar meu traseiro no espelho, mas devia estar bem vermelho e cheio de hematomas. Passei uma pomada que tinham deixado em meu quarto, e senti com a mão que meu traseiro estava bem quente. Meu único consolo foi ter assim garantido uma semana de vida para meus pais.

 

No dia seguinte, eu almocei, depois jantei. Os criados continuavam me evitando, mas eu achei bom, porque estava envergonhada demais para querer conversar com eles. Pensei em contar isso aos meus pais, mas eu resolvi que era melhor não. Eu tive medo. Não por mim, mas por eles. Se meu pai soubesse o que Hitler estava fazendo comigo, ele poderia tentar fugir e me resgatar, e se ele fizesse isso ele morreria. Quando conversamos por telefone naquela semana, ele notou tristeza em minha voz, mas eu disse que era por saudade. Eu disse que estava tudo bem e que eu era prisioneira, mas vivia confortavelmente. Ele não perguntou mais, talvez com medo de alguma ameaça. Anos depois, quando nos reencontramos, ele me disse que sentiu alguma coisa errada em minha voz, e que ficou muito preocupado comigo. Mas foi bom eu não ter contado para ele. Ele nunca poderia fazer alguma coisa contra a polícia de Hitler.

 

Na outra semana, Hitler me chamou novamente a sua sala, e novamente espancou com a mão aberta o meu traseiro. E novamente na outra semana, e na outra, e na outra… Ele quase nunca falava comigo, apenas me mandava me aproximar dele quando se sentava, para que ele pudesse me puxar para seu colo, levantar minha saia e abaixar minhas calçolas antes de começar a me bater. Eu disse “quase nunca” porque alguns dias eram exceções. Como no dia em que eu fui chamada à sala de Hitler, e quando ele entrou para me bater no traseiro, ele disse, arrogante como sempre:

 

- Então, você é a cigana insignificante que ajuda o Führer dos alemães a aliviar sua tensão. Está orgulhosa disso?

- Não, senhor Führer dos alemães.

- Pois devia! Você não sabe que milhões de moças de boa raça, loiras e de olhos azuis, adorariam estar em seu lugar, e serem surradas no traseiro pelo bem da Alemanha?

- Não, senhor Führer dos alemães.

- E o que poderíamos esperar de uma cigana, além de muita tolice? Pois trate de ficar orgulhosa, entendeu? Fique orgulhosa, pois apesar de ser uma cigana desprezível você foi escolhida para ajudar o Führer dos alemães a se aliviar do pesado fardo de levar a Alemanha à grandeza eterna.

- Sim, senhor Führer dos alemães.

- Bah!

 

Hitler então me deitou de bruços no seu colo, levantou minha saia e abaixou minhas calçolas para me dar mais uma surra no traseiro. Mas antes de começar a me bater ele ainda disse:

 

- E não ouse chorar nem gemer, cigana. Trate de se orgulhar de levar esses tapas!

- Sim, senhor Führer dos alemães.

 

E ele me bateu então, por vários minutos, como sempre. Suas mãos eram quadradas, seu braço era forte, a pele de suas mãos eram duras, e cada tapa imprimia um desenho quadrado e rosado em meu traseiro, e logo o rosa se tornou vermelho. Ele nunca parava antes que meu traseiro estivesse completamente vermelho, a pele tão quente que eu sentia o calor antes de chegar a tocar, e eu ficasse incapaz de sentar sem a ajuda de uma almofada por dois ou três dias.

 

Ele acabou e eu voltei ao meu quarto. Eu não cheguei a cobrir meu traseiro com a calçola, pois acabei adquirindo o habito de cobrir meu traseiro apenas com a saia depois das surras: assim ardia menos.

 

Com o tempo, houve duas mudanças. A primeira foi quando Hitler me apresentou Eva Braun.

 

Foi um dia em que fui chamada à sala onde Hitler me batia. Eu fui, triste e curiosa ao mesmo tempo: sempre havia um intervalo de uma semana entre uma surra e outra e a última vez que eu apanhara dele havia sido apenas três dias antes. Quando entrei na sala, Hitler estava com uma mulher e me apresentou a ela:

 

- Essa é Eva Braun, cigana. Eu falei de você para Eva. E Eva me disse que gostaria de se divertir com você. E não é uma boa ideia? Você já levou muitos tapas no traseiro, deve estar acostumada.

- Sim, senhor Führer dos alemães.

 

Eu tinha outra alternativa além de concordar?

 

Assim, eu permiti que Eva Braun, que depois eu soube que era amante de Hitler, me deitasse no colo, abaixasse minhas calçolas e me desse vários tapas no meu traseiro. Depois, ela me visitou várias vezes, para me dar mais uma surra. Mas Eva Braun não vinha toda semana, como Hitler. Acho que ela não gostava tanto assim de surrar o traseiro de uma moça adulta, ou então ela tinha menos necessidade de aliviar suas tensões, já que afinal não era ditadora, só a amante do ditador. Mas mesmo assim apareceu muitas vezes, e então eu passei a ser surrada seis ou sete vezes por mês, já que às surras semanais que eu levava de Hitler se juntaram as surras eventuais que eu levava de Eva Braun.

 

Eva Braun tinha um “estilo” diferente de Hitler para bater no meu traseiro. Ela tinha a mão mais fina e alongada, e deixava um sinal vermelho retangular e não quadrado, como os tapas de Hitler. Além disso, ela sempre admirava meu traseiro depois de sete ou oito tapas, para logo depois recomeçar a surra e de novo parar para admirar meu traseiro depois de sete ou oito tapas... Essas pausas nas surras que eu levava de Eva Braun era porque ela gostava de ver como meu traseiro passava de branco a rosado e de rosado a vermelho. Ela também alisava meu traseiro, principalmente quando ele já estava bem vermelho, para sentir como a pele do meu traseiro ardia depois de vários tapas.

 

Depois de alguns anos (a minha rotina de apanhar no traseiro durou uns oito anos) eu percebi uma coisa diferente nas surras. Hitler, que nunca foi de falar muito comigo, ficou cada vez mais calado, chegando a ficar várias semanas sem me dirigir nenhuma palavra: ele simplesmente me puxava e me deitava no colo para me bater, em silêncio. E seus tapas ficaram cada vez mais forte, como se ele tivesse cada vez mais raiva e a necessidade de me surrar para aliviar sua raiva fosse cada vez maior. A cada surra, ele batia mais, com mais força e mais rápido, com cada vez mais vontade de me machucar, e eu sofria, pensando: “Deus, quando isso vai parar? Isso é injusto, meu Deus, eu não fiz nada, Hitler não é um homem, é um monstro, e esse monstro só quer me machucar por que tem prazer com isso, e cada vez ele piora mais e mais!”

 

Mas meu sofrimento, pelo menos meu sofrimento moral, diminuiu muito no dia em que ouvi um dos guardas comentando: “nosso Führer está cada vez mais irritável e ansioso... são as más notícias da guerra, isso o deixa abalado e nervoso.” Então eu entendi porque ele me batia com cada vez mais raiva. É porque ele estava perdendo a guerra e descontava no meu traseiro toda a frustração de saber que no final seria derrotado. E quando maior a certeza de que no final seria derrotado maior a vontade de me bater, com cada vez mais força. Por isso eu apanhava mais e mais forte a cada semana. Acho que Eva Braun nunca soube o quanto a situação da Alemanha piorava na guerra a cada dia, ela não participava do governo de Hitler, então não tinha informações. De qualquer forma,  ela nunca aumentou a quantidade de tapas que dava no meu traseiro, as surras da Eva Braun sempre foram iguais.

 

Saber que Hitler ficava cada vez mais furioso e me batia com cada vez mais força por que a derrota da Alemanha era cada vez mais certa diminuiu meu sofrimento psicológico, embora aumentasse muito meu sofrimento físico, pois quando eu estava deitada no colo de Hitler, com a saia levantada, as calçolas abaixadas e meu traseiro completamente despido e levando cada vez mais tapas, eu no íntimo sorria. Sorria com maldade, porque estava vendo o fim cada vez mais próximo de Hitler e seu horrível regime. Ele me dava muito mais tapas do que antes, os tapas eram muito mais fortes do que antes, meu traseiro ficava dolorido e quente por mais e mais tempo, mas isso não me fazia infeliz. Pelo contrário, eu me sentia feliz, porque pensava: “Isso, senhor Führer dos alemães, bata, bata... bata cada vez mais forte e rápido, e dê cada vez mais tapas no meu traseiro, sim... mais, mais... eu quero mais porque eu sei que quanto mais tapas você me der, mais perto da derrota final você estará... muitos tapas quer dizer muitas notícias ruins para os exércitos da Alemanha, eu sei e você sabe... bata mais, senhor Führer dos alemães... isso só serve para me mostrar que você logo estará derrotado e humilhado, seu monstro nojento... Ah, como eu amo quando sou surrada com cada vez mais fúria!”

 

Sim, eu estava certa: a fúria era sinal de desastres para Hitler, e por isso ele tinha necessidade de me surrar com cada vez mais força. No final, as surras me deixava até 5 dias sem sentar direito, mas então, um dia, quando me levaram para a sala onde Hitler batia no meu traseiro, eu o vi de pé diante de mim. Ele me olhava com ódio, como eu nunca tinha visto antes. Eu pensei: “a surra de hoje vai bater todos os recordes”. Mas não. Pela primeira vez depois de quase um ano e meio, Hitler falou comigo. Ele me disse:

 

- Cigana desprezível, você tem sorte hoje. Eu acabo de receber uma mensagem importante. Eu preciso ir correndo a Berlim. Minha presença é exigida lá. Mas eu logo voltarei vitorioso, e para comemorar eu te darei a maior surra que você já levou na vida, eu juro.

- Sim, senhor Führer dos alemães.

- Eu te aconselho, cigana, a não ter nenhuma esperança na minha derrota. Mas se eu perder, saiba que isso não te será bom, em nenhuma hipótese. Porque você nunca ficará fora do alcance de minha ira. Se você tiver um marido, um namorado, um amante, qualquer homem que tire sua virgindade, eu voltarei para matar esse homem. E se você tiver um filho, cigana, eu matarei seu filho. Então, não deseje minha derrota, porque isso não será bom para você.

 

Ele então saiu da sala e eu estava dispensada.

 

Na semana seguinte, soldados americanos invadiram o castelo onde eu vivia. Todos os que estavam lá dentro foram presos. Eu soube então que Hitler tinha se suicidado depois de se casar com sua amante, Eva Braun, que também se matara. O casal que tanto tinha me atormentado estava morto, e eu estava livre. Psicologicamente, porém, eu ainda teria problemas por muitos anos.

 

O capitão que comandava os americanos me chamou para um interrogatório, dois dias depois da tomada do castelo. Quando eu entrei, ele disse:

 

- Senhorita, tenho que interrogá-la. Parece que você teve muitos encontros com Hitler, não?

- Tive sim, senhor capitão.

- E o que acontecia nesses encontros?

 

Fiquei muito envergonhada. Ele precisava mesmo me obrigar a falar daquilo? Mesmo assim, respondi.

 

- Ele... Hitler... ele me... maltratava.

- Ah, entendo.

 

Rezei para ele não pedir detalhes. Eu não queria dizer que Hitler me dava tapas no meu traseiro nu. Mas ele olhou para mim com pena. Ele provavelmente já sabia o que Hitler fazia comigo. Devia ter interrogado os criados do castelo antes de me fazer perguntas, e eles devem ter dito aos americanos que eu estava lá para ser surrada no traseiro, porque isso aliviava o stress de Hitler. Acho que ele só queria confirmar comigo o que os criados diziam. Vendo meu jeito envergonhado, ele deve ter percebido que o que os criados diziam era verdade sem precisar de mais palavras. O capitão então disse:

 

- Seus pais estão no Campo de Concentração, você deve saber. O Campo de Concentração também foi libertado pelas tropas aliadas, e seus pais estão vivos. Se você quiser, posso levá-la para ver seus pais.

 

Eu fiquei muito feliz com essa notícia.

 

- Sim, senhor capitão, quero sim, oh, muito, muito obrigada.

 

Então, eu fui rever meus pais, depois de oito anos de separação, de contatos apenas por telefone e de muitas surras no meu traseiro, toda semana, as vezes duas vezes por semana... ah, que tormento, como sofri nas mãos de Hitler... e isso durante oito anos.

 

Mas agora tudo estava acabado.

 

Quanta alegria eu senti quando vi meus pais. Meu pai e minha mãe estavam muito magros e seus cabelos que antes eram negros agora estavam totalmente brancos, mas fora isso eles não mudaram nada. Eu os abracei, os beijei, enquanto chorava de felicidade. Hitler morreu, seu reino de terror acabou, todo o sofrimento acabara. Mas, então, depois de meia hora de beijos, abraços e choro, eu perguntei:

 

- Pai, para onde iremos?

- Não sei, minha filha?

 

Então, o capitão disse: 

 

- Que tal a América?

- Por que a América? - perguntou meu pai, surpreso.

- Porque – disse o capitão – quero pedir a mão de sua filha em casamento.

 

O capitão disse que me conhecia a apenas dois dias, mas se apaixonara por mim, porque se comovera com minha triste história. Bem, eu aceitei, meus pais aceitaram, e fomos para a América com o capitão.

 

Na América, depois de seis meses de noivado, eu me casei com o capitão em duas cerimônias, uma cigana, e outra protestante, na religião do capitão.

 

Mas, então, se revelaram meus problemas psicológicos, provocados pela crueldade de Hitler.

 

Na noite de núpcias, quando meu marido, o capitão, tentou tirar meu vestido de noiva para me deflorar, eu disse que não.

 

- Por favor, não faça isso.

- Por que não, querida?

- Porque Hitler vai te matar se você tirar minha virgindade.

 

Ele me olhou espantado, e disse.

 

- Querida, Hitler morreu, ele se matou com a amante em Berlim, ele não pode te fazer mal.

- Mas ele pode te matar. Ele me disse que faria isso na última vez que falou comigo.

- Mas meu bem, ele está morto, seu corpo foi queimado, os russos levaram seu corpo carbonizado.

- Você tem certeza? Dizem que ele forjou a própria morte e está vivo.

- Dizem, mas é boato.

- Mas eu não tenho certeza, ele pode estar vivo. E ele disse que mataria você, se eu te der minha virgindade.

 

Então, eu tive uma crise de choro e meu marido me abraçou. Ele não me deflorou naquele dia, nem no seguinte. Nem na semana seguinte. Nem no mês seguinte. Nem nos primeiros anos de nosso casamento. Quando ele tentava, eu tinha medo, eu chorava, e depois imagina Hitler aparecendo pela porta com seus soldados para matar meu marido, e aí chorava mais.

 

Um dia, depois de anos de casamento sem sexo, meu marido me levou para um psicólogo. Foram preciso cinco sessões para contar como eu fui presa, depois separada da minha família, depois entregue a Hitler para que o ditador aliviasse suas preocupações como Führer dos alemães dando tapas e mais tapas no meu traseiro até minhas nádegas ficarem totalmente vermelhas, todas as semanas, durante oito anos, e agora, na América, eu me casei com o capitão que me libertou de Hitler, mas ainda era virgem, porque eu tinha medo de deixar meu marido me deflorar e Hitler aparecer para matar meu marido, e meu filho, se eu ficasse grávida…

 

Depois da quinta sessão, o psicólogo disse para o meu marido:

 

- Sua mulher está traumatizada, capitão.

- Isso eu sei, doutor. Eu quero saber é como superar isso. Estamos casados há anos e ainda não tivemos sexo, porque ela tem medo que Hitler apareça para me matar.

- Tempo e paciência, capitão. Ela precisa de tempo, e o senhor precisa de paciência.

- Ok, eu tenho tido paciência, eu amo ela. Mas isso vai funcionar, doutor?

- Não sei, mas temos que tentar.

 

Então, eu passei a ter terapia duas vezes por mês, e meu marido tentava me acostumar com o sexo aos poucos. O doutor recomendou que ele me massageasse. A ideia era me acostumar ao toque dele. Lembro como eu tremia quando ele me massageou na primeira vez nas pernas. Eu estava vestindo um maiô muito recatado, e mesmo assim eu quase chorava, como se estivesse totalmente nua. Mas o tratamento funcionava, e eu acabei por me acostumar ao toque do meu marido nas pernas. Então, eu passei a usar um biquíni, como chamam ao maio de duas peças. A peça de baixo cobria todo o meu traseiro e parte das coxas, mesmo assim eu me sentia muito desconforto quando meu marido me massageava no ventre. Mesmo por cima da roupa de banho, porém, eu não suportava que meu marido encostasse no meu traseiro ou nos meus seios.

 

Por isso, quando tivemos que passar para a fase seguinte, onde ele me massagearia no traseiro e nos seios com um biquíni menor, que revelava parte das nádegas, eu quase desmaiei, mas suportei o bastante para deixar que ele terminasse a massagem. Foi preciso que o psicólogo me desse um calmante para que eu relaxasse, mas eu superei o primeiro dia. Foi muito difícil para mim, mas aguentei firme e superei, e depois me acostumei também.

 

Quando eu estava acostumada com a massagem do meu marido com um biquíni mais curto, o psicólogo disse:

 

- Senhora, agora seu marido deve te massagear com a senhora vestindo apenas a peça de baixo do biquíni, deixando seus seios expostos.

- Meus seios? Mas, e o senhor, vai me olhar com os seios nus? - o psicólogo esteve sempre vendo meu marido me massagear por todos esses anos, devo dizer.

- Sim, senhora, eu vou. Eu sou seu analista, eu tenho que olhar a senhora para poder avaliar suas reações.

 

Foi muito constrangedor, mas eu aceitei ser massageada pelo meu marido com meus seios expostos, e sendo vista pelo psicólogo. As primeiras sessões foram terríveis, mas eu me acostumei a ficar com meus seios de fora e se massageada.

 

Então, depois de meses de massagem com os seios expostos, o psicólogo fez com que meu marido me massageasse totalmente nua. Eu me deitava e me marido me passava um óleo de massagens em meu corpo nu e ainda virgem, sob os olhares do psicólogo. Desta vez, eu levei mais tempo para me acostumar, mas afinal eu já aceitava a massagem com naturalidade, e depois dessas massagens eu ficava calma e relaxada.

 

Então, o psicólogo disse para meu marido que agora ele deveria usar não apenas as mãos, mas também os lábios e a língua, e tentasse me dar prazer com seu toque, seus beijos e suas lambidas, tentando me levar ao orgasmo sem me tirar a virgindade. A essa altura, eu já tinha me acostumado ao toque do meu marido, e aceitei. Fiquei muito nervosa e tremia muito no começo, claro, mas eu estava querendo muito descobrir o prazer físico, por isso lutei para superar meus medos e meu trauma, trauma esse que foi provocado por Hitler e anos de surras terríveis no meu traseiro, apenas por que eu nasci cigana. Assim, meu marido passou a brincar com meu corpo como se eu ainda fosse uma menina. Imagina como eu me sentia. Eu era uma senhora de quase quarenta anos, mas ainda tinha que descobrir meu corpo e o corpo do meu marido como se fosse uma adolescente com o primeiro namorado.

 

Aos poucos, eu comecei a ter prazer, e com meu marido tive vários orgasmos, mesmo sem ser penetrada. Eu aprendi que há várias maneiras de ter sexo sem perder a virgindade, e que esse sexo pode ser ótimo. Mas eu ainda não queria ser penetrada. Eu queria muito ter um filho, mas eu meus sonhos Hitler ainda aparecia, me dando vários tapas violentos no traseiro e ameaçando meu marido de morte se ele me deflorasse, e também meus filhos, se eu os concebesse.

 

O psicólogo acompanhava todas essas mudanças e registrava minha evolução como paciente. Ele observava tudo, anotava tudo, analisava tudo.

 

Um dia, durante uma sessão, quando eu estava acompanhada pelo meu marido, o psicólogo me disse:

 

- Eu vou hipnotizar a senhora e fazê-la imaginar que está na Alemanha de Hitler. É uma experiência nova, vamos rezar para dar certo.

 

Eu me vi de novo na Alemanha, no castelo onde eu vivi no tempo em que Hitler me dava tapas e mais tapas no meu traseiro. Eu me vi de novo indo para a sala onde eu era surrada até minhas nádegas ficarem vermelhas como maçã. Eu entrei na sala, e lá estava Hitler, com seus olhos frios e ferozes, cheios de ódio e desprezo por mim. Ele estava sentado, e me disse:

 

- Assuma sua posição, cigana!

 

Eu entendi o que deveria fazer: o medo e o hábito da obediência me fizeram levantar minha saia, abaixar minhas calçolas, e deitar no colo dele com meu traseiro a mostra, para que Hitler pudesse surrá-lo.

 

E ele realmente começou uma boa surra. Ele deu vários tapas, um na nádega esquerda, um na nádega direita, alternando os locais mas sempre batendo com força, muita força, enquanto eu chorava, envergonhada com a humilhação que passava uma mulher de quase quarenta anos. Meu traseiro ficou rosado, depois vermelho, como nos malditos anos que eu vivi na Alemanha, e a surra durou até que, de repente, a porta se abriu, e meu marido, capitão do exercito americano, entrou com um revólver e gritou:

 

- Tirano sanguinário, largue minha amada!

- Americano idiota! - disse Hitler - você acaba de assinar sua sentença de morte. Eu vou…

 

Mas antes que terminasse, Hitler foi baleado no peito, que meu marido tinha disparado. O sangue manchava o uniforme de Hitler enquanto ele olhava incrédulo e surpreso o meu marido. Eu aproveitei para escapar do colo dele e fiquei fora da mira do revólver. Como eu estava ainda com as calçolas abaixadas e meu traseiro vermelho, eu senti minhas nádegas queimarem quando o tecido da saia encostou na pele do meu traseiro. Mas eu me sentia segura: meu marido me abraçava e Hitler estava sangrando e morrendo na minha frente. E meu marido me disse:

 

- Querida, eu vim para te salvar!

- Oh, meu amado! - E eu o beijei.

 

Nos abraçamos, nos beijamos. Ele começou a beijar meu pescoço, depois meus seios. Ele enfiou as mãos dentro do meu vestido, e sentiu meu traseiro vermelho e ardido. Ele pediu minha permissão para passar um creme em minhas nádegas, e eu deixei. O toque dele me excitava como nunca antes eu sentira na vida. Quando eu vi, estava deitada de bruços no sofá onde Hitler me batia, e ele então me viu excitada, e tirou as calças. Ele disse que naquele dia eu iria finalmente me tornar mulher dele, depois de quase quarenta anos de virgindade, e ele abriu minhas pernas, me ajeitando para me penetrar. Eu estava muito excitada, louca para ser deflorada, e quando ele entrou em mim eu senti dor, mas também prazer. Nos amamos por meia hora, pelo menos, e tive três orgasmos com meu marido, antes de adormecer nos braços dele.

 

Quando acordei, eu realmente estava deitada ao lado do meu marido, e realmente estava sem calçolas por baixo da saia. Eu estava no consultório do psicólogo, e uma mancha de sangue sujava o lençol que cobria o sofá dele, e eu entendi que tinha sido deflorada ali. E havia um corpo no chão, com um buraco de bala. Mas quando olhei o corpo com atenção, eu vi que não era um corpo, e sim um boneco. Um boneco do tamanho de um homem, e muito parecido com Hitler. 

 

Então, eu entendi:

 

- Meu marido… atirou no boneco.

- Sim, senhora – disse o psicólogo.

- E meu marido e eu… nós transamos.

- Sim.

- Então… o tratamento funcionou.

- Sim, funcionou, senhora. Eu vi que Hitler permanecia como um símbolo em sua psique, e para que a senhora superasse seu trauma e o bloqueio sexual resultante, era preciso que Hitler também tivesse uma morte simbólica. Bem, funcionou.

 

Depois daquele dia, eu tratei de recuperar o tempo perdido. Pelos próximos anos eu quis ter sexo todos os dias, sempre que eu e meu marido estávamos disponíveis um para o outro. Muitas vezes duas vezes por dia, ou mais, e isso durou até a velhice, pois eu levava uma vida saudável e fui bela e bem-disposta por muitos anos. Tivemos quatro filhos, dois casais. São lindos, os quatro. Ás vezes, eu penso que valeu a pena sofrer o que sofri com Hitler, pois se não fosse isso eu não teria me encontrado com meu marido e não teria me casado com esse homem maravilhoso, que me ajudou a superar um trauma horrível e sempre teve paciência comigo.

 

O psicólogo reuniu as anotações que ele fez sobre meu caso e ficou rico com um livro que publicou sobre meu caso. Ele é famoso entre os estudiosos de psicologia como o criador de uma nova técnica de superação de bloqueios sexuais, e de traumas psicológicos graves. Ele é amigo da família, e nos encontramos em muitos eventos sociais. Ele diz que graças a mim houve um grande avanço nas técnicas terapêuticas para tratar de bloqueios sexuais. Não sei se devo ficar orgulhosa...

“Ele está atrás de você”, me disse Kate, em Curitiba. “Eu estou atrás de você”, disse-me ele, logo depois. Agora, em São Paulo, eu me sentia estranha: alguma coisa me deixava inquieta de dia, e com medo de noite.

 

Isso tinha começado no fim de semana anterior. Eu simplesmente saí para me divertir com algumas amigas. Fomos para uma boate, e lá eu vi os dois: Kate e o Vampiro de Curitiba. Mas o que ele estava fazendo em São Paulo?

 

Bebi de uma vez um copo de uísque que tinha nas mãos e corri atrás dos dois, mas quando cheguei aonde eles estavam, tinham sumido. Desapareceram no ar, simplesmente. Olhei ao redor, por vários minutos, até chamei “Kate” algumas vezes, porque eu não sabia o nome dele ainda, mas foi inútil, eles tinham sumido.

 

“Então, ele está em São Paulo... atrás de mim?”, eu pensei.

 

Mas enfim, desde esse dia, alguma coisa me deixava inquieta e com medo da noite. Uma sensação de perigo eminente, a impressão de que alguém me observava com hostilidade...

 

Como se eu fosse uma caça na mira de algum feroz predador...

 

Eu logo culpava o amo da Kate, o Vampiro de Curitiba que, eu sabia, estava em São Paulo, quem sabe para que? Ah, mas eu sabia que ele estava atrás de mim... pelo menos, tinha estado antes.

 

E veio a lembrança das palmadas, de me sentir dominada e completamente controlada, mas ao mesmo tempo querida e amparada, e disciplinada, sim, mas acho que sabia que no fundo merecia e era bom para mim. Então, passei a sair todas as noites, com minhas amigas ou sozinha, ia a todas as boates que conhecia e algumas que não conhecia, para tentar encontrá-lo, abraçá-lo, beijá-lo, amá-lo... e quem sabe, se eu fosse pentelha o bastante, se ele não me daria mais palmadas, merecidas, dolorosas, mas gostosas... ah, esses pensamentos me faziam cada vez mais uma criatura da noite. Era quase como se eu não tivesse que trabalhar de dia. (Quanto ao trabalho, bem, eu trabalhava de dia, mas na hora do almoço, meio dia às duas da tarde, eu ia cochilar no meu carro, no estacionamento, no banco do carro forrado com almofadas que eu trazia de casa. Aí, eu saia do serviço as seis e meia da tarde e chegava em casa às sete horas, e dormia até as onze da noite, quando acordava para sair para mais uma balada até as cinco da manhã, e voltava para casa, dormia uma hora e meia, tomava um banho rápido e ia para o serviço sem café da manhã, já que eu levava um sanduíche natural na minha bolsa. Para compensar, dormia dez horas por dia sábado e domingo).

 

Então, eu vivia inquieta, com medo de alguma coisa que não entendia e ansiosa para encontrar o meu Vampiro de Curitiba, que estava em São Paulo.

 

Isso, até um dia em que tive um sonho. Eu cheguei em casa as sete da noite, caí na cama, cochilei, e vi ele o Vampiro, entrando no meu quarto. E o Vampiro disse:

 

- Pare de sair a noite, Anna. Você não sabe, mas corre perigo.

- Perigo? Como... - eu ia me levantar da cama, mas ele, com um gesto de suas mãos, me fez ficar paralisada e deitada, e ele disse:

- Durma, querida, durma a noite toda, acorde descansada amanhã e não pense mais em sair pela noite atrás de mim. Eu também não gosto disso de você dormir mal durante a semana porque não quer descansar para trabalhar normalmente, já que prefere ir me procurar pelas boates da cidade. Eu irei até você, quando for seguro.

 

Naquela noite, eu dormi profundamente, e quando acordei eram cinco e meia da manhã, quase a hora que eu chegava em casa nos outro dias. Acordei muito mais relaxada, mais disposta para trabalhar e com mais bom humor do que o normal. Mas também com medo, com muito medo. O que ele queria dizer com eu correr perigo?

 

Então, eu fiquei cinco, seis dias sem sair a noite. Eu trabalhava, eu queria sair, mas quando anoitecia, eu tinha mais medo do que antes, queria ir para casa e ficar lá. Dormia cedo e acordava cedo, tomava café da manhã e chegava bem descansada no trabalho, onde tinha um rendimento melhor do que antes, com o novo regime de sono.

 

Mas o tempo foi passando, e a impressão que o sonho tinha me deixado foi aos poucos se enfraquecendo, mas o desejo não, a vontade de encontrá-lo, não, e eu pensei: "será que foi só um sonho bobo? Se foi isso, não tenho do que temer, e isso é bom. E se foi de verdade que ele me mandou ficar em casa e parar de sair a noite? Então, se eu o desobedecer, ele pode ficar bravo e me dá mais algumas palmadas, e isso é melhor ainda!"

 

Então, eu chamei um taxi por telefone, perguntei ao motorista se ele conhecia uma boa boate, ele me disse que sim, e eu pedi para ele me levar para lá. E lá fomos nós.

 

Fomos por um caminho que eu não conhecia. Até aí, tudo bem, São Paulo é grande, acho que não conheço 90% da cidade e deve haver muitas boas boates por aí que eu nem imagino que existam. Só que eu reparei que o vento estava muito frio, o que era anormal naquela época do ano. Eu pedi para o chofer fechar a janela e ele me ignorou.

 

“Mal educado”, pensei. Mas havia alguma coisa mais além de má educação, alguma coisa que me assustava, como o vento frio também me assustava. Então, passamos por uma rua totalmente escura, o que nunca seria normal, as luzes dos postes estavam todas apagadas, as casas estavam todas escuras. Como isso era possível? Mesmo quando os postes de luz estão escuros, ainda assim alguma casa ou loja sempre tem alguma luz... mas naquela estranha rua, não havia lojas, nem mesmo prédios, só casas escuras, milhares delas, até onde minha vista podia alcançar, e algumas estranhas árvores que pareciam homens desesperados se contorcendo de dor.

 

Então, o chofer do taxi estacionou numa vaga e se virou para mim, sorrindo de um jeito assustador.

 

- Eu não vejo nenhuma boate aqui – eu disse, tremendo de medo.

- Não é para sua diversão, senhora, é para a nossa – ele respondeu, rindo de um jeito que arrepiou meus pelos e gelou minha barriga.

 

Saí correndo do carro, e ele riu mais ainda, dizendo:

 

- Corra, senhora, essa é a idéia!

 

E de repente me vi cercada por quatro homens, que também sorriam para mim de um jeito assustador.

 

- Quem são vocês? Onde eu estou?

 

Eles riram e, rindo, me mostravam os dentes caninos, longos e pontiagudos...

 

- Não, vocês são vampiros!

 

Eu me virei para fugir, mas o chofer estava atrás de mim, rindo também e também com os longos e ameaçadores caninos típicos dos vampiros. Eu estava cercada, e os cinco vampiros se aproximavam de mim, com sorrisos ferozes que mostravam seus dentes de vampiro. Eu comecei a chorar e me ajoelhei, implorando por minha vida.

 

- Não, por favor, poupem-me, eu não fiz mal a vocês, piedade...

 

Mas eles não me davam atenção, e chegando cada vez mais perto eles deixavam bem claro o que queriam, beber todo meu sangue, quem sabe também me transformar numa escrava morta-viva deles... 

 

Só que isso não aconteceu porque, de repente, uma estaca de madeira atravessou o peito do chofer, e como acontece nesses casos o vampiro voltou a ser o que os vampiros devem ser, um cadáver.

 

Os outros quatro vampiros se voltaram para a direção de onde tinha vindo a estaca. Eu também olhei para lá e vi o Vampiro de Curitiba, meu salvador. Ao lado dele, estava Kate, e um moço e uma moça que eu não conhecia. Deviam ser vampiros também, aliados ou servos do Vampiro de Curitiba.

 

- Ele está morto, traidor, você matou um de sua própria espécie, e para que? Por uma mortalzinha que deveria servir como fonte de sangue, que é para isso que servem os mortais – disse um dos vampiros que queriam beber meu sangue, o mais alto deles.

 

- Essa mortalzinha não servirá de fonte de sangue para vocês, cafajestes. Eu tenho planos para ela. E eu não matei ainda esse chofer traiçoeiro de vocês, só precisam remover a estaca. Deixem ela conosco e vocês poderão ir. Do contrário, vocês quatro contra nós quatro, veremos quem leva a melhor. Se vocês perderem, morrerão de vez, porque além de enfiar uma estaca em seus corações cruéis eu removerei suas cabeças e as queimarei. Será que vale a pena arriscar sua imortalidade por uma mortal?

 

Os quatro vampiros se olharam, como se conferenciando em pensamento. O vampiro mais alto, que pelo jeito era o chefe, disse então.

 

- Não, não vale. Pode ficar com sua amiguinha mortal desde que nós possamos levar o corpo de nosso companheiro em paz.

 

Eles se afastaram de mim e eu corri para ele, para o Vampiro de Curitiba, meu salvador. Eu estava chorando ainda, mas desta vez de alívio e felicidade. Ele simplesmente disse:

 

- Você tem dormido pouco e isso que aconteceu deve ter te cansado, Anna. Por isso, durma – e eu dormi.

 

Acordei na minha cama, em casa, pouco antes da hora de ir trabalhar. Foi o despertador que me acordou. Eu me sentei na cama e falei sozinha:

 

- Um pesadelo, foi só um pesadelo...

 

Mas quando eu estendi a mão para desligar o despertador eu senti que tinha um papel debaixo do relógio. Surpresa, peguei o papel e vi que era um recado para mim. Eu li, e me apavorei com o que estava escrito:

 

“Você me desobedeceu e quase perde a vida por isso. Saiba que estou em São Paulo em missão, combatendo vampiros perversos. Eles me vigiam e eu os vigio. Quando você me viu na boate e depois me chamou e chamou a Kate, eles começaram a desconfiar que houvesse alguma coisa entre nós. A intenção deles era te capturar para usá-la contra mim. Por isso te mandei ficar longe da vida noturna, para te proteger. Custava esperar uns dias, até eu dizer que era seguro? Mas você me desobedeceu. E eu não tolero isso. Quando mando em você, quero ser obedecido, porque quando mando em você, mando para seu bem. Para ter certeza que da próxima vez eu serei obedecido, eu te castigarei quando minha missão terminar. Até lá, não saia de noite e durma cedo.”

 

Bem, agora eu sabia duas coisas: primeiro, que não fora um pesadelo o que eu tinha passado na noite anterior, mas real, bem real, o que me encheu de medo. Quantos monstros andam pela noite, nas grandes cidades, e transportam suas vidas para ruas estranhas de cidades fantasma? Por que é claro que a rua para onde o chofer vampiro tinha me levado não era de São Paulo, mas de algum lugar terrível e mal-assombrado para o qual eu tinha sido transportada de alguma maneira mágica e sinistra. E saber que isso não tinha sido um pesadelo me assustou.

 

Mas o pior foi saber que eu ia levar umas boas palmadas, de novo! Era isso que ele queria dizer quando falava em me castigar. Me deitar de bruços em seu colo, levantar minha saia, abaixar minhas calcinhas (ou abaixar minha calça ou meu short e minhas calcinhas junto, se eu não usasse uma saia, tanto faz) e dar tapas e tapas e mais tapas, encher meu bumbum de palmadas, palmadas fortes e rápidas, dessas de me deixar com a bunda inchada, vermelha e vários dias sem poder sentar.

 

Com isso na cabeça, eu tomei um banho rápido, me arrumei e fui trabalhar. Enquanto trabalhava, eu não conseguia tirar da cabeça o que ele iria fazer comigo. Quando seria? No dia seguinte, na semana seguinte, talvez no mês seguinte. Talvez até mais tarde. O certo é que eu iria apanhar no bumbum. E de novo. Pois eu desobedeci e por isso quase morri. Ela não perdoaria isso, porque ele queria ter certeza que na próxima vez eu obedeceria. Me sentia como uma menininha que tinha feito uma travessura e iria apanhar por isso, sabendo que não tinha como escapar, então desejava que a surra viesse logo.

 

Eu tentei me concentrar no trabalho, tentei evitar pensar na surra certa que iria levar no bumbum, mas era impossível. Uma colega até reparou no meu jeito e perguntou:

 

- Anna, aconteceu alguma coisa?

- Oi? Não, nada demais.

- Você está com uma esquisita expressão de vergonha...

- Vergonha? Não, eu estou pensando em alguns problemas na família, só isso.

 

Expressão de Vergonha! Sim, devia estar. É constrangedor uma mulher da minha idade apanhar no bumbum como uma menininha... isso me deixava mesmo envergonhada. E quando eu pensava na surra que iria levar, eu acho que o constrangimento aparecia nas minhas expressões.

 

Eu guardei o bilhete dele na minha bolsa. Peguei, reli. Não, não era um pesadelo, era real, estava lá, na minha mão. E ele dizia: “eu te castigarei quando minha missão terminar”. Sim, me castigará. Se ele diz que faz uma coisa, ele faz. E se ele diz que me castigará, e isso quer dizer que me dará palmadas no bumbum. Mas quando?

 

Por muitos dias, eu só pensava nisso. Eu passei a me comportar super bem: dormia cedo, acordava cedo. Do trabalho ia pra casa e da casa ia para o trabalho. Não quis saber de diversão noturna, só quando ele dissesse que eu poderia. Lembrei-me de um momento da infância, quando fiz uma travessura no carro e minha mãe disse que iria me bater, então fiquei quietinha até chegar em casa e aí mamãe falou que não adiantava nada ficar quieta, eu iria apanhar do mesmo jeito. Sim, eu era de novo uma garotinha esperando as palmadas.

 

Nesses dias, quando me deitava na cama para dormir, eu pensava na surra que ele me daria. Eu tentava pensar na primeira surra que ele me deu, em Curitiba. E que também foi por desobediência. E como ele deixou meu bumbum rosado, depois vermelho, e me fez prometer que não desobedeceria mais... promessa que não mantive.

 

Eu ficava ansiosa e nervosa pensando na surra que levaria, mas havia também algo estranho: eu também ficava excitada, até mesmo molhadinha em certa parte do meu corpo, uma parte que ficava perto do bumbum que iria apanhar... uma parte de mim temia a dor e a humilhação, outra parte esperava por um orgasmo ou algo assim... e nada disso estava sobre meu controle. Mesmo que uma parte de mim gostasse das palmadas e até estivesse ansiosa por uma boa surra no bumbum, isso não tinha importância. Eu apanharia mesmo se detestasse, porque eu não ia apanhar no bumbum porque queria ou porque deixava de querer, ia apanhar no bumbum porque desobedeci mais uma vez.

 

Um pouco para esquecer essa confusão de sentimentos, um pouco porque a expectativa das palmadas me transformaram numa boa menina (mesmo sabendo que era inútil, a surra vinha de qualquer maneira e pronto, pensar nas palmadas me faziam mais comportada), eu me dedicava cada vez mais ao trabalho. O chefe percebeu isso e passou a me mandar a reuniões e mais reuniões, onde eu representava a empresa e discutia com gerentes de bancos, empresários, advogados, etc. Um dia, eu fui até a sala de reuniões da matriz de uma multinacional aqui em São Paulo, e...

 

... e lá estava ele, o Vampiro de Curitiba. Eu tinha que admitir que ele melhorou muito em relação ao nosso último encontro, naquela rua estranha que ficava dentro de São Paulo mas não era em São Paulo, e sim em algum lugar mágico aonde seres sobrenaturais levavam suas vítimas humanas. Na multinacional, o Vampiro vestia um elegante terno que lhe caia bem, calçava sapatos importados, usava um relógio negro e dourado que se podia ver que era caríssimo. Uma pasta negra, parecida com a que James Bond usa em alguns filmes, estava sobre a mesa. Alto, de ombros largos, com olhar sério e determinado, ele tinha a aparência de força e autoridade que todo disciplinador deve ter.

 

- Você... como...?

- Primeiro, Anna, eu quero dizer que você não precisa se preocupar com seu chefe nem com seu emprego. Aqui está o contrato que o presidente desta multinacional no Brasil deveria assinar. É um contrato bom para sua empresa. O presidente da multinacional passará o resto da vida achando que teve uma reunião com você e foi convencido a assinar o contrato. Ele dirá isso ao seu chefe que não terá motivos para duvidar, é claro. É mesmo capaz que seu chefe te promova. Bem, nada disso é difícil para quem tem poderes especiais.

- Ah, obrigada... – eu disse, quando peguei o contrato. Eu tremia desde que o vi. Ele me pegou totalmente de surpresa. Será que as palmadas seriam nessa sala de reuniões? Ah, tomara que não, eu morreria de vergonha se algum estranho entrasse e me visse apanhando no bumbum nu, deitada de bruços no colo dele... mesmo se apenas ouvissem o barulho das palmadas, isso já seria o bastante para eu chorar de vergonha.

 

Como se tivesse lido os meus pensamentos, ele disse:

 

- Não se preocupe com os funcionários dessa multinacional nem com ocasionais visitantes. Eles não entrarão nessa sala nem ouvirão o barulho feito aqui dentro, portanto você pode gritar, chorar e espernear o quanto quiser. Isso também é por causa dos poderes especiais. A propósito, eu não quis te esperar na sua casa porque eu não quero que meus inimigos vampiros saibam onde você mora.

- Seus inimigos vampiros... sua missão não terminou?

- Ah, terminou e foi um sucesso. Um dia te conto os detalhes, pois hoje eu não posso. Mas se quiser ter uma idéia, pense num filme de detetive com vampiros, bruxos, fantasmas e lobisomens em vez de policia e bandido, é mais ou menos assim. Mas mesmo minha missão tendo terminado, eu não te visitarei em sua casa por medida de segurança.

- Ah, sim, entendo...

- E entende também o que farei hoje, espero. Agora, venha comigo até o sofá que está no canto. O sofá não é dessa sala, sabe? Mas eu fiz trazerem ele para cá para você se sentir mais confortável.

 

Eu obedeci e fui com ele até o sofá. Mas não parei de tremer nem por um instante. Tremia de medo e um pouco de vergonha, mas também de excitação. O que aumentava a vergonha, eu estava indo apanhar como criança contra minha vontade, de um homem que se achava no direito de surrar meu bumbum quando achasse que eu precisava e merecia, como isso podia me deixar excitada?

 

Quando chegamos ao sofá, ele se sentou, agarrou meu braço e me puxou, me deitando de bruços em seu colo. Ele desabotoou minha calça e a abaixou até os joelhos. Depois, abaixou minhas calcinhas, com calma, olhando com prazer meu bumbum grande, redondo, liso e branco. Ele achou meu bumbum lindo, sem dúvida nenhuma.

 

Ainda fiz um débil protesto:

 

- Por favor, você não precisa fazer isso...

- Eu quero ter certeza de que se eu te der uma ordem você vai obedecer – ele respondeu, com sua voz firme e séria. E me deu a primeira palmada:

 

SMACK 

 

Foi bem forte, me acertando no lado direito do bumbum. A outra foi no lado esquerdo.

 

SMACK

 

Ele parou, vendo como minha pele branca ficava vermelha. E ele me deu mais oito palmadas, quatro em cada lado, às vezes um pouco acima, às vezes um pouco abaixo, de modo que as dez palmadas cobriram todo o meu bumbum.

 

- Agora, Anna, você vai dizer essas palavras: “Obrigada pelas palmadas, senhor vampiro. Eu preciso aprender a obedecer, senão eu posso perder minha vida, e levar palmadas no bumbum é a melhor maneira de aprender obediência. Muito obrigada”.

- Que? Tenho que falar isso também?

- A cada dez palmadas, sim.

 

E eu pensei: “Então serão muitas palmadas? Ele vai dar muito mais que dez?”

 

- E se eu não falar?

- Então, pego o chinelo.

- Tudo bem, eu falo. Obrigada pelas palmadas, senhor vampiro. Eu preciso aprender a obedecer, senão eu posso perder minha vida, e levar palmadas no bumbum é a melhor maneira de aprender obediência. Muito obrigada.

- Boa menina.

 

E ele então me deu mais dez palmadas, cinco fortes no lado direito do meu bumbum, cinco fortes no lado esquerdo:

 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

 

E ele então parou, mas sem me soltar. Eu vi que ele estava me esperando falar e eu falei:

 

- Obrigada pelas palmadas, senhor vampiro. Eu preciso aprender a obedecer, senão eu posso perder minha vida, e levar palmadas no bumbum é a melhor maneira de aprender obediência. Muito obrigada.

 

Ele me ouviu com uma cara bem séria, e aprovou o que eu disse com a cabeça. E me deu mais dez palmadas:

 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

 

E eu tive que agradecer de novo pelas palmadas, para ele me dar mais dez:

 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK

 

E eu agradeci de novo, para levar mais dez palmadas de novo e de novo agradecer e de novo levar palmadas no bumbum… E eu não sei quantas palmadas levei, mas foram mais que 100, com certeza. Eu estava em lágrimas na última vez que agradeci:

 

- Uiii, snif... ui, ui, snif... obrigada pelas palmadas... snif, senhor vampiro, snif, snif. Eu preciso... snif... aprender a obedecer, senão... snif... eu posso perder minha vida, snif... e levar palmadas no bumbum... snif é a melhor maneira de aprender obediência, snif, snif... Muito obrigada, snif.

- Você é uma boa menina.

- snif, snif...

 

Ele me levantou, me beijou na testa. Eu gostei do beijo dele e sorri, embora ainda chorasse um pouco e meu bumbum estivesse em chamas. Eu alisei bem de leve meu bumbum, e ardeu como se eu tivesse passado ferro em brasa nele. Mesmo sem tocar, só com a mão perto, dava para sentir como estava quente. Eu olhei para a janela cujo vidro servia com espelho, e levei um susto: nunca imaginei que ele pudesse ficar tão vermelho, com marca de dedos nos lados, principalmente onde as nádegas se encontravam com as coxas. Dois tomates inchados era o meu bumbum, naquele momento.

 

- Anna – Ele me disse – agora vamos ver se você aprendeu a obedecer. Você ficará de castigo naquele canto, em pé, os braços abaixados e as mãos cruzadas para frente, sem permissão para olhar para trás, até eu tirar você do castigo. Seu bumbum ficará a mostra, e você não deve cobri-lo, entendeu?

- Sim, senhor vampiro – eu respondi.

 

Ele tinha feito um cartaz de cartolina onde estava escrito: “estou de castigo”. Quando eu fui para o canto, ele grudou o cartaz nos meus ombros com durex, e também com durex ele prendeu minha camisa de modo que ela não cobrisse meu bumbum. Minhas calças e minhas calcinhas ficaram abaixadas.

 

Então, o vampiro foi até a porta e disse:

 

- Podem entrar, colegas. Espero que não tenha esperado muito.

- Oh, não, acabamos de chegar – disse uma voz de homem.

 

Então, ele tinha marcado uma reunião com os outros vampiros ali? E eles todos veriam meu castigo? Eu morri de vergonha, e quase tive uma crise muito maior de choro do que antes. Uma voz feminina disse:

 

- Ui, que vermelho mais vivo! Posso passar um cremezinho nela?

 

“Kate! Essa é a voz de Kate!”, eu pensei, ficando com mais vergonha ainda, embora isso seria de se esperar, ele estava com Kate em São Paulo, estavam juntos na missão, ela também é vampira, e ela devia saber como são os castigos dele...

 

- Agora não, Kate – disse o vampiro – depois da reunião, talvez.

 

Ainda ouvi alguns risinhos, que me deixaram com mais vergonha ainda, e os vampiros então passaram a discutir os assuntos da reunião, como se eu não estivesse ali, na mais humilhante situação da minha vida.

 

- Nossos inimigos vampiros fugiram de São Paulo – disse um deles.

- Não temos certeza ainda – respondeu uma vampira que não era Kate – eles podem estar escondidos, esperando a gente voltar para nossas cidades.

- Se for isso, eles têm alguém nos vigiando.

- E nós já teríamos percebido isso, porque ninguém pode vigiar um vampiro sem que este perceba.

- Eles não precisam nos vigiar. Eles sabem que gostamos de hotéis de luxo, então só precisam hipnotizar um empregado do hotel e perguntar se o estranho hospede que nunca aparece de dia, só a noite, ainda está lá.

- Isso tem dois lados. Também podemos hipnotizar um empregado e perguntar se alguém andou fazendo pergunta.

- Vocês se esquecem que eles têm informantes nas nossas cidades? Se aparecemos lá, isso quer dizer que não estamos aqui e eles saberão.

- É um dilema: se ficamos aqui, eles somem. Se sairmos daqui, eles voltam. E se eles voltam mais fortes, podem nos derrotar na próxima vez.

- E eles sabem que vamos ter que voltar um dia para nossas cidades. E esse dia não vai demorar muito.

- Mas não podemos deixá-los tomar São Paulo. Se fizerem daqui sua base, eles serão o bando de vampiros mais forte de toda América do Sul.

- Não, não podemos. A situação é essa: Não podemos deixar nossas cidades, quando sairmos eles voltarão e voltarão mais fortes. Teremos que voltar de novo, e desta vez mais fortes também.

- Proponho que fiquemos em São Paulo até entrarmos em acordo com outro bando de vampiros. Eu tenho contatos com vampiros argentinos. Eles podem se juntar a nós, para impedir que um único bando de vampiros domine São Paulo.

- É uma boa idéia. Ficaremos aqui até entrarmos em acordo com os argentinos. Quando voltarmos para nossas cidades, teremos que brigar com outros invasores, mas podemos fazer isso, desde que nossos inimigos não dominem São Paulo. Mas temos que ter certeza de que, quando precisarmos voltar para São Paulo, os argentinos virão conosco. Assim, pegaremos os vampiros inimigos de surpresa. Eles estão só esperando a gente sair para voltar, com toda certeza.

- E nesse momento, devem estar reunidos em algum lugar, pensando em como voltar mais fortes.

 

Os vampiros falaram sobre isso, a política interna dos vampiros, durante umas três horas. Eu ouvi, mas não ousei olhar para eles. Eu não queria desobedecer o Vampiro de Curitiba de novo, e além do mais estava morrendo de vergonha e não queria mostrar a cara. Eu com vergonha e os vampiros pareciam não ligar mais para mim, preocupados com os assuntos deles. Devem ter vistos muitos bumbuns vermelhos de mulheres mortais desobedientes. Quando falo vampiro, quero dizer vampira também. Havia mais vozes femininas que masculinas, naquela reunião. Eu não sei se é porque mulheres falam mais que homens, mas parecia que dois terços dos presentes eram vampiras, entre elas Kate.

 

Mas enfim, depois de três horas a reunião terminou. Eu estava com os joelhos doendo, embora meu bumbum doesse muito mais, e doida para ir ao banheiro. Mas a reunião terminou e aí Kate veio até mim, para passar um creme no meu bumbum. E ela disse:

 

- Está melhor, Aninha? Você está gostando disso, eu passar o creme no seu bumbum?

- Sim, Kate, estou, do jeito que você passa é gostoso, muito gostoso...

- Foi uma surra e tanto, pelo jeito... Mas é bom, porque agora você vai obedecer e não correrá mais risco de vida, não é, Aninha?

- Sim, Kate, foi bom por isso.

 

“E também foi bom pela dor, pela humilhação, por ter sido exposta numa situação embaraçosa para um bando de estranhos, por ter ficado de castigo e pelo controle que ele passou a ter sobre mim”, eu pensei, “tudo isso foi muito excitante, e eu sinto vontade de gozar. Eu sei que a intenção dele foi me castigar e não me excitar, mas isso só aumenta o prazer”.

 

- Pode sair do castigo, Anna – disse o Vampiro de Curitiba – você deve estar querendo ir ao banheiro. Pode ir, e pode se vestir também.

- Obrigada, senhor vampiro.

 

Eu fui ao banheiro e me aliviei. Depois, eu me vesti. O meu bumbum ardeu quando entrou em contato com o tecido das minhas calcinhas, e eu quase chorei de novo.

 

- Anna – disse-me o vampiro – espero que você não se importe se eu aparecer em sua casa, num momento melhor.

- Não, não senhor vampiro – eu disse, excitada com a idéia – pode vir me visitar, quando quiser.

- Bem, como não sei direito a situação de meus inimigos, não irei hoje, mas um motorista desta multinacional te deixará lá. Você irá com ele para sua casa, por uma questão de segurança.

- Sim, senhor vampiro, eu entendo.

- Hmmm... agora você obedece... isso é bom.

 

E o motorista me levou para casa. Eu tive dificuldade durante o caminho, porque sentar no carro era muito doloroso para mim, mas agüentei bem, no final das contas. Uma vez em casa, tomei um banho e caí na cama. Dormi nua e com o bumbum vermelho para cima.

 

No outro dia, fui trabalhar, de saia, porque uma calça ainda era muito dolorida para meu bumbum. Eu também fui usando uma calcinha mais sexy, tipo fio dental, embora não fosse porque eu queria ser sexy, mas por outro motivo. E também levei uma almofadinha para a cadeira. Como o Vampiro disse, o meu chefe me elogiou por ter conseguido um bom contrato e prometeu me indicar para uma promoção.

 

E quando voltei para casa, encontrei um outro bilhete, que dizia: “Voltaremos a nos encontrar na próxima semana, querida. Eu tenho que voltar para Curitiba para resolver alguns problemas. Mas agora que você me convidou, eu posso entrar na sua casa quando quiser, porque um vampiro só pode entrar na casa de um mortal quando é convidado. Sabe, eu não entrei na sua casa quando te salvei, eu hipnotizei um mortal e ele te deixou na sua casa por mim. Mas da próxima vez eu entrarei, e prometo que nos divertiremos muito”.

 

E eu acredito nele, ele me prometeu um castigo e cumpriu, como meu bumbum é testemunha. Agora, ele promete diversão, e eu fico pensando como será. Tenho certeza que será bom.

Escrito por: Pierre



Susana no es su verdadero nombre. Lo utilizaré para proteger su vida privada.

Así fue mi primer encuentro con ella.

Un día, consultando el tablón de anuncios de un sitio especializado, encontré el anuncio de una joven mujer que expresaba un ardiente deseo de ser azotada. Mi primer reflejo fue de no creermelo y de sospechar un fraude (en el pasado fuí engañado varias veces por anuncios de este tipo). A pesar de todo contesté, sin mucha convicción. Era un sábado por la noche.

El domingo por la mañana consulté mi buzón de correo, y ví que aquella misteriosa señorita me había contestado. En los días siguientes intercambié con ella varios e-mails en los que expusimos nuestros gustos respectivos en materia de azotes. Transcurrido un cierto tiempo nos citamos en un "chat". Fue en el transcurso de esa primera cita virtual cuando me dí cuenta que Susana parecía tener mucha prisa en concretizar su viejo deseo de recibir una buena azotaina. Tanta impaciencia me sorprendió. Quise comprobar hasta que punto estaba dispuesta a ir y le propuse una cita real para el mismo día. Inmediatamente, contestó que sí. Es más: insistió en venir directamente a mi casa.

Y unas horas mas tarde, me encontré con esa chica que no conocía en absoluto y que venía a mí sin manifestar ningún tipo de timidez para ser azotada por vez primera.

Tenía unos treinta años, era morena con pelo corto y bajita. Enseguida me indicó que prefería la posición clásica, tumbada a través de mis muslos. No me dí prisa. Le bajé lentamente sus pantalones cortos y la sentí estremecerse. La tumbé sobre mis rodillas y comenzé a pegarla. No conocía sus limites y empezé propinandole muy ligeros manotazos, por encima de sus bragas. Su reacción fue de lo más sorprendente: se echó a reir.

Un poco turbado le pregunté lo que le pasaba. Ella me dijo: "mira, que yo quiero una azotaina de verdad".

No podía negarme y aumenté la dosis. Entonces sentí que empezaba a pasarselo bomba mientras mi mano se abatía repetidamente y con violencia sobre sus nalgas. Al mismo tiempo comprendí porqué, durante nuestros intercambios por internet, ella me había preguntado si yo era un hombre de fuerte complexión: a ella le gustaba moverse como una furia durante los azotes, patalear e intentar por todos los modos escapar al castigo. Yo necesitaba emplear mucha fuerza y energía para retenerla, volver a posicionarla sobre mis muslos y seguir aplicando los azotes sobre ese bonito trasero que se ofrecía a mí. Aquel día fue el inicio de una larga relación.

Entre las sesiones, solemos encontrarnos en los "chats" de internet. Entonces nos abandonamos totalmente y nuestra imaginación funciona a pleno rendimiento. Le propongo varios escenarios. Y ella me pregunta cosas como: "¿me vas a castigar por eso?" o bien "¿me vas a bajar las bragas?". Vivimos en dos barrios bastante cercanos y muchas veces, sólo la hora tardia impide a Susana venir inmediatamente a mi casa para recibir la azotaina que le prometo.

Me gusta verla llegar a mi casa para una sesión de azotes, cuando sube el último tramo de la escalera por la cual se accede a mi humilde vivienda. Cuando me ve empieza a sonreir y cuando entra, nos besamos. Deposita su abrigo y su bolso en el vestíbulo y viene a sentarse conmigo en el sofá. Lo primero que hacemos es charlar, concretar el escenario de la sesión. Ella siempre expresa muy bien sus deseos y sus preferencias para la azotaina que se aproxima.

A ella le gusta que yo sea autoritario, que la arrastre por fuerza hasta la habitación mientras la regaño. Después de la azotaina la mando cara a la pared, con el pompis desnudo, durante cierto tiempo. Y cuidado con sus nalgas si cambia de postura. Pero como lo habréis adivinado suele cambiar de postura con mucha frecuencia y me veo obligado a azotarla de nuevo.

Al principio solo la azotaba con la mano, pero no hemos tardado en probar con los instrumentos. Ultimamente Susana ha recibido una azotaina con un cinturón doblado por la mitad. Pero lo que a ella le encanta es la palmeta de cuero. Suelo empezar la sesión por un calentamiento con la mano, para después seguir con el cinturón y acabar con la palmeta.

Susana es insaciable. Siempre pide más. Para colmo de la ironía, suelo ser yo el primero en pedir una pausa. Entonces nos interrumpimos y la mando cara a la pared, con las nalgas enrogecidas y marcadas por el cinturón y la palmeta.

En nuestros juegos, yo soy el padre y ella es mi hija. O yo soy el director del colegio y ella una alumna. El otro día, le mandé por correo electrónico una carta del director a su padre, en la que el profesor se quejaba de su actitud en el colegio. Tuvo que imprimir esa carta y traérsela a su padre (o sea: yo).

Primero la regañé de manera muy dura. Luego la mandé castigada a su habitación. Por fín, me dirijí hacia su cuarto con un paso firme y decidido. Le ordené que se acercase a mi. Me senté sobre la cama y le quité los pantalones. Se resistió un poco ("no... no... no me pegues" murmuró). La tumbé a través de mis muslos y empezé a azotarla.

Mientras la pegaba le recordaba por que razón la castigaba. Tras una serie de quinze manotazos, le bajé las bragas hasta las rodillas. Cuando sintió que le estaba desnudando las nalgas intentó desesperadamente protegerlas con las manos. Yo se lo impedí y proseguí la azotaina con más fuerza hasta que el castigo quedase consumado.

Lo que prefiere Susana es la etapa del desnudamiento de las nalgas. Eso la excita tanto que su sexo se vuelve de repente humedo y caliente. Y durante la azotaina su excitación va creciendo. Hace poco me confesó que si yo hubiese continuado un poquito más ella hubiera alcanzado el orgasmo. Aquel día utilizaba la palmeta de cuero y la pegaba con mucha severidad.

Probamos diversas posturas. Una de nuestras preferidas es cuando ella se pone a gatas encima de la cama. Yo la mantengo con un brazo mientras la azoto con el otro. Ella se comba para recibir el castigo. Después de la azotaina la mando cara a la pared. Al final puede suceder que valla a aplicarla una crema para aliviar sus nalgas enrogecidas. Ella dice lo que quiere y yo se lo hago.

Después de los azotes, Susana suele permitirme algunas caricias sexuales. Viene a recogerse contra mí. Yo le quito el jersey y el sujetador y acaricio sus bellos pechos mientras comentamos el azote que acaba de recibir. Su ojos están que arden, como si ella acabara de vivir una noche de amor. Como podréis imaginar yo me pongo completamente cachondo y me gustaría mantener una relación sexual completa con esa dinámica adepta de los azotes. Pero ella no lo desea. Yo me consuelo diciéndome que ya tengo mucha suerte con lo que tengo. Una persona como Susana no se encuentra facilmente.

Ella pone mucho cuidado en impedir que nuestra relación se desborde del marco de los azotes. Lo que ella desea es conocer a un tío de su edad a quien también le guste practicar la azotaina. Como dice Reggiani en una de sus canciones: bastaría con casí nada, diez años menos, para que te diga que te quiero...

Y eso es todo. Quería compartir con vosotros, adeptos de los azotes, esas sesiones que he vivido con el pleno consentimiento de Susana. Os deseo a todos que encontreis una persona tan sincera, una mujer que no teme hacer de sus fantasías realidades. Ella ha "probado" distintos azotadores. Pero pocos respetaron sus gustos, sus deseos, sus límites. Deseaban hacer lo que ellos querían y punto. Ella no renunció y siguió buscando. Es una mujer determinada, que sabe lo que quiere y como lo quiere.

Señores, si algún día os encontrais con una simpática chica que desea ser azotada, actuad como caballeros. Si no lo haceis, sereis vosotros los perdedores. Sé que Susana leera este texto y se que le excitará. Quiero agradecerla públicamente por permitir que yo viva mi fantasía. Me gusta esa mujer, su espíritu abierto. Con ella puedo hablar de todo.

Lo importante en todo esto es la confianza y el respeto mutuo.


(Muchas gracias de nuevo a La Fessée Classique, a Pierre y a Susana por autorizar la traducción y la publicación de este texto).

Era muito vergonhoso para mim, no final da adolescência e no começo da minha vida adulta, levar surras de palmadas no bumbum como se ainda fosse criança. E também era muito doloroso. Meu pai é um senhor que faz tudo para o bem dos filhos. O problema é que ele acredita que surrar uma moça no bumbum pode ser uma coisa muito boa para ela. E eu não podia reclamar, pois isso tudo começou por minha culpa.

 

Eu também tinha meus defeitos: era preguiçosa e irresponsável. Por isso, eu “bombei” no segundo ano do ensino médio. Naquela época eu tinha 17 anos e detestava estudar. De física, química e matemática eu tinha aversão. Por isso, eu nunca tirava nota boa nessas matérias. Mas foi uma surpresa para meu pai quando ele soube que eu tinha que repetir o segundo ano.

 

- Poxa vida, como é possível? Você não faz nada na vida além de estudar!

 

Ele foi para a escola para confirmar, e ver se havia ainda algum recurso. Mas não havia. E ele voltou para casa bravo como nunca antes eu tinha visto.

 

- Filha! Venha para o meu quarto!

 

Eu fui, imaginando que levaria a maior bronca do mundo. Era para uma grande bronca que eu estava preparada. Por isso foi uma grande surpresa quando o meu pai me deitou de bruços no seu colo, levantou minha saia, abaixou minhas calcinhas e, comigo tendo 17 anos na cara, encheu meu bumbum de palmadas.

 

Eu tentei protestar, mas ele gritou para eu me calar e eu não ousei desobedecer. Nunca tinha visto ele tão bravo antes.

 

Então eu chorei, mas o som das palmadas abafou o meu choro, que elas eram muitas e fortes, e tão barulhentas que eu nem mesmo podia ouvir meus próprios gemidos de dor e de vergonha.

 

Quando meu pai terminou, ele me colocou em pé. Minhas pernas estavam bambas por causa das palmadas, e eu quase desabei no chão. Ele ficou na minha frente, eu nua da cintura para baixo porque ele tinha pego minhas saia e minhas calcinhas, e ele ordenou:

 

- Olhe para mim, menina!

 

Eu estava de cabeça baixa, com muita vergonha. Não ousava olhar para o meu pai. Mas ele disse que se não olhasse para ele eu levaria outra surra, e eu olhei, tremendo de dor, medo e vergonha. Olhando nos meus olhos cheios de lagrimas, meu pai me disse:

 

- No ano que vem você vai repetir o segundo ano e eu não quero ouvir falar de nota baixa. Se tirar uma nota abaixo da média, você já sabe o que vai acontecer, não sabe?

 

Eu não respondi. Eu só soluçava, não falava.

 

- NÃO SABE? - Gritou meu pai.

- Sim, papai, eu sei. - disse eu, por puro medo de apanhar mais no bumbum.

- Ainda bem, porque eu sei que assim você vai estudar de verdade.

 

Ele me mandou para o meu quarto sem saia e sem calcinhas, e quando cheguei lá eu vi meu bumbum no espelho. Ele estava todo vermelho e as marcas dos dedos do papai estavam por toda parte, parecia que algumas dessas marcas estavam inchadas, e a visão do meu bumbum tão castigado me fez ter outra crise de choro. Adormeci com meu travesseiro todo molhado de tantas lagrimas.

 

Semanas depois, a família se reuniu para as festas de fim de ano, e o meu pai contou que eu bombei e por isso ele me deu palmadas, assim ele teria certeza que eu iria estudar daí em diante. E vocês pensam que alguém me defendeu? Os moços (e principalmente as moças) riram de mim, enquanto que os velhos apoiavam meu pai, dizendo que ele fez muito bem: filho vagabundo que toma bomba porque não quer estudar precisa mesmo é de muitas palmadas. Vários outros casos entre meus parentes foram lembrados, alguns bem recentes. A minha família sempre foi severa.

 

Bom, então começou o outro ano, e eu já tinha 18. Comecei o segundo ano do ensino médio de novo, e até era fácil, porque desta vez eu estudava mesmo, e porque eu estava revendo a mesma matéria do ano precedente. Mas eu tinha um problema com física, química e matemática: eu detestava essas três matérias.

 

Eu também tinha outro problema: meu pai falou com a direção do colégio e eles decidiram que toda prova e trabalho que eu fizesse eles entregariam a nota para mim e também para o meu pai. Quer dizer, uma nota baixa, em qualquer matéria, significaria uma coisa só: palmadas!

 

E eu tinha 18 anos!

 

Bem, eu estudei muito química, física e matemática, inclusive quando eu não tinha uma prova marcada ou um trabalho urgente, porque eu queria tirar uma nota acima da média. Assim, eu não apanharia. E eu estudei, estudei, estudei... química, física, matemática, matemática, química, física, física, matemática, química, e formula, e mais formula, e mais teoria, e lei disso, lei daquilo, etc. e tal, todo tempo que eu tinha livre, para meu bumbum de moça de 18 anos não ser surrado e eu não me envergonhar e poder sentar sem uma almofada para me proteger da dor...

 

Resultado: estudei tanto física, química e matemática que esqueci de estudar as outras matérias e acabei com uma nota baixa em literatura, que eu gostava muito.

 

Aí, eu recebi minha nota baixa em literatura, que nem foi tão baixa assim, faltou pouco para ficar acima da média e voltei preocupada para casa. O que será que meu pai iria fazer?

 

Eu cheguei, fui almoçar. Ele tinha chegado do trabalho, estava com pressa, almoçou rápido, e voltou para seu trabalho. Eu tinha até a noite para pensar no que aconteceria. Talvez meu pai deixasse passar, talvez ele não pensasse mais no assunto... mas não, no fundo eu sabia que eu iria apanhar. Passei a tarde toda pensando no meu bumbum vermelho, na vergonha de ser surrada como uma menininha malcriada na minha idade.

 

Eu estava na sala, vendo televisão, quando meu pai chegou. Já era de noite. E ele me disse:

 

- Venha para o meu quarto.

 

Eu já achava que ia apanhar no bumbum por causa da nota em literatura. Eu já sabia disso, mas eu tive certeza quando eu ouvi meu pai, e quando percebi o tom que ele falou, áspero e severo. Eu fui até o quarto dele apanhar, e pensando “que vergonha, meu Deus, e como vai ser ruim, vai doer muito e ainda vou ficar dois ou três dias com o bumbum dolorido, sem nem poder sentar direito...”

 

Eu entrei no quarto do meu pai, ele estava sentado na cama como no dia em que eu tomei bomba com 17 anos.

 

Com o mesmo tom áspero e severo, meu pai me disse:

 

- Você tirou uma nota baixa, e você sabe o que significa tirar uma nota baixa, não sabe?

- Sim, papai, eu sei.

- Então venha cá!

 

Eu fui, como poucos meses antes, quando eu ainda não tinha 18. E quando eu cheguei perto, meu pai me deitou de bruços no colo, levantou minha saia, abaixou minhas calcinhas e me encheu o bumbum de palmadas por causa da minha nota baixa em literatura. Como antes, as palmadas foram fortes, rápidas e barulhentas. Mas meu pai não tinha mais a raiva de antes, pelo contrário, estava calmo, e solene, me surrando o bumbum como se estivesse cumprindo o dever de pai. Por outro lado, eu não gemi nem chorei como antes. Deixei escapar algumas lágrimas, mas muito menos do que na surra de quando eu tomei bomba.

 

Eu me lembrava muito bem de como meu bumbum ficou quando ele me deu palmadas com 17 anos. Eu vivia sonhando com meu bumbum todo vermelho, um menino bonito me namorando e passando um cremezinho para me consolar... era com isso que eu sonhava (eu não tinha namorado na vida real, só tinha namorado em sonho mesmo, porque os moços da cidade tinham medo do meu pai, que era mesmo muito bravo, e por isso meu pai era o único homem que via meu bumbum pelado, quando me surrava, o que aumentava muito minha vergonha quando eu levava palmadas). Com 18, a surra sendo igual, meu bumbum deveria ter ficado igual: todo vermelho, cheio de hematomas com as formas dos dedos do meu pai. Ele me mandou para o meu quarto, onde, na falta de outra pessoa, eu mesmo passei um creme no meu bumbum, e sentia ele todo dolorido, e bem quente. Eu não tive coragem de olhar no espelho, para não chorar mais. Felizmente, era uma sexta-feira, e eu não precisei ir com um travesseiro para poder me sentar nas cadeiras da escola. Tive o sábado e o domingo para me recuperar. Na segunda-feira meu bumbum ainda ardia, mas já dava para eu me sentar na aula e engolir a ardência. Voces acham que foi difícil prestar atenção na aula com meu bumbum pegando fogo na cadeira? Pelo contrário: com o traseiro em brasa, eu sabia bem direitinho o que ia acontecer se eu não prestasse atenção na aula, e por isso prestei atenção dobrada.

 

Esse foi o primeiro mês.

 

No outros meses, eu seguia a rotina: estudar, estudar e estudar. Sempre e sempre mais. Para não ter nenhuma nota baixa. Para não apanhar no bumbum com 18 anos. Não queria um dez, claro, embora tirasse alguns. Queria só notas acima da média em todas as matérias, por que uma só me deixaria com o bumbum pegando fogo. E por isso eu estudava como uma louca todo dia. Mas, ah, como eu odiava física, química e matemática! Eu tinha que estudar dobrado, só para tirar notas acima da média, e eu nem sempre conseguia! E ás vezes eu relaxava com outra matéria e tirava notas boas em química, matemática e física mas tirava uma nota ruim em outra matéria – e eu sabia, meu pai sabia e você que está lendo essa história sabe o que quer dizer uma nota baixa em qualquer matéria, mesmo que tire nota 10 em todas as outras matérias: palmadas! Humilhantes e dolorosas palmadas no meu bumbum nu! Palmadas que me lembravam que posso ter 18 anos, mas na casa do meu pai isso era o mesmo que ter apenas 8: ele decidiu que notas baixas são punidas com palmadas e não havia mais o que conversar.

 

No ano em que vivi meus 18 anos, todos os meses menos janeiro, o mês de férias, eu apanhei no bumbum pelo uma vez. Às vezes duas, porque às vezes eu tirava nota baixa em duas matérias no mesmo mês.

 

Assim, cheguei a dezembro, passando em todas as matérias, menos física. Eu me esforcei muito, mas toda a turma ficou de recuperação final em física. O meu pai decidiu que uma média ruim era uma nota ruim e levei outra surra, pela recuperação. Mas, felizmente, eu passei de ano. A última prova, com a matéria que eu tinha praticamente decorado na vã tentativa de salvar meu bumbum da dura mão de meu pai, foi a minha melhor nota de física na vida e a melhor nota da turma. Tirei 8.

 

Nas festas de fim de ano com a família, meu pai estava orgulhoso de mim. Ele dizia que as palmadas foram a melhor solução que tinha encontrado para eu me tornar uma moça séria, estudiosa. E não pensem vocês que algum parente meu disse para ele que era excesso de severidade. Pelo contrário, todos concordavam com meu pai, todos diziam que ele tinha feito muito bem, e até que ele deveria continuar, porque, afinal, eu não tinha terminado ainda o ensino médio.

 

- E quem disse que não vou continuar? As palmadas funcionaram, ela passou de ano! E ela ainda tem que passar de ano mais uma vez! Parar agora para que? Quando eu parar de pagar a escola dela, aí talvez...

 

Eu só suspirei. Lá vou eu, 19 anos e apanhando no bumbum!

 

Mas é claro que eu tentei evitar isso. Antes mesmo das aulas começarem eu já estava com os detestados livros de química, física e matemática na mão, fazendo exercícios e mais exercícios, tentando de todo o jeito ficar sem dúvida nenhuma para as provas e os trabalhos, pensando em alguma maneira e fazê-los o melhor possível. Não, eu não iria apanhar no bumbum no terceiro ano com 19 na cara! Não e não. E o único jeito era estudando. Eu nunca conseguiria convencer meu pai a não me surrar quando ele achava que era o caso – e tirar nota baixa, para ele, era o caso. Tudo porque eu bombei no segundo ano. E também porque as palmadas me fizeram passar quando repeti o segundo ano.

 

E eu estudei, e prestei atenção a todas as aulas, e me esforcei ao máximo – mas era difícil. Quem gosta de química, física e matemática não entende como isso pode ser horrível para quem detesta essas matérias! Eles acham que o esforço faz você gostar, mas não, isso é mentira. O esforço me fazia tirar notas razoáveis de vez em quando. Não mais que isso. Era terrível, eu tinha aversão pela química, pela física, pela matemática... mas me esforçava.

 

Mesmo assim, era difícil impedir uma nota abaixo da média de vez em quando. No primeiro mês do terceiro ano eu consegui notas razoáveis e meu bumbum escapou ileso no primeiro mês, mas no segundo os professores resolveram apertar a classe, e todo mundo tirou nota baixa em física. A minha nota foi a maior da turma mas ainda assim era uma nota abaixo da média. E eu fui para a casa pensando na humilhação de levar palmadas do papai, deitada no colo com o bumbum de fora, tendo 19 anos de idade. O que me afligia era a humilhação, pois com a dor mesmo, com a frequência das surras, eu já tinha até acostumado. Mas a humilhação... isso era terrível.

 

Mas pior que a humilhação era a espera. Eu já tinha resolvido contar minha nota para meu pai no almoço, mas ele teve um dia muito ocupado no trabalho dele e não almoçou em casa. Droga, eu pensei, vou para a sala, ver televisão, me distrair... podia estudar, mas estava com muita raiva das matérias. Com ódio mesmo. Eu ia apanhar por culpa dessas matérias que ninguém sabe para que servem!

 

E eu esperei as palmadas. Pensei que outra moça teria uma conversa muito séria com o pai dela e o convenceria que aos 19 anos não tem cabimento apanhar no bumbum por causa de notas ruins na escola. Mas o meu pai não era um pai normal. Era mais severo, mais bravo, muito mais autoritário, e principalmente, ele teve sucesso dando palmadas no meu bumbum, ele me fez passar de ano e me fez virar uma moça muito estudiosa. Para que ele vai parar? Não enquanto eu estivesse no ensino médio.

 

E eu acabei me conformando. Ia apanhar naquele dia e em alguns outros também até o fim do ano. Só havia uma solução, a que eu estava tentando: estudar para não apanhar e se isso não resolvesse me conformar. Uma surra no bumbum de vez em quando não mata ninguém. É a maior vergonha para uma moça de 19, mas eu vou sobreviver. E se é tão humilhante assim, o jeito é ficar quieta e apanhar. Era o que eu ia fazer.

 

Aí, meu pai chegou em casa. Estava com a cara severa de quando vai me surrar no bumbum, uma cara que não admite discussão nem argumentação.

 

- Vá para o meu quarto! - Ele mandou com a voz áspera.

 

E eu fui, obediente, para apanhar no bumbum de novo.

 

Ele entrou logo atrás de mim, sentou na cama, me deitou de bruços no colo, levantou minha saia, abaixou minhas calcinhas e SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

Lá vieram as palmadas, fortes, barulhentas, dolorosas, humilhantes, no meu bumbum.

 

SMACK SMACK SMACK...

 

As palmadas que eu conhecia muito bem, que eram o maior incentivo ao meu estudo, e que eu odiava, quase tanto quanto as matérias chatas que tinha que estudar.

 

SMACK SMACK SMACK...

 

O rosto do meu pai era o de um homem severo, sério, determinado. O rosto de um homem que estava cumprindo o seu dever. Nem raiva, nem prazer, nenhuma emoção naquele rosto. Ele achava que fazia o que um pai deve fazer ao surrar meu bumbum com palmadas e mais palmadas.

 

SMACK SMACK SMACK...

 

E eu, quieta, apanhando. Não tentava me proteger, não protestava. Aceitei meu castigo injusto mas inevitável como uma prova imposta pelo destino. Doía muito, mas eu não tinha vontade de chorar. Eu já sabia como as palmadas doem, e já sabia que o melhor era me conformar com elas.

 

SMACK SMACK SMACK...

 

Pelo menos eu terminaria o ensino médio naquele ano, e meu pai não pagaria mais colégio nenhum. Aí, as palmadas do papai acabariam.

 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

- Levante-se!

 

A surra acabou. O meu pai, como sempre, me tomou as calcinhas e a saia.

 

- Vá para o seu quarto!

 

Eu obedeci. Eu andei pela casa com meu bumbum vermelho a mostra até o meu quarto. Eu acho que choraria se algum estranho me visse daquele jeito. Mas nenhum estranho me viu e eu andei até o meu quarto salva de olhares curiosos. Lá, eu olhei para o meu bumbum no espelho. Antes, eu não fazia muito isso, mas naquele dia, era estranho, eu me sentia atraída pela visão... quando eu passei o creme no meu bumbum, para aliviar a ardência, eu senti uma espécie de prazer... Ah, eu pensei, como seria bom se eu tivesse um namorado para poder brincar com ele... quem sabe até transar pela primeira vez... se eu tivesse um namorado... mas os bobos moços da cidadezinha onde morava não tentavam nada comigo por puro medo do meu pai, o bravo, violento, duro e perigoso velho cuja fama de surrar a filha de 19 anos aumentava ainda mais o respeito e o temor que inspirava na cidadezinha pequena mas decente onde eu morava... e, pela primeira vez, eu pensei como as palmadas poderia ser prazerosas, se eu ao menos tivesse um namorado...

 

E assim foram os meus 19 anos: eu tentava, eu me esforçava, eu lutava, eu fazia o que era possível, eu engolia meu ódio e meu rancor, tudo para tentar tirar notas razoáveis em todas as matérias... eu não corri risco de bombar em nenhuma, mas todo mês eu tirava uma ou duas notas baixas demais. E todo mês eu ia para o quarto do meu pai, onde ele me deitava no colo, levantava minhas calças, abaixava minhas calcinhas e

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

Uma correção: não foram todos os meses. Nos meses de setembro e outubro eu não apanhei no bumbum porque o colégio esteve em greve. Então, as aulas e as provas de recuperação foram em janeiro do ano seguinte.

 

Só que em janeiro eu já tinha feito 20 anos. Mas ainda estava no ensino médio. E o meu pai ainda pagava a escola. E eu fiquei de recuperação.

 

E não adiantou em nada eu já ser uma jovem adulta com 20 anos na cara. Eu apanhei no bumbum porque fiquei de recuperação.

 

Essa última surra, certamente, foi a mais inesquecível dentre todas as que levei. Eu pensei em não ir ao quarto, em me negar a obedecer, e dizer de uma vez por todas, não, eu sou uma mulher adulta e não vou apanhar do papai no bumbum de jeito nenhum.

 

Mas o jeito do meu pai me olhar calou qualquer protesto que eu pudesse fazer. E lá fui eu para o quarto do meu pai.

 

Lá, meu bumbum de 20 anos recém-feitos aguardou as palmadas. Em vez de começar logo depois de me levantar a saia e abaixar minhas calcinhas, o meu pai ficou olhando por um tempo onde teria que bater. Minhas nádegas, brancas, perfeitas, redondas e virgens, que melhor serviriam para serem acariciadas, talvez – mas um pai nunca poderia fazer isso. Será que foi nisso que ele pensou enquanto olhava o meu bumbum demoradamente, o que nunca tinha feito antes? Eu sei que ele deu um suspiro, não sei se de tristeza por ter que cumprir um dever duro de um pai, ou de tristeza por ser obrigado a ser um pai e nada mais ao surrar meu bumbum. O fato é que quando ele deu a primeira palmada:

 

SMACK

 

Ele continuou a surra como sempre tinha feito antes: severo, sério, duro, sem palavras mas determinado a cumprir o seu dever. E seu dever era bater no meu bumbum porque tirei uma nota baixa.

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

E meu pai cumpriu o seu dever.

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

E eu pensava, ele bate na direita, bate na esquerda, bate no meio do bumbum, bate no comecinho da coxa...

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

Batia em todo o meu bumbum, todo ele, e todo ele ficou vermelho, dolorido, quente... e inchado, em alguns lugares.

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

20 anos, eu pensava enquanto as palmadas estalavam forte e sonoras, 20 anos! Eu tenho 20 anos! E apanho no bumbum! Do meu pai! Do papai! 20 anos e sou a menininha do papai... ai, ai...

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

Indefesa, dominada, submetida a disciplina severa de um homem severo e duro... qualquer tentativa de me proteger era inútil. Qualquer tentativa de escapar era inútil... só me restava prender a respiração e morder a língua para suportar a dor e não chorar, porque nada me salvaria das palmadas... as palmadas...

 

SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

E no entanto, a sensação de ser dominada, a sensação de ser controlada por um homem que queria o meu bem e me mantinha a salvo dos problemas de um mundo duro e terrível, a sensação de poder me despir e me mostrar a um homem confiando que ele não se aproveitaria de mim, já que esse homem era meu pai, essas sensações se misturavam a dor das palmadas e ao constrangimento de apanhar no bumbum com 20 anos e essa mistura acabou por me fazer dar um gemido que não era de dor... ai, ai, ai... aahanhanhaaaaiii...

 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK...

 

Eu não sei se papai percebeu meu gemido... e nem mesmo sei o que eu achei que era o meu gemido... eu só sei que quando a surra acabou eu me sentia relaxada, tranquila, em parte por saber que aquela era a última surra, já que eu terminaria de vez o ensino médio, em parte por saber que, de ora em diante, eu não sentiria apenas dor e humilhação ao apanhar no bumbum. Se um dia fosse apanhar de novo no bumbum.

 

Quando o meu pai me mandou para o meu quarto, eu obedeci como sempre, mas desta vez sem pressa e sem recear que alguém visse o meu bumbum. Eu disse “sim, papai”, e andei devagar, nua da cintura para baixo, com meu bumbum todo vermelho a mostra. Devagar, bem devagar, como se estivesse desfilando.

 

Eu não ousei me virar para ver se papai me acompanhou com os olhos, mas me divertiu imaginar que sim. Eu não temi que algum estranho pudesse me ver. Eu sabia que meu pai era um homem cuidadoso e nunca correria o risco de um estranho pudesse compartilhar de algo tão intimo entre velho pai e sua jovem filha, ou seja, uma boa surra no bumbum dela e depois o recolhimento ao seu quarto de donzela com o bumbum vermelho totalmente exposto. Mas eu fechei os olhos e imaginei que curiosos estivessem me espiando, e isso me excitou um pouco... a cena me encantou e me excitou... eram muitas emoções reprimidas que vinham à tona. Eu não podia controlá-las e, pensando bem, acho que não as controlaria se pudesse: eu estava gostando.

 

Foi a última surra que meu pai me deu.

 

Logo eu fiz a prova de recuperação e passei em primeiro lugar. Fim do ensino médio, o meu pai já não tinha que pagar escola para mim. Então, controlar minhas notas para me dar palmadas se eu ameaçasse tirar uma nota baixa já não tinha nenhum sentido.

 

Mas eu acho que o mais importante é que meu pai fez por mim o máximo que um pai pode fazer. Chegamos ao limite quando eu tinha 20 anos. Daí por diante, somente um outro homem poderia seguir adiante, nunca meu pai.

 

Eu achei esse outro homem pouco tempo depois. Quando me formei, comecei a estudar para passar em um concurso e passei. Aí, fui morar na capital do estado, primeiro em casa de parentes, depois em uma pensão de família. O meu pai chorou quando eu parti, eu o beijei e chorei também. Mas nós dois sabíamos que era o melhor a fazer, nos separar. Logo depois, levei meu primeiro namorado para ele conhecer. Ele tinha que dizer que era meu noivo, mas para mim era só o primeiro namorado. Não direi aqui como era minha vida com meu primeiro namorado, é assunto para outro conto, se eu escrever. Só digo que meu primeiro namorado foi o homem que fez o que meu pai nunca poderia ter feito: me deu palmadas para me dar prazer. Meu pai chegou muito perto disso, mas não poderia nunca passar de um certo ponto.

Eu era uma garota de 18 anos recém completados, e estava para prestar vestibular naquele ano,queria entrar para uma das mais importantes faculdades de São Paulo, que  era onde eu morava e era conhecida pelos meus olhos castanhos fortes e expressivos, e pela minha teimosia. Chamada de Aninha pelos mais íntimos.

 

Bom, o vestibular estava chegando, e meu pai no corre corre, enchia o meu quarto de livros, que por sinal, eu nem tocava. Ele estava muito entusiasmado, mais eu só sabia ir ao shopping, namorar, passear, não queria saber de livros.

 

_ E os estudos filha? Meu pai perguntava ,me olhando de canto, enquanto eu descia as escadas apressada para sair.

_ Ah pai, eu compenso, amanha. Dizia eu sem lhe dar atenção saindo.

 

Ate que um dia o conheci.

 

Minhas amigas tinham me convidado para uma festa. Eu já estava descendo as escadas, colocando um brinco que faltava,passando um brilho nos lábios, e mal segurando a minha bolsa.

 

_ Aninha venha ate a sala querida. Chamava meu pai.

_ Paizinho, estou atrasadinha. Gritei.

_ Ana Carolina, venha ate a sala, ou você vai estar encrencadinha. Meu pai gritou um tanto alterado.

 

Cheguei na sala, arrumando o cabelo pelo espelho de parede, quando os meus olhos se cruzaram com os dele, azuis gelados.

 

_ Oi, Aninha. O estranho disse quase sussurrando.

_ Não me chame assim, eh Ana carolina pra você. Lhe respondi, não me deixando abalar. Afinal se tratava de um homem de quase dois metros de altura, com um perfume fantástico, e olhos azuis gelados.

_ Aninha, olha você não se lembra do Júlio, ele eh professor , meu melhor amigo, e vai te ajudar com o vestibular. Meu pai disse.

_ O que? Gritei chocada.

_ Isso mesmo Aninha, eu... ele não terminou de falar.

_ Significa que ELE vai me dar aulas pai? Perguntei revoltada para o meu pai.              

 

Gritei, xinguei, pois eu nem vi onde foi sapato, bolsa, presente, e sai pisando fundo, quase explodindo de raiva. Meu pai e o Júlio me seguiram ate o pé da escada.

 

_ Acho bom você se acostumar com a ideia, mocinha. Gritou meu pai, tentando parecer serio, e o tal de Júlio, só balançou a cabeça e da um leve sorriso com os cantos dos lábios. 

 

A manha daquele ensolarado dia de abril ,estava perfeitamente arrumada,linda e perfumada, pela lavanda colocada em minhas roupas de cama.  Meio grogue desci as escadas, disposta a acordar com o cafe, quando passo por um homem sentado em minha sala de estar.

 

_Bom dia. Digo e continuo meu trajeto ate a porta da cozinha e me paraliso.                  _ Aninha. Júlio me comprimenta, sem sorriso algum.

_ Eu repito, não me chame assim. lhe respondi, olhando para os lados, percebendo que não havia um único empregado na casa.

 

E ele de repente me encarou,serio mesmo, me intimidando.

 

_ O que VOCE. esta fazendo aqui. Eu perguntei bem mal educada mesmo. _ Seu pai me contratou. Júlio tirou os óculos...

_ Não acredito em você.

_ Você ouviu tudo ontem,mocinha. Ele sorriu brevemente e colocou alguns livros em cima da mesa, balançando a cabeça enquanto eu me sentava emburrada no sofá.

_ Larga de preguiça, são só algumas horas. Ele me disse estralando os dedos.

_ Algumas horas??

_ Isso, mocinha.

_ Mais que droga. Disse fazendo beicinho.

_ Eu serei seu professor, nos vamos estudar, você querendo ou não. Disse com a voz quase num sussurro.

 

Eu apenas o olhava com aquela famosa carinha de nojo, que só as meninas mimadas conseguem fazer,e sem esperar decidi me impor,pois ele não me mandava,eu faria oque eu quisesse.

 

_ Eu nao quero que "você" me dê aulas. Eu disse me sentindo poderosa demais.

 

Mais o Júlio permaneceu serio, com os olhos azuis gelados, me olhando apenas um pouco mais bravo.

 

_ Foi seu pai que me contratou para lhe ensinar, quer seja pelo seu gosto menina, ou pelos meus termos.

_ E que termos você vai usar se eu não quiser? Perguntei sentindo  aquele friozinho na espinha e aquela famosa vozinha "não brinca com fogo".

 

Foi ai que o primeiro choque aconteceu,quando os meus olhos castanhos tiveram certeza, que viram o Júlio, tirar de sua mochila, uma daquelas réguas de madeira bem antigas,e coloca la em cima da mesa com muita força.

 

_ Estes. Completou ele com um misto de excitação e raiva ,deixando o azul dos olhos mais intensos.

_ O que você vai fazer? Não pude deixar de perguntar. Ele deu um leve sorriso e caminhou ate a mesinha bem devagar, e pegando a régua, se sentou bem próximo de mim.

_ Me dê a sua mão.

 

Ele me pediu com calma, estava sereno, já eu estava gelada, o medo me paralisava.

 

_ Não, você não pode fazer isso. Gritei assustada, fechando os olhos por um momento, mais Júlio já tinha pegado a minha mão.

_ Malcriada. Foi a ultima coisa que ouvi, antes de tudo ficar paralisado, o perfume dele, o rosto serio e a régua subindo no ar.

 

O impacto em minha mão, causou um choque, e eu exagerada como sou gritei mais que devia.

 

_ Aiiiiiiiiiii

_ Me prometa que agora você vai ser boazinha, e que vamos estudar. Ele me pediu com calma.

 

A tensão era tanta que tudo aconteceu automaticamente, que de um momento para o outro, eu já estava fora de mim, e arrancando a régua das mãos do Júlio a quebrei.

 

_ Quem você pensa que é? Gritei jogando os pedaços da régua nele, que como alguém que esperava por isso caminhou bem devagar em minha direção.

_ Eu penso que sou alguém que vai te ensinar bons modos, sua menina malcriada. 

 

Júlio disse me puxando para perto do sofá, onde se sentou e me jogou sobre seu colo de bumbum pra cima.

 

_ Júlio, me solta, me soltaaaaa. Eu gritei.

_ Não, não vou te soltar, antes de deixar esse bumbum bem vermelho, com as palmadas que você merece. Júlio me disse agora bravo de verdade, já levantando a minha saia e arrancando a minha calcinha e jogando a longe.

_ Palmadas? Não, você... você vai me machucar.

_Deveria estar com medo mesmo. Ele sorriu balançando a cabeça.

 

Foi quando eu senti um silencio, dai eu já tinha certeza que ele estaria olhando o meu  bumbum, quando ouvi um barulho seguido do ardor da primeira palmada.

 

Plaft

 

_ Aiiiiii, me soltaaa. Eu estava perdida.

_ Aninha, calada! Ou sera pior. Júlio sussurrou no meu ouvido.

 

Plaft Plaft Plaft

 

_ Aiiie, aiii aiai. Eu gritava muito, e esperneava para tentar escapar das palmadas.

_ Tá Plaft Plaft vendo Plaft Plaft o que acontece Plaft Plaft com as meninas Plaft Plaft malcriadas Plaft Plaft? Dizia Júlio, a cada duas palmadas em meu bumbum, alternando os lados.

_Droga... aiaiii Júl... aiaiai par... aiaiai tá doen... aiii. Eu já estava para chorar, mais não queria dar esse gostinho a ele.

_ Oh que gracinha, a menininha, tá de bumbum vermelho é? Ele sussurrava mais uma vez.

 

Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft

 

_ Aiih para, aiii por fav.. aiaiie , ta doen... aiii. Eu ja sentia o bumbum arder de verdade.

_ Ta doendo, tá?

 

Plaft Plaft Plaft Plaft  Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaf 

 

_ Espero Plaft não Plaft ter Plaft que Plaft fazer Plaft isso Plaft de novo.

 

Plaft Plaft Plaft Plaft  Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft  Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft  Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft 

 

E enfim ele parou, mas ficou um bom tempo observando meu bumbum todo vermelho, com marcas de dedos e ardendo muito. Quando ele me levantou, só viu um beicinho e uma cara emburrada no meu rosto, e percebeu que eu estava segurando.

 

_ Ah! Não chorou a menininha?

 

Eu o olhava assustada fazendo beicinho, então ele me deitou no colo e me deu mais seis palmadas estraladas no bumbum.

 

Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft Plaft

 

_ Aiii Eu não faço mais, aiii vou me comportar, aiiiii eu ... eu... buaaa  buaaa buaaaaaa...

 

Entre soluços eu me desculpava e chorava, e senti que só com as minhas lagrimas, Júlio estava satisfeito, completo.

 

Eu ate hoje não sei bem quanto tempo a surra durou. Quando me dei por mim, estava sentada no colo dele de ladinho, esfregando os olhos molhados, com ele me olhando serio.

 

De repente ele me levanta do colo, se levanta e pega algumas folhas de papel e me entrega.

 

_ Irá escrever aqui. "Eu não vou ser malcriada, vou obedecer ou já sei o que aguarda meu bumbum" Por 600 vezes.

_ O que? Eu quase não acreditava.

_ Você me ouviu bem. Disse me puxando ate o meu quarto, nua da cintura para baixo.

 

Com muito medo dele me deitei em minha cama de bruços e comecei a escrever.          Escrevi, escrevi, ate não aguentar mais, nem sei por quantas vezes, quando adormeci em minha cama lentamente, em meio a folhas de papel escritas, com os cabelos soltos, sendo vigiada por ele, sentado em minha poltrona cor de rosa com aqueles olhos azuis gelados.

 

Júlio se levantou, chegou bem perto da cama, apreciou meu bumbum vermelho ainda a mostra, passou a mão de leve, sentindo que ainda ardia.

 

_ Esta segura em seus sonhos minha menininha malcriada, segura por enquanto.

Eu anseava por algo, mas não sabia o que era... Todos temos nossos vagos da alma, certo? Eu não sabia o que fazer com o meu... 

Sim, eu havia sido um pouco mimada na infância e adolescência, não sabia o significado da palavra não... E se bico não funcionasse com certeza uma ameaça de me cortar, ou tomar remédios demais funcionariam. Assim eu ganhava aquela sandalinha cara... Aquela roupinha mais cara ainda... e por aí vai... 

Isso não mudou quando eu o conheci. 

Diógenes e eu estávamos namorando havia um ano. E eu a mesma... Bem, em cinco anos de amizade ele pôde me conhecer, então que não me pedisse para mudar! 

- Eu nasci pestinha e vou morrer assim, amorzão! Não tem jeito! 

Eu dizia enquanto pegava sua camisa e escondia no freezer. Ele me olhava e não dizia nada. Mas quando me olhava com cara de bravo... Seus olhos faiscavam , e ficavam ainda mais belos... Depois apenas suspirava. Nada dizia, sem reação. E eu me irritava! Não tinha idéia do que queria, mas por que ele não reagia?! 

Num outro dia eu dizia: 

- Eu quero te morder! Você é meu chocolate! 

E o mordia, mas não era de leve, era pra marcar. Ele não esboçava uma reação sequer. Eu esperneava! Droga! 

Certa vez ele me deu uma bronquinha... Aquilo me deixou inconformada (e com uma sensação deliciosamente indescritível...). 

- Amor, você não pode falar assim comigo! Por que está falando assim comigo? Eu vou ficar aqui no cantinho! 

E virei para o canto. 

Adivinhem o que aconteceu? Terminou a bronca e eu pedi colinho... E então ele disse: 

- Ok, mas você vai ficar quietinha no colinho?
- Hummm, não! Eu sou louca! Rs Eu disse.
- Eu preciso da Super girlfriends nanny! Ele respondeu.
- Você é terrível, amor!
- Sou mesmo, Roberto fez aquela música pra mim, sabia? Rsrs

O único motivo pelo qual ele às vezes se decepcionava comigo era o fato de eu correr risco às vezes para ajudar as pessoas. Tipo, subir morro para ajudar os menos favorecidos e quase levar tiro por querer defender pessoas e por aí vai. Ele dizia: 

- É perigoso amor! E as pessoas não reconhecem o que se faz por elas, quase nunca. 

Mas eu sou das ciências humanas. Ele é da área empresarial... é fogo! Vivemos um pouco da música que amamos que diz que somos contrários, mas nos ‘completamos completamente’. 

O tempo passava e eu cutucando, dando tapinhas, mordendo, fazendo birras de sentar no chão e ficar dizendo “Eu quero agora!”. E ele nada. Só me “punia” com uns amassos super fortes, nos quais me deixava completamente sem fôlego. Nem eu entendo como eu não tinha medo de um rapaz tão grande e forte... Mas não tinha. Só queria provocar. Super girlfriends nanny nunca existiu mesmo... 

- Eu quero!
- Está aqui, amor. Pronto.
- Não quero mais!
- Tudo bem, totosinha, eu levo embora.
- Não! Deixa aqui, agora eu quero!
- Vou fazer um curso de psicologia pra te entender, garota!
- Não entende, me beija? Me amassa que é melhor! Te amo mozão lindo!

Foi assim durante um ano. E eu amava, e odiava. Odiava ser contrariada, odiava não ser contrariada. E amava muito o Diógenes, cada dia mais. Meu namorado romântico e paciente... 

- Amor, me leva na faculdade, e fica lá, e depois me busca que eu estou deprimida hoje!
- Sim, meu bem, claro. Passo aí e te pego.
- Te amo lindo.

Ele então me buscou em casa e fomos para mais uma aula. 

Na ida eu dei um tapinha na perna dele enquanto ele dirigia. 

Reação: Nenhuma. 

- Amor, eu quero uma coisa!
- O que você quer amor?
- Eu não sei! 

Nada. 

Na volta, eu disse: 

- Mozão, tô com fome. 

Ele não disse nada, só virou o carro e foi em direção de uma lanchonete. 

- Eu tô passando mal, não vou conseguir chegar viva!!! 

Quando chegamos na porta... 

- Eu quero comida lá de casa... 

Ele começou a ficar um pouquinho nervoso. 

Interessante. 

Voltando pra casa eu disse: 

- Por que você não faz o que eu quero nunca?
- O quê? Eu te trato maravilhosamente bem, te faço todos os gostos, menina!
- Não faz! Você é ruim! 

Dizendo isso dei um tapinha na perna dele. 

- Não faça isso outra vez. 

Uau, ele respondeu! Pensei, e fiz de novo. 

- Eu vou parar esse carro - Ele disse num tom muito sereno. 

Eu observei a estrada, estava vazia. E eu nasci pestinha, né? 

- Então pare agora! Eu disse e mexi no braço dele. O volante virou, o carro quase rodou. 

Eu gritei. Ele não, apenas tentou controlar o carro, e conseguiu. 

Eu chorava. E estava assustada. 

- Amor, está tudo bem contigo? Ele perguntou ainda calmo.
- Sniff, tá sim. Aiii quase morremos! Que susto me deu! E que dor no coração!
- Eu não quero saber de dor nesse coração, tá bem?
- Sim. E me acalmei um pouco.

Ele virou o carro e me levou em outra direção. 

- Amor, onde estamos indo?
- No parque, querida.
- Jura? Viva!

Ele parou na porta do nosso motel preferido. Estava sério. 

Entramos. Ao chegar no quarto. Nenhum beijinho. Nenhum abraço. 

- O que viemos fazer aqui?
- Viemos conversar, princesa.
- Conversar sobre o que?
- Sente-se. AGORA!
- Ai mô, não fala assim comigo!

Ele me pegou pelo braço e me colocou sentada em sua frente. Me olhou nos olhos e disse: 

- Amor, eu preciso falar. Você definitivamente passou dos limites! Quase nos matou! Você enlouqueceu de vez?! Olha, meu bem, as coisas têm limite, sabia? Eu sinto muito que seus pais não tenham ensinado isso pra princesinha que deixou os cabelos deles brancos, mas eu não vou me casar com uma moça tão mimada assim! CHEGA DE REINAR, princesa! Se eles não te ensinaram eu ensino! 

Eu muito assustada disse: 

- Mas amor, eu sou louca! Você sabe disso! 

Era a minha forma de tentar escapar de tudo, alegar loucura funciona nos tribunais, certo? 

- Ah é? Ficou louca de repente? Ah não... Eu sei que você usa essa desculpa para não levar bronca... Mas o caso aqui não é bronca, amor. Eu estive pesquisando e vi como curavam seu tipo de loucura antigamente... Você é minha bebezinha, certo? Ahhh, está amolecendo, pensei. Ficando terno e carinhoso.
- Sou sim, mô, você ama sua bebezinha, certo?
- Amo sim. Senta aqui.

E me puxou pra sentar em seu colo. Me olhou nos olhos e perguntou: 
- O que é que eu faço com você, Amor? 

Eu olhei pra ele e fiz cara de “tadinha de mim” 

Ele me olhou com cara de bravo. Cara de “tadinha de você mesmo, menina!” 

- O que as meninas mimadas merecem? Hã? O que as malcriadas merecem? 

Quando eu ia dizer beijinho... 

Ele rapidamente me virou de bruços no seu colo. 

- O que é isso, amor? Vai fazer o que? 

Sim, eu desconhecia completamente a posição “ vai levar palmadas”, meus pais nunca tinham me batido. 

- Eu vou te ensinar a me respeitar como marido, amor. 

SMACK. 

- Amor, quê isso? Ai! A primeira palmada pegou em cheio meu bumbum. 

SMACK 

- Eu estou te mostrando o que é dor. Só isso. E vou te fazer sentir o que eu sentia quando me mordia, me batia, me irritava e por aí vai. Será uma conversa interessante, amor.
- Aiiiiiiiiiii, me solta, me solta, me solta!!!! Isso dói! Aaaii, eu malho esse bumbum na academia direto pra ele ficar lindo pra você e você me faz isso! Tá doendo!
- Eu vou te mostrar o que é dor! SMACK SMACK. Uma palmada de cada lado do bumbum.
- Socorroooooooo!
- Vamos conversar? Aliás, você só vai repetir. E se não cumprir o que disser, está tendo uma demonstração do que vai acontecer de agora em diante. - SMACK SMACK - Vamos repetir então:

- Eu SMACK nunca mais SMACK vou dizer SMACK que sou SMACK louca. SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK.

Eu já chorava. Ele me ouvira chorar e ria. 

- Está calor aí, princesa? Rsrs Onde está minha moça terrível agora? 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK 

Eu chorava mais. Ele ria de mim. Mas não era só isso. De repente, parou. 

E eu: 

- Ai sniff sniff... Acabou?
- Não, você vai levantar e baixar as calças agora.
- Não!!! Não!!
- EU DISSE AGORA! 

Levantei e baixei as calças. Vi no espelho que meu bumbum já estava vermelho. E vi nos olhos dele que não acabaria tão cedo... Me puxou de novo pro colo. Comecei a pedir desculpas. 

- Amor?
- Sim, amor. SMACK
- Aaaaaaaaiiiiii, me desculpa!

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK 

- Desculpar por quê? 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK 

- Aaaiiiiiii!!! Porque eu fui malcriada!
- Estou ouvindo. Mas você, meu bem, foi malcriada e mimada por um ano, e me aporrinhou durante todo esse tempo. Merece mais palmadas do que está levando com certeza!

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK 

Meu bumbum pegava fogo!!! 

- Ai mô, eu vou desmaiar! Vou desmaiar! Tá doendo demais!!
- Ótimo! Isso nos leva a outra coisinha que você vai repetir! Agora! Eu SMACK não SMACK serei mais SMACK tão dramática SMACK. 

- Nossa amor, seu bumbum está super vermelho. Como fogo, sabe? Agora pode dizer que é quente! Rs 

E eu: Buáááááááááááááááááááááááááá.... 

Não saía mais nada da minha boca a não ser choro e gemidos! 

E ele: 

- hahahahaha Cadê a princesa que salva os outros? Não pode salvar seu bumbum, princesa? 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK 

- É isso SMACK que acontece SMACK com meninas SMACK mimadas SMACK e malcriadas SMACK. Chega, ouviu? SMACK Chega de tanta malcriação SMACK não vai mais fazer pirraça SMACK nem espernear SMACK nem responder os pais na minha frente SMACK. Chega SMACK chega SMACK chega SMACK chega SMACK.
- Buáááááááááááááááááááááááááá.... chega, desculpa eu nunca mais faço nada disso! Desculpa eu reconheço, eu reconheço que não tenho sido boazinha...
- Desculpas aceitas SMACK. Agora eu quero que pense no seguinte. TODAS AS VEZES QUE VOCÊ SE COMPORTAR MAL VAI APANHAR ASSIM! ENTENDEU?

SMACK SMACK SMACK SMACK 

Eu só chorava... 

- Acho que entendeu sim. Essas últimas seis são para você se lembrar enquanto não consegue sentar direito por uma semana! 

SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK SMACK 

Eu chorava tanto, e meu traseiro queimava a ponto de não perceber que ele tinha parado de bater. Eu só gemia pedindo desculpas ininteligíveis... 

- Agora vai ficar de castigo no cantinho. Lembra da pirraça que fez quando te dei aquela bronquinha? “Vou ficar aqui no cantinho!” Menina manhosa! Aquele dia eu me segurei pra não encher esse bumbum de palmadas! Agora, não me seguro mais! Vá ficar naquele cantinho ali. 

Eu simplesmente obedeci. Fiquei em pé no cantinho, soluçando por 10 minutos enquanto ele olhava e dizia: 

- Oh dó. Tadinha da bebezinha... Viu o que acontece com as loucas? E com as malcriadas? Vá pensando em tudo que fez! E eu vou pensando que seu bumbum está irresistível vermelhinho assim... humm 

Depois de dez minutos ele veio, e começou a fazer carinho no meu bumbum... Em outras partes da minha anatomia, para onde o calor do bumbum se irradiava... E eu estava tão relaxada, tão calminha, tão molhada... Como nunca! Demos uns amassos, mas não punitivos... Esses pareciam recompensa... Uau! 

No carro ele me olhou, me beijou e disse: 

- Eu te amo, totosa.
- Eu também te amo, mozão! Sniff Te amo mais que nunca.

E então eu senti falta de uma coisa... 

O VAZIO. Ele simplesmente não estava mais ali. Eu era feliz.

Nós, os vampiros, podemos ler pensamentos dos mortais. É uma habilidade muito útil, mas às vezes, como todas as habilidades, pode ser muito triste. Eu me lembro, há uns 150 anos atrás, quando eu já era um vampiro veterano, que li os pensamentos de uma donzela muito bonita, que não direi o nome porque os netos e os bisnetos dela são gente importante hoje e podem me criar problemas. 

Os pensamentos dela me fizeram ver que ela estava apaixonada por mim. Eu poderia facilmente ter me casado com ela, porque eu também gostava dela e os pais dela me respeitavam, eles achavam que eu era um milionário húngaro (muitos vampiros são ricos, não temos muitos problemas para arrumar dinheiro). Mas casar com uma mortal é impossível para mim. Eu não morrerei, ela morrerá. Eu serei sempre jovem, ela envelhecerá. A não ser que eu transforme a donzela em vampira, e ela sofrerá com isso, uma vida a dois é impossível. Mas o pior é que um vampiro não pode dar filhos a uma mulher mortal. Nossos filhos sempre nascem mortos, e se a mãe é uma mortal e não uma vampira, a gravidez é como um câncer para ela e a mata. Por isso, eu não tenho casos com mulheres mortais, a não ser mulheres que sabem evitar filhos. Geralmente, prefiro prostitutas. 

Então, eu me afastei da donzela que me amava e da família dela. Eu fiquei uns meses sem a encontrar, e forjei um acidente. O pai dela veio reconhecer meu corpo, e me enterraram. Assim, ela achou que eu tinha morrido, e chorou muito por um ano. Depois, conheceu um bom homem e teve 10 filhos com ele. Naquele tempo, as moças se casavam, tinham 10 a 15 filhos, em média, e se tornavam rainhas do lar, com muitas pessoas obedecendo elas. Ela deu muitas palmadas nos filhos quando eles eram crianças, e nas filhas, até mesmo depois da adolescência. Isso também era normal, naquele tempo, mesmo entre famílias aristocráticas. 

Eu fiquei muito triste por ter que desistir da donzela que eu amava e também me amava. E ela não foi a única. Várias moças de boa família se apaixonaram por mim, e eu, que não sou um cafajeste ou um monstro perverso (se eu fosse, como muitos vampiros são, seria fácil abusar das moças e depois abandoná-las com o coração partido e a reputação arruinada. Pelo menos quanto a isso eu tenho a consciência limpa: sempre respeitei as donzelas). 

Eu tive a ideia idiota de tentar ver a donzela, depois do enterro. Ela estava inconsolável. Não me reconheceu porque eu estava com a forma de um morcego. Ela estava triste, e pensando como seria bom se eu não tivesse morrido e me casado com ela... ela pensava em muitos filhos, todos parecidos comigo, e todos amados por ela e por mim... 

Eu me deixei contaminar pela tristeza dela, fiquei por dois ou três dias arrasado. 

Felizmente, eu tenho um bom remédio para a tristeza que às vezes sinto com minha condição de vampiro: ir atrás da Valkíria, a maldita que me transformou no monstro que sou hoje, e fazê-la pagar mais uma vez, com muitas, muitas palmadas na bunda nua dela. A bunda branca e redonda que ela tem, grande, muito grande. Talvez seja porque levou muitas palmadas e inchou. Pouco importa, eu fiz a bunda dela inchar muitas vezes e farei muitas mais! Naquele tempo, eu viajei mais uma vez para a terra dela, para a fazenda onde ela morava com o velho feiticeiro pai dela. E eu pensava: 

- Valkíria, vou te dar palmadas por mim e por essa pobre donzela que não pode me amar e nem eu posso amar por culpa sua! 

Fui para aquela fazendo onde séculos antes eu, um moço muito bobo que trabalhava entregando mensagens, um dia caí nas garras de uma vampira má e me transformei num bebedor de sangue por toda enternidade. 

A carruagem me deixou no caminho para a fazenda do feiticeiro. O cocheiro não teve coragem de ir até a porta. A fama da família se espalha, eu pensei... não me importo em andar um pouco, é até uma boa distração. E eu não tenho que temer animais selvagens ou bandidos, os primeiros me evitam, os segundos sofrerão mais do que eu se eles se meterem com um vampiro. 

Bati a porta, uma velha criada me atendeu. A criada já me conhecia, ela me viu e falou: 

- Oi, seu Chico, você quer falar com o velho feiticeiro, não é? Vou já chamá-lo. Gostaria de um pouco de sangue de boi? 
- Gostaria sim, obrigado. 

A criada foi andando e falando rindo: 

- Coitada da Valkíria... 

O Velho Feiticeiro logo apareceu. Ele me saudou, feliz em me ver, pois somos amigos. 

- Ora, se não é meu velho amigo Vampiro Chico! 
- Olá, Feiticeiro! Sim, somos amigos, e eu realmente gosto de conversar com você, mas, e peço desculpas se isso for um abuso muito grande de minha parte, eu gostaria de ver primeiro a Valkíria, pois estou com muita raiva dela. - E com toda justiça, Vampiro Chico. Muito bem, eu tenho que ter uma “conversinha” com a Iolanda, chamarei ela e a Valkíria. Assim, poderemos ter duas “conversinhas” com as duas ao mesmo tempo.
- Eu acho uma boa ideia, Feiticeiro.

Assim, o Feiticeiro mandou a criada que me atendeu chamar a Valkíria e a Iolanda, irmã dela. A Valkíria tem seis irmãs, todas vampiras. Foi um pacto que o Feiticeiro e a mulher dele fizeram anos atrás: ganharam um grande poder, mas tiveram que receber como filhas sete espíritos das trevas, que se tornaram vampiras quando entraram na adolescência. Sete vampiras más, muito más. 

Eu não perguntei porque o Feiticeiro queria ter uma “conversinha” com a Iolanda. Sempre alguém terá um bom motivo para dar palmadas nessas vampiras: elas são más. E elas merecem normalmente coisa muito pior que uma boa surra de palmadas na bunda. Mas o Velho Feiticeiro não permite que se faça nada pior do que dar palmadas nelas, ele ainda é o pai delas e as ama. 

Então, a Iolanda e a Valkíria foram até a sala onde eu e o Velho Feiticeiro estávamos. Eu ouvi um pouco da conversa delas, antes de entrarem na sala: 

- Aí, Valkíria, sabe a moça que trabalha na estalagem da montanha das neves cinzentas? Ela é filha dos donos da estalagem e vive brigando com os pais. Eu passei por lá outro dia e vi ela emburrada enquanto atendia os fregueses. Aí, eu li os pensamentos dela para saber o motivo e ela estava pensando: “sou uma moça de 19 anos e ainda apanho no bumbum!”
- Humpf! Bela droga ter 19 anos! Eu sou uma vampira de 587 anos e ainda apanho no bumbum!

Quando elas entraram, o pai delas riu e comentou: 

- Por falar em apanhar no bumbum, Valkíria, olha quem veio te visitar? 

A Valkíria olhou para mim e fechou a cara. Ela sabe que só há um motivo para eu querer vê-la. A Iolanda, que também sabe do nosso caso, começou a rir. Essas vampiras detestam palmadas, mas gostam quando outra pessoa recebe. E o Velho Feiticeiro disse para Iolanda: 

- Não ria, Iolanda, você também anda merecendo uma boa esquentada no traseiro e eu vou dar uma hoje! 

Ouvindo isso, Iolanda também fechou a cara. 

Então, eu disse a Valkíria: 

- Olá, Valkíria. Sabe, eu poderia ter me casado com uma donzela maravilhosa, mas não quis. Ela não seria feliz com um vampiro como marido. Não poderia ter uma vida social normal e não poderia ter filhos com um vampiro. Eu me sentiria tentado e acabaria bebendo todo o sangue dela e a matando, ou pior ainda, iria fazer dela outra vampira – e nesse caso ela me culparia, com toda razão, por uma existência infeliz longe da família que a amava. Tive que desistir de um casamento com uma donzela que amo por sua culpa. Você tem algo a me dizer sobre isso?
- Tenho, Chico. Você é um vampiro muito sem graça, se não fosse vampiro seria mais sem graça ainda e essa donzela não iria te querer de jeito nenhum, provavelmente. Você deveria era me agradecer porque que uma moça se interessou por você, para começar, mesmo que não fosse dar em nada. Pelo menos, vocês tiveram um namorico interessante graças a mim...
- Você continua cínica e má, e continua merecendo muitas e muitas palmadas nesse seu traseiro branco, grande e liso...

Eu estava quase pulando na Valkíria, para levantar sua saia e arrancar com força suas calçolas, mas o Velho Feiticeiro me deteve. 

- Vampiro Chico, não seja afobado. As melhores palmadas são as que damos com mais calma.
- Calma, Feiticeiro?
- Sim, com calma. Eu sugiro que dê, no começo, palmadas bem fortes, mas pausadas, com um intervalo de 10 ou 15 segundos entre uma palmada e outra, olhando bem para o traseiro da vampira para apreciar suas nádegas se avermelhando. Aos poucos, você diminui os intervalos, sem diminuir a força, o que deixa bem quente e vermelho o traseiro da vampira.
- Como você vai fazer com a Iolanda?
- Sim, Vampiro Chico. Agora, vamos colocar as duas nos nossos colos com a bunda pelada para cima. Observe-me, Vampiro Chico, e faça igual.

Então, eu coloquei a Valkíria de bruços no meu colo, e o Velho Feiticeiro fez o mesmo com a Iolanda. Ele levantou devagar a saia da Iolanda, e devagar retirou as calçolas dela, deixando a filha vampira com o traseiro a mostra. Eu fiz o mesmo com a Valkíria. As duas vampiras tinham isso de bom, dois belos traseiros, brancos, lisos, grandes mas bem proporcionados em relação às coxas e às cinturas delas. Pelo menos isso de bom. 

O Velho Feiticeiro então disse: 

- Veja, Vampiro Chico, como eu faço.

E ele deu uma palmada no traseiro da Iolanda. Uma palmada forte e calma, enquanto ele olhava bem os efeitos do golpe impressos no traseiro da filha vampira. Ele deu outra palmada na outra nádega, e o efeito foi o mesmo: o traseiro de Iolanda se avermelhou e depois ficou rosado. 

Eu fiz o mesmo com o traseiro da Valkíria, logo em seguida. Uma palmada, uma apreciação dos efeitos, outra palmada na outra nádega, e também nesse caso eu apreciava os efeitos. As duas vampiras estavam emburradas em nossos colos, decididas a não mostrar a dor que as palmadas lhes causavam. 

O Velho Feiticeiro repetiu a dose com a Iolanda, eu o imitei no traseiro da Valkíria: palmada forte, apreciação dos efeitos na pele branca das nádegas delas, outra palmada forte na outra nádega, intervalo de 10 ou 15 segundos... 

Aos poucos, os intervalos se tornaram menores, sem que as palmadas se enfraquecessem. Logo, era uma palmada forte a cada 10 segundos, depois 9, 8, 7... diminuindo o intervalo, eu percebi que poderíamos apreciar as bundas das vampiras ficando cada vez mais rosadas e depois cada vez mais vermelhas... e, depois de alguns minutos, na sala só se ouvia o barulho das palmadas... agora, elas aconteciam ao ritmo de duas ou mais por segundo. 

Smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack... 

Ás vezes, eu parava para olhar bem os efeitos das palmadas na bunda vermelha da Valkíria. A bunda branca que ficou bem vermelha da Valkíria... e a bunda dela, vermelha, ficou ainda mais bonita, e vendo isso minha vontade de bater aumentava, e eu batia, e batia, e batia... 

Smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack... 

Minha mão doia a essa altura. Mesmo sendo um vampiro, dar tantas palmadas era doloroso para minha mão também. Eu fiz uma careta de dor, e isso me fez reparar que a Valkíria mantinha a mesma expressão emburrada, sem dar sinal de dor. Eu tinha certeza que ela estava desesperada para que as palmadas parassem, mas não queria me dar o prazer de vê-la desesperada. Isso me deu vontade de bater mais, e eu bati, fazendo uma cara bem severa e séria, para esconder a dor que eu sentia na minha mão. 

Smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack... 

A dor na minha mão era imensa, mas eu via o traseiro completamente vermelho de Valkíria e me consolava sabendo que a dor do traseiro dela devia ser muito maior, ela não queria admitir mas era uma dor muito maior. 

Smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack, smack... 

Eu afinal parei. Parei de dar palmadas na bunda da Valkíria porque o meu amigo, o Velho Feiticeiro, também tinha parado de dar palmadas na bunda da Iolanda, e deixamos as duas irmãs se levantarem. Mas quando elas quiseram vestir de novo suas calçolas o Velho Feiticeiro disse para as filhas: 

- Não, nada disso! Vocês ainda ficarão de castigo por um tempo!

E ele mandou as filhas ficarem em pé diante da parede, com as saias levantadas e as calçolas arriadas. As duas bundas vermelhas ficaram lado a lado, e eu fiquei um tempo conversando com o Velho Feiticeiro sobre as bundas das moças. A Valkíria estava com o traseiro tão vermelho quanto a Iolanda. O Velho Feiticeiro pegou uma bacia para que eu lavasse minha mão. O contato de minha mão com a água foi um grande alívio para mim, e eu fiquei imaginando como deveriam estar os traseiros das duas vampiras, se minha mão estava tão dolorida os traseiros delas deveriam estar queimando como se estivessem em brasa. Como se lesse meus pensamentos, uma habilidade que os feiticeiros compartilham com os vampiros, o Velho Feiticeiro disse: 
- E que tal comparar a ardência do traseiro da Valkíria com a ardência do traseiro da Iolanda, Vampiro Chico? Qual estará queimando mais agora?

Com minha mão já refrescada, eu alisei a bunda nua, vermelha e quente da Valkíria, e depois a bunda nua, vermelha e quente da Iolanda. De fato, as duas bundas estavam quentes como se tivessem saído da frigideira. Comparei o calor que sentia das duas bundas, e disse ao Velho Feiticeiro. 

- Meu velho amigo, a Valkíria está com a bunda bem quente, mas a Iolanda tem a bunda mais quente ainda. Pelo menos, é o que me parece.
- Você ainda tem que dominar a técnica de dar palmadas bem fortes e dolorosas, Vampiro Chico. A sua respiração tem que acompanhar a palmada, e você tem que ter prática, para a dor na sua mão não te obrigar a diminuir o ritmo ou a fazer pausas desnecessárias. E outra coisa: não perca tempo tentando descobrir uma expressão de dor ou de tristeza no rosto da vampira. Elas não mostram suas emoções quando não querem. Pode ter certeza: elas vão se acabar de chorar quando tiverem certeza que não estamos vendo. Mas na nossa frente, nunca! Na nossa frente elas são sérias e emburradas, fingindo que não sentem dor nenhuma.
- Bem, duas coisas boas nessas vampiras. Uma, elas têm bundas lindas. Outra, elas são corajosas com a dor física.
- Sempre há uma boa qualidade em todos nós, vampiro Chico. Mas chega delas, vamos para a biblioteca, tenho alguns livros e revistas que queria mostrar para você.

E deixamos as vampiras no canto delas, de castigo. Depois elas tiveram autorização para sair da sala, e devem ter ido chorar no quarto delas, e eu não vi, uma pena. Mas ir a biblioteca foi muito bom, também. O Velho Feiticeiro é um homem muito culto, que adora literatura. Ele me falou muito de Charles Beaudelaire, um jovem poeta francês, que tinha traduzido Edgar Allan Poe e preparava um livro de poesias. O livro tinha muitas poesias inéditas, mas outras circulavam entre os admiradores do jovem poeta, e o Velho Feiticeiro tinha algumas para me mostrar. Eu adorei aqueles versos. Creio que fui um dos primeiros a comprar o livro de Beaudelaire, que se chamava “Flores do Mal”, quando ele foi lançado, pouco tempo depois. Eu estava em Paris nessa ocasião, e tive uma agradável conversa com Beaudelaire, quando comprei o livro dele. A surra que eu dei na Valkíria aliviou temporariamente a raiva que eu tinha dela, e eu fiquem com a cabeça livre para pensar apenas em literatura e outras artes. Se eu não surrasse a bunda da Valkíria de vez em quando eu seria consumido e ficaria louco por causa do ódio que tenho dela. Eu não sei se as palmadas que eu dou na Valkíria são boas para ela, mas sei que são ótimas para mim.

O Major João era comandante do quartel Sete de Setembro, e ele nomeava o pessoal da administração. A pedidos de amigos, ele colocou uma moça muito jovem chamada Bruna Fernander para chefiar o departamento de contabilidade. 

Três meses depois, o Major João chamou a moça para uma reunião privada em seu gabinete. 

- Pois não, senhor? 
- Dona Bruna Fernander, entre. 

Bruna entrou e puxou a cadeira. Mas antes dela se sentar o Major falou com voz áspera. 

- A senhorita não tem permissão para se sentar, Dona Bruna Fernander! Fique em posição de sentido! 

Bruna olhou assustada para o Major. Ela ficou em posição de sentido diante da mesa. E ela pensou: 

“Ai, ai, ai... será que ele descobriu tudo?” 

O Major, sentado, pegou alguns papeis. Ficou um pouco de tempo olhando para os papeis e para a sua subordinada. Afinal, disse: 

- Sabe, Dona Bruna Fernander, está faltando uma grande soma de dinheiro no orçamento. A senhorita entende o que quero dizer? 
- Sim, senhor Major. 
- Então, essa grande soma de dinheiro em falta atraiu nossa atenção, e iniciamos um inquérito. 
- Sim, senhor Major. 
- Nós descobrimos que o dinheiro começou a faltar no dia em que a senhorita começou a chefiar o departamento de contabilidade. É uma interessante coincidência, não acha? 
- Sim, senhor Major. 
- Muito bem, a investigação prosseguiu e, como a senhorita pode imaginar, descobrimos outras interessantes coincidências. 
- Sim, senhor Major. 
- Descobrimos, também, que o dinheiro tem sido enviado para uma conta bancaria em país estrangeiro. Um agente federal foi até esse banco fazer perguntas e o gerente disse que a conta foi aberta por uma jovem senhora. O agente pediu uma descrição dessa jovem senhora, e o gerente descreveu uma moça muito parecida com você e com a sua idade. Essa é mais uma interessante coincidência, não acha, senhorita Bruna Fernander? 
- Sim, senhor Major. 
- A senhorita parece um tanto perturbada, senhorita Bruna Fernander. 
- Sim, senhor Major. 

De fato, Bruna Fernander estava muito pálida, suava frio, mordia os lábios e, embora teimasse em permanecer na posição de sentido, tremia como uma fina vara num dia de vento. 

- Bem, continuando: quando recebemos a descrição, achamos melhor enviar uma foto ao gerente do banco estrangeiro, e ele confirmou que a jovem senhora que abriu a conta era a senhora da foto. Mas isso, eu creio, não é uma surpresa para a senhorita. Eu não estou certo, senhorita Bruna Fernander? 
- Sim, senhor Major. 
- Muito bem. Em seguida, resolvemos investigar suas finanças pessoais, senhorita Bruna Fernander. E descobrimos que a senhora comprou, desde que o dinheiro começou a faltar, um carro, um computador de ultima geração, um enorme guarda-roupa com várias marcas de grife, e começou a pagar as prestações de uma casa de campo, uma casa de praia, e ainda uma viagem a Paris, para esse ano, e uma viagem a Nova York, para o próximo ano. E a sua única fonte de renda oficial é o salário de uma contadora oficial de um quartel do exercito. O que parece ser impressionante. Principalmente porque até três meses atrás a senhorita não tinha salário nenhum. É um caso muito estranho, para dizer o mínimo, senhorita Bruna Fernander. 
- Sim, senhor Major. 
- Em seguida, fomos até as empresas onde a senhorita comprou todas essas coisas, para saber como a senhorita as pagava. E, aí surge a mais interessante coincidência neste caso: a senhorita pagava com um cartão de crédito que, por coincidência, era um cartão do banco onde foi aberta a conta na qual era depositado o dinheiro desviado do quartel. Mais exatamente, o cartão era da mesma conta. Ou seja: o dinheiro desviado do quartel, dinheiro que a senhorita administrava como contadora, era o mesmo dinheiro que financiava à senhorita uma vida de muito luxo, e muito cara. Essa é a mais interessante coincidência. 
- Sim, senhor Major. 
- Enfim, senhorita Bruna Fernander, temos provas bastantes para demiti-la e ainda mandá-la para a prisão (O Major João pegou a pilha de papeis que estava lendo e a arrumou em um envelope). Mas a senhora deve saber muito bem disso. 
- Sim, senhor Major. 
- No entanto, a senhorita é filha de dois grandes amigos meus. É sobrinha do meu cunhado. É minha afilhada de batizado. E a sua família já ajudou a minha muitas vezes. Além do mais, eu acho que a senhorita está em condições de devolver todo o dinheiro desviado. 
- Sim, senhor Major (Bruna Fernander suspirou aliviada). 
- Mas o que a senhorita fez é muito grave para ficar sem um castigo conveniente, e eu acho que a senhorita sabe disso e concorda comigo. 
- (Ai!) Sim, senhor Major. 

O Major João se levantou, foi para atrás da Dona Bruna Fernander. Ela o acompanhou com o olhar e moveu o corpo, e o Major gritou: 

- Sentido! 
- Sim, senhor Major. (Bruna Fernander se endireitou imediatamente). 
- Eu acho que a senhorita sabe o que significa um castigo conveniente. 
- Sim, senhor Major. 
- Eu acho que a senhorita também sabe o que deve fazer agora. 
- Sim, senhor Major. 

Bruna Fernander se abaixou para pegar a sandália que estava calçando e a entregou para o Major João, e logo depois voltou para a posição de sentido. 

O Major João em seguida deu seis fortes golpes de sandália na bunda de Bruna Fernander. Ela balançou um pouco o corpo e o Major João disse bem áspero: 

- Sentido! 
- Sim, senhor Major. 
- Você sabe que só pode deixar a posição de sentido quando autorizada, não sabe? 
- Sim, senhor Major. 

O Major João, então, voltou a bater com a sandália na bunda de Bruna Fernander, mas desta vez esta ficou firme, em pé, na posição de sentido. Ela ainda fez algumas caretas, durante seu castigo, mas permaneceu firme. Os golpes de sandália eram fortes, eram rápidos, e não acabavam: sete, oito, nove... quem sabe vinte, trinta, quarenta? A pobre contadora ladra já tinha perdido a conta da surra que estava levando. O Major parou, se aproximou do rosto dela, e perguntou áspero: 

- Eu acho que é muita bondade minha permitir que você continue com a saia, senhorita Bruna Fernander. A senhorita merece uma surra com a bunda nua. 
- Sim, senhor Major. 
- Mesmo assim, eu não levantarei sua saia e nem pedirei para a senhorita levantar. Eu sou um homem sério e acho indecoroso aproveitar de minha posição de autoridade para ver o traseiro de uma subordinada, principalmente se essa subordinada é uma donzela de uma família amiga. 
- Sim, senhor Major. 
- Mas a senhorita, sem qualquer dúvida, merece um castigo muito maior do que sessenta golpes de sandália no traseiro protegido por sua saia. 
- Sim, senhor Major. 
- Então, eu acho que darei mais cento e sessenta golpes no seu traseiro, já que ele está protegido por sua saia. Assim, a surra é mais justa. 
- Sim, senhor Major. 

E o Major João voltou a bater com a sandália na bunda de Bruna Fernander. E vieram mas dez, quinze, vinte, trinta, quarenta golpes de sandália, que fizeram a contadora, sempre em posição de sentido, derramar algumas lágrimas em seu belo rosto. “Ai, meu Deus”, pensava ela, “quando isso vai terminar? Eu queria dinheiro para ter uma boa vida... eu mexo com tantas somas de dinheiro todos os dias e nunca posso comprar nada bom para mim... a tentação foi grande... eu sei que errei e mereço apanhar, mas é muito, e eu ainda tenho que fazer força para não sair da posição de sentido, senão o Major João fica mais irritado e vai querer bater mais na minha bunda...” 

A contadora corrupta já tinha perdido a conta da surra de sandália que estava levando. Quando ouviu a voz do Major João dizendo “chega” foi para ela um grande alívio. Mas ela ainda não estava autorizada a sair da posição de sentido. Então ela ficou em pé, dizendo: 

- Foi um castigo duro, não foi, senhorita Bruna Fernander? 
- Sim, senhor Major. 
- Mas eu creio que foi também um castigo realmente conveniente. 
- Sim, senhor Major. 
- A senhorita ainda deve me agradecer por não tê-la obrigado a levantar sua saia. 
- Sim, senhor Major. 
- Eu ainda tenho que organizar a papelada, por causa de seu desvio de dinheiro do quartel. Isso pode demorar até tarde da noite. Eu acho muito justo que a senhorita fique aí mesmo, em posição de sentido, até eu terminar, como uma menininha de castigo num canto. 
- Sim, senhor Major. 

Depois o Major João não dirigiu mais a palavra a dona Bruna Fernander. Ela ficou em sentido até tarde da noite, e isso demorou seis horas. Suas pernas doíam quase tanto quanto sua bunda quando ela finalmente foi dispensada da posição de sentido. Em sua casa, quando ela tirou as calcinhas, sentiu um grande alívio, com o ar sereno da noite aliviando a pele vermelha de sua bunda. Ela se olhou no espelho e sentiu uma grande pena de si mesma vendo suas nádegas vermelhas. A proteção da saia e das calcinhas não foram bastante para que sua bunda deixasse de ter várias marcas triangulares, deixadas lá pelo bico fino e duro da sandália. 

No dia seguinte, ela teve que acompanhar o Major João a todas as lojas onde tinha comprado alguma coisa nos últimos três meses. Quase tudo foi devolvido. Alguns funcionários estranharam que Bruna Fernander usasse uma almofada para poder se sentar, mas ninguém fez comentários sobre isso. Os olhares curiosos dos funcionários deixavam ela muito envergonhada, quase tanto quanto o olhar irônico do Major João. Mas ela tinha que agradecer por não ter sido presa nem demitida. 

Outra contadora teria jurado nunca mais desviar dinheiro de lugar nenhum, mas Bruna Fernander apenas pensava: “Da próxima vez, vou usar um laranja, uma pessoa que não permita que eles cheguem até mim. Daqui há dois anos terão esquecido disso. E desta vez eu vou me dar bem”.

Primeira Parte 

Eu tenho um nome, mas prefiro ser chamado de Carrasco Municipal. É a minha profissão, nessa cidadezinha. Não sei se cidades e vilas podem ter carrascos próprios, mas nem o Rei de Portugal se importa como cumprem a lei no interior do Brasil e nem eu me importo com a lei do Rei de Portugal. Até porque eu nem sei ler. 

Quem tem que saber ler são os juízes e vereadores. Eles fazem as leis que executo. Algumas leis têm pena de morte, mas graças a Deus nunca matei ninguém. Eu muitas vezes não quero castigar ninguém, faço isso porque é minha profissão. Mas ninguém ainda foi condenado a morte por aqui. Que continue assim. 

Eu disse que muitas vezes não quero castigar ninguém. É verdade. Mas é verdade também que há vezes que eu gosto de castigar alguém. As bruxas, por exemplo. Na Europa, as bruxas são queimadas vivas. Eu acho isso muito duro. E os poderosos daqui, o Padre local, o Juiz, a Câmara Municipal, etc., eles punem as bruxas de outra maneira. Elas, quando condenadas pelo tribunal, são levadas pela guarda até a praça central da cidade. E lá, eu estou esperando elas com uma máscara negra cobrindo toda minha cabeça (a máscara é só formalidade, parte do uniforme do Carrasco Municipal, todo mundo aqui sabe o meu nome e minha profissão, mas todos damos muito valor aos costumes e por isso o Carrasco Municipal usa máscara). E então, são esquentadas. Mas não por uma fogueira, de jeito nenhum! Acho que a pior das bruxas não merece algo tão terrível, os homens da Europa são ruins demais. Nós esquentamos as bruxas daqui com palmadas no bumbum, na praça central. O povo todo é convidado a ver, pois é importante que haja exemplo: todos têm que saber o que acontece com moça que quer ser feiticeira. 

O que eu acho dessa lei? Bom, eu não tenho que achar nada, sou funcionário do tribunal local, obedeço ordens. Mas eu acho bom. Eu aprovo. Acho que feitiçaria é uma coisa ruim e acho que as bruxas têm que ser castigadas. Acho que morrer na fogueira é um castigo cruel demais para qualquer crime. Mas umas palmadas no bumbum, bem, aí eu acho conveniente. Além de achar justo e certo o castigo, eu gosto de aplicá-lo. Eu gosto de dar umas boas palmadas num bumbum de moça. Quando maior, mais liso e mais fofo, melhor. Mas a verdade é que não desprezo nenhum tipo de traseiro. E aqui nessa cidadezinha, pequena mas decente, todas as moças têm um bumbum lindo. Acho que nunca cheguei a surrar um bumbum feio. 

Quantas feiticeiras haverá por aqui, é o que me pergunto de tempos em tempos. Na verdade, nem metade dos casos de feitiçaria são julgados, e muitos dos julgados são absolvidos por falta de provas. O Padre deve surrar mais bumbuns de feiticeiras do que eu, porque elas confessam lá para eles seus pecados e devem cumprir penitência para serem absolvidas e poderem pecar de novo, a penitência incluí uma boa surra no bumbum. Eu não tenho certeza, porque o Padre deve guardar segredo de suas confissões e ele não comenta isso com ninguém, mas eu acho que ele surra mais feiticeiras no bumbum do que eu. Eu dou umas boas palmadas no bumbum de alguma bruxa duas ou três vezes por mês, mas tenho certeza que há muitas mais que escapam tanto de mim quanto do Padre. Se me dissessem que metade das mulheres da cidadezinha já praticou alguma bruxaria pelo menos uma vez na vida, eu acreditaria. Olha, eu acho que é bem mais que a metade e acho que praticaram bruxaria várias vezes na vida, mas com certeza não é menos. Não, menos não é. 

Então, a feiticeira é julgada, se for condenada a policia a escolta até a praça central. Se ela vier por bem, ótimo. Se ela não quiser vir por bem, a polícia a acorrenta e ela é condenada a receber mais vinte palmadas, além das do castigo. A maioria resiste e é acorrentada e arrastada para a praça. 

Eu acho que não deveria achar isso bom, mas acho. Deve ser falta de caridade apreciar o sofrimento alheio, mas eu adoro ver um bumbum de uma bruxa atrevida se avermelhar com minhas palmadas. 

Enfim, as bruxas são arrastadas sob correntes para a praça e eu as espero com minha máscara negra e meu uniforme negro de carrasco. Eu fico em cima de um palanque, de onde toda praça pode ver a surra. Os lugares da praça mais disputados são os que permitem ver o rosto da bruxa e os que permitem ver bem o bumbum dela apanhando. A expressão de dor pode ser muito excitante para muita gente. O bumbum ficando aos poucos vermelho também é muito lindo. 

Quando a bruxa e a escolta chegam à praça, eles sobem no palanque. As mais rebeldes, a maioria, têm que ser carregadas. Eu as convido a levantarem as saias, abaixarem as calçolas e deitarem no meu colo com o bumbum nu para cima. Claro, as mais rebeldes não obedecem. Então, os guardas levantam as saias delas, abaixam suas calçolas, e as deitam no meu colo. Seus braços e pernas são presos ao palanque por correntes, para que elas não possam sair do meu colo enquanto forem castigadas. Elas lutam, mas só conseguem mais vinte palmadas. 

Quando a surra termina, elas são soltas e podem se vestir de novo. Geralmente, saem muito zangadas do palanque. Às vezes não se vestem. Elas desafiam o público e dizem: 

- Vocês não querem é ver minha bunda vermelha, seu bando de desgraçados? Vocês não vieram aqui para isso? ENTÃO APROVEITEM! 

E descem do palanque sem saias ou calçolas, com o bumbum vermelho de fora. Elas voltam para a casa pisando fundo, com raiva, enquanto o povo as deixam passar, olhando o traseiro bem vermelho e petulante. O povo adora quando isso acontece. Dizem que algumas bruxas ganham presentes por isso. 

Mas essas vezes são raras. Na maioria das vezes, as bruxas se cobrem logo e descem chorando do palanque, tampando o rosto com as mãos. Outras vezes, a bruxa que acabou de apanhar simplesmente desce a escada em silêncio, devagar, como se não prestasse atenção nos passos. 

Eu já surrei muitas feiticeiras, mas algumas ficam mais na memória do que outras. Uma delas foi Sarabi. É um nome africano e dizem que é o nome da mãe de Simba, o rei leão, uma lenda africana. Bom, também é o nome de uma escrava que veio de Angola e usou feitiçaria para seduzir o filho de um rico fazendeiro da cidade. Um garoto até bonitinho, mas bobo, muito bobo. Acho que ele e a Sarabi eram virgens quando se encontraram. Um dia o pai do garoto pegou eles tentando fugir e pensou: 

- Só pode ser feitiçaria! 

Aí, ele levou os dois para serem interrogados. O moço, bobo, contou para a polícia que a Sarabi cantava estranhas canções na língua africana dela e ele a achava linda quando ela cantava, e foi aí que se apaixonou. A polícia mandou Sarabi cantar as canções na frente do Padre. O Padre é sábio, ele já esteve na África e conhece os rituais das bruxas de lá. 

Sarabi não quis cantar no começo, mas o Padre ameaçou ela com a condenação eterna e ela cantou. O Padre tem grande força moral e todos aqui têm medo do castigo no outro mundo. Conheço muitas mulheres e até alguns homens que fazem xixi nas calças quando o Padre descreve o sofrimento dos condenados no outro mundo. E assim, Sarabi também teve medo e, tremendo como um galho numa tempestade, porque sabia que se cantasse o que cantou para o filho bobo do fazendeiro iria apanhar no bumbum na praça mas se não cantasse iria ser condenada a sofrimentos muitos piores no outro mundo, ela acabou preferindo cantar. O Padre logo viu que suas canções eram feitiçarias e Sarabi teve que confessar que fez feitiço para o moço gostar dela, mas ela jurou que só fizera isso porque tinha se apaixonado de verdade pelo menino. Pouco importa, para o Tribunal. A feiticeira negra foi condenada e depois levada até a praça para eu dar umas boas palmadas nela. 

Sarabi foi rebelde, ou seja, não se submeteu voluntariamente ao castigo, e os guardas tiveram que acorrentá-la. Depois, eles tiveram que levantar a saia e abaixar as calçolas dela. Mas eu não sei se no caso de Sarabi foi rebeldia ou timidez, uma moça séria não gosta de se exibir assim. De qualquer forma, eu dei as palmadas fortes nela. Acho que foi o maior bumbum que eu já surrei, o bumbum de Sarabi. Era um bumbum grande, liso e bem feito. A cintura fina dela o ajudava a se destacar, e suas coxas lisas combinavam bem com tão belo traseiro. Eu achava graça do moço bobo e tímido, mas quando vi como era bonito o bumbum da mulher que ele deflorou e que o tinha deflorado também, eu senti uma grande inveja dele. 

Eu ainda não disse como medimos a surra. Bem, há uma ampulheta no palanque. Quando a surra começa, um dos guardas vira a ampulheta e espera até o último grão de areia cair. Isso leva cerca mais de cinco minutos. São cinco minutos de fortes palmadas, portanto. Quando o último grão cai, o guarda toca a corneta e a surra por feitiçaria acaba. No caso das rebeldes, começa, depois do fim da surra por feitiçaria, a surra por não colaborar com a justiça, ou seja, a das vinte palmadas. Quando essas terminam, o guarda toca de novo a corneta, e o castigo total termina de vez. 

No caso da Sarabi, ela é uma negra muito escura, por isso o vermelhidão das palmadas não apareceram muito. Eu dei tapas muito fortes nela, para que eu pudesse apreciar meu trabalho. Eu até tinha um pouco de pena da Sarabi, mas gosto muito de apreciar um bumbum bem surrado por mim. Não ficou muito vermelho, mas roxo, e de perto se podia ver as marcas dos meus dedos. Dizem que a expressão do rosto de Sarabi foi muito comovente, ela começou a chorar antes do primeiro minuto, acho que porque minhas palmadas foram muito fortes. 

Quando tudo terminou, Sarabi desceu chorando do palanque e esfregando o bumbum (que já estava coberto pela roupa dela) com as mãos. Depois, descobrimos que ela tinha fugido de novo e com o filho bobo do fazendeiro. Mas como dessa vez não teve bruxaria, porque o moço gostava dela de verdade, ela não foi punida. Um ano depois, Sarabi voltou a cidadezinha, pois o sogro dela já tinha concordado que ela e o filho fossem marido e mulher. Hoje, eles têm 16 filhos, o moço administra o rico latifúndio que herdou do pai e todos lá são muito felizes. O marido de Sarabi, eu acho, não gosta muito de mim, mas que culpa tenho eu? Fiz o que o Tribunal mandou. Fiz com prazer, é verdade, mas só estava seguindo ordens.

Para minha amada, Princesa Aninha, qui je vais aimer pour toujours.


Ana Maria era muito amiga de Júlia, a pastora de sua igreja, e frequentemente as duas conversavam. Agora, Ana Maria tinha um noivo que morava em outra cidade, e às vezes ela passava uns dias nessa outra cidade. Todos diziam que o noivado fazia bem à Ana Maria, que vivia mais calma e mais sorridente.

Um dia, quando a Ana Maria voltou de uma dessas viagens, a Júlia foi visitar a Ana Maria, e a encontrou pensativa, com um jeito meio envergonhado, e sentada em uma cadeira por cima de uma almofada.

- Oi Ana.
- Oi Júlia.
- Você está achando essa cadeira muito dura?

A Ana Maria colocou a mão na boca, com uma expressão de vergonha e um sorrisinho amarelo.

- Por causa dessa almofadinha?
- Sim, você acha a cadeira muito dura? Ou se machucou?
- Bom...

A Ana Maria pensou um pouco... e seu rosto ficou um pouco vermelho, encabulado. A donzela olhava para a pastora, pensando se contaria ou não a verdade. Resolveu falar, embora tivesse muita vergonha:

- É que, sabe, o meu noivo... sabe, ele...
- Ele fez o que, Ana?
- Ontem, quando eu estava na casa dele, ele me deu palmadas no bumbum...

Quando a Ana Maria terminou de falar, ficou ainda mais vermelha, com a mão na boca, e olhando para a pastora de lado, pensando no que a Júlia iria achar. A Júlia olhava espantada para a donzela, porque afinal ela era uma moça já bem grandinha para apanhar como criança.

- E então... vocês não são mais noivos?
- Não, ainda somos! Eu amo ele e ele me ama!
- Se é assim, por que ele te deu... palmadas?
- Porque ele me ama, justamente.
- Estranho...
- Bem, eu explico.

E a Ana Maria começou a contar como e porque o noivo dela lhe deu palmadas no bumbum. Foi assim:

“Você sabe, Júlia, que eu sempre tive umas ideias de suicídio. Acho que é influência dos livros que gosto de ler, a poesia e a prosa dos românticos do século XIX. Eles falavam muito da morte. Eu sempre gostei de brincar com isso. Às vezes eu até tentava me matar para tentar reviver as emoções que eu tinha com as leituras. Mas você deve se lembrar disso tudo, eu já comentei.

Bem, foi mais ou menos por isso que eu conheci meu noivo. Ele também gosta de romantismo e escritores clássicos. Nos conhecemos no Orkut, depois começamos a bater papo, aí fomos ficando cada vez mais íntimos... então, ele me convidou para visitá-lo na cidade dele e eu fui. E assim descobrimos que nos amamos e ficamos noivos.

Ele é um bom homem, é calmo e carinhoso, me faz me sentir querida e segura, seu abraço e seus beijos são gostosos, e suas carícias são maravilhosas... ele também se preocupa muito com o futuro e em como vamos viver depois do casamento, como organizaremos nossa vida, essas coisas... mas você já sabe disso, Júlia, o assunto aqui são as palmadas.

Eu me lembro como me senti na primeira vez que ele falou em me castigar. Nós falávamos muito sobre literatura romântica, como já disse, e sobre as heroínas trágicas do romantismo, donzelas que morriam sem amor por causa de obstáculos terríveis, muitas vezes sobrenaturais. A mensagem desses livros era simples: a vida só vale a pena com paixões poderosas e insanas, mas essas paixões sempre provocam alguma tragédia. Eu tinha lido um poema sobre uma donzela que morreu de tuberculose e seu noivo que se matou por causa disso. Eu conversei com ele sobre isso e perguntei se ele seria capaz de se matar se eu morresse.

Meu noivo me mandou calar, porque ele acha que desse tipo de coisa não se deve falar. Bem, ele primeiro pediu, mas eu teimei e aí ele mandou. Ele sabia que eu gostava de brinca de suicida, tinha tentado me matar antes e até já fiquei doente porque tomei uma vez remédios para morrer. Eu penso muito na morte e ele não gosta nada disso. Então, naquele dia eu falei da donzela que morreu antes de conhecer o amor e provocou o suicídio do noivo, e eu falei que achava aquilo lindo e pensei que isso poderia acontecer com a gente. Ele me disse, muito sério:

- Com a morte não se brinca, mocinha. Se eu ouvir você falar de novo nisso, te darei palmadas.

Eu normalmente acharia graça da ideia de levar palmadas, afinal eu não sou criança nem nada, mas meu noivo disse isso tão sério que fiquei com um pouco de medo.

- Está bem, meu bem. Não falo mais.
- Ótimo.
- Da próxima vez eu vou fazer.

Ele olhou bem bravo para mim, nunca tinha visto ele daquele jeito, e fiquei com mais medo ainda. Então falei, para acalmá-lo:

- Querido, você sabe que essas minhas tentativas de suicídio são todas fajutas...
- Eu sei, mas você pode acabar se machucando. E se acontecer um acidente? Você já ficou doente uma vez por causa de remédio que você tomou muito, não se lembra?

Você se lembra desse caso, Júlia? Foi quando eu tomava sonífero por causa de uma insônia. Um dia fiquei muito deprimida por causa de alguma bobagem de mocinha adolescente e tomei o vidro todo de comprimidos. Eu queria só dormir por muito, muito tempo, mas acabei doente de verdade. Tive que ir ao médico e fiquei um mês me tratando, porque fiquei com uma grande dor de cabeça e de estomago. O meu noivo também sabe disso e não quer que se repita.

Naquele dia não falamos mais nisso. Mas aconteceu dias depois que fiquei muito deprimida. Era a perspectiva do casamento próximo, a ideia de viver longe de meus pais e dos meus amigos, as dificuldades que teríamos que enfrentar só com o salário do meu noivo (pelo menos até eu me formar), a solidão que eu sentia na cidade dele, porque na cidade dele as pessoas são mais fechadas e não se comunicam, na cidade dele não se vê vida nas ruas, todo mundo só anda de carro e as crianças não brincam perto das casas, o clima lá também é muito seco e desagradável, tudo isso deprime a gente, até se acostumar a pessoa sofre. E aí, um dia, eu estava deprimida, tinha tido um sonho ruim, e pensei em morrer, em como seria bom morrer e deixar todos os problemas para lá... O meu noivo estava no trabalho e eu escrevi um e-mail para ele, falando em me matar. Eu dizia que era melhor eu morrer, que eu não aprenderia a ser uma dona de casa, que meu destino era morrer sem conhecer o amor, como a donzela do poema, e que isso era o melhor para ele também, porque ele poderia encontrar uma moça com mais juízo e menos tragédia e seria feliz com ela, e eu, eu seria só uma lembrança fugidia, uma sombra na cabeça dele, que de vez em quando o faria suspirar e pensar em como poderíamos ser felizes mas não seria verdade, a verdade é que seriamos infelizes juntos mas eu não poderia viver sem ele, seria infeliz sem ele também, então era melhor morrer e por isso eu iria me matar tomando remédio...

Eu realmente quis morrer. Mas você sabe, Júlia, eu nunca tento o suicídio para valer. Naquela vez que tomei muitas pilulas eu só queria mesmo dormir por vários dias, nas outras vezes me machuco, passo mal, mas não morro. E desta vez foi quase a mesma coisa. Eu sabia que se tomasse muitas pilulas poderia mesmo morrer, mas não tive coragem, eu fiquei só olhando o vidro na minha frente, pensando na morte, mas não tive coragem...

Foi quando meu noivo chegou apavorado. Ele saiu do trabalho e veio correndo para a casa, nem meia hora depois de eu ter mandado o e-mail. Ele estava com o e-mail dele aberto e leu na hora mesma que eu mandei. Ele chegou e correu para cima de mim com muito medo. me viu com o vidro de pilulas na mão e correu para cima de mim. Ele tomou o vidro e me perguntou se eu tinha tomado alguma.

- Você está bem? Está bem, querida? Você tomou alguma coisa? Você se sente bem?
- Sim, meu amor, estou bem, estou bem.
- Sim, você está bem, está bem, graças a Deus, está bem....

E ele me levou até a cama, eu pensei que ele ia me deitar lá mas não, ele se sentou na cama e me deitou de bruços no colo.

- Lembra do que eu disse que faria se você não largasse dessa brincadeira louca de querer morrer? Lembra?

Eu fiquei espantada, porque eu tinha dito para mim mesma que ele não iria fazer o que disse que faria, me dar palmadas. Então eu protestei.

- Querido, não faça isso, por favor, você me ama, não ama?
- Amo sim, muito, e por isso vou fazer isso.

E me deu uma grade palmada no bumbum. Eu estava de saia, e era uma saia fina e muito justa. Não seria uma proteção eficaz, e por isso a palmada doeu muito.

- AIIII... amor, não faz isso, isso doi!
- É para doer mesmo!

E ele continuou a dar palmadas: PLAFT, PLAFT, PLAFT...

- Sabe porque faço isso? - Ele disse enquanto batia: PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - é porque te amo! - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - e eu quero muito uma coisa - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT... - que você leve a sério quando eu digo que vou te dar palmadas - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT... - porque eu quero ter certeza - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - que você vai obedecer e se comportar - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - porque se eu mandar será sempre para o seu bem, entendeu? - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - você pode detestar isso - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - mas prefiro você me detestando e não querendo mais morrer, entendeu? - PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT.... - por isso eu vou te dar muita, mas muita palmada no seu bumbum, para você me levar a sério quando eu falar para você nem tentar mais morrer. E vai ser muita, muita, MUITA!!!

E tome palmada no meu bumbum: PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT...

Eu chorava, porque era muita dor, mas também muita vergonha. E a vergonha era maior porque eu sabia que tinha me comportado muito mal pensando tanto em suicídio e escrevendo besteira para ele e de certa forma merecia as palmadas.

PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT....

E ele acabou de bater... eu estava chorando. Eu acho que ele ainda ia me dar alguma ordem ou uma bronca, mas ele ficou com pena de me ver chorando. Então, ele me abraçou, me beijou, e disse:

- Essa minha noivinha maluquinha que quer morrer... mas agora não quer mais não, né?
- Nãooo... - disse eu, suspirando nos braços dele... o abraço dele é tão gostoso, e por incrível que pareça ficou ainda mais gostoso com as palmadas...

Aí, ele ficou sério, parou com o abraço, me olhou nos olhos e disse:

- Ainda bem que não, porque da próxima vez eu vou levantar a saia e abaixar suas calcinhas!

Eu olhei para ele com medo, porque eu sabia que ela falava sério e ia me dar palmadas mesmo com a saia levantada e sem calcinhas – e eu morreria de vergonha, além da dor!

- Eu sei que prometi que só veria seu corpo depois do casamento, porque você é uma moça séria que quer merecer o belo vestido branco que vai usar, mas se for para minha querida donzela parar de pensar em morte eu faço isso que falei! - ele disse, e me beijou, e disse mais: - eu te amo, querida, eu te amo, eu te amo... por isso que da próxima vez eu vou te levantar a saia e abaixar as calcinhas para te dar palmadas. Eu te amo e te respeito, e eu prometi que não veria seu corpo antes do casamento, mas nesse caso será para que no dia do nosso casamento o seu corpo esteja saudável, vivo e saudável. Porque eu te amo, te amo e te amo....

E ele me beijou e me abraçou de novo, ele realmente me ama muito e me respeita muito... mas ele falou sério, da próxima vez que precisar me dar palmadas ele levantará minha saia e baixará minhas calcinhas.

E o meu bumbum ainda está dolorido, aí.... nem quero mais pensar em tentar me matar de novo nem quero mais falar em morte... só de pensar em apanhar sem saia e sem calcinhas para proteger o bumbum das palmadas eu me arrepio toda de medo... e também tem a vergonha, nossa, homem nenhum ainda me viu nua... seria a maior vergonha da minha vida e pior que seria minha culpa.”

Ana Maria terminou a história, e ela e Júlia ficaram se olhando, pensativas. Depois de alguns minutos a Júlia falou:

- Sabe o que eu acho? Que seu noivo fez muito bem. Você tem que viver, suicídio é um pecado sem perdão. E falar nisso também é pecado. E você não iria sofrer sozinha, seu pai, sua mãe, seus irmãos, seus amigos... todos chorariam por você... seu noivo realmente te ama e ele quis proteger você de você mesma. E sabe o acho? Que ele tem toda razão.
- Eu também acho que ele tem razão, mas agora... agora eu não posso sentar direito! Já tem dois dias que não sento direito, que preciso de uma almofadinha para poder sentar!

A Ana Maria fazia beicinho enquanto esfregava o bumbum... do lado de fora, um passarinho cantava belamente. Aquela espécie de pássaro, segundo uma lenda da região, quando cantava na porta de uma donzela preste a se casar, era um sinal de felicidade no casamento.

Era uma família tradicional e meu pai sempre trabalhou muito em sua própria empresa. 

Quando menina, também era disciplinada ¨tradicionalmente¨ pelo meu pai, muito rígido com minha educação. Qualquer deslize, meu pai me colocava no colo e o chinelo descia forte na bunda. Sair sozinha só depois dos 15 anos e chegando as 8 da noite em casa. Um minuto de atraso, já sabia que meu pai estaria esperando sentado no sofá do seu escritório, ainda de terno. Nem me atrevia a dar uma palavra de justificativa, entrava direto pro escritório e já deitava no colo dele para ser ¨disciplinada¨como ele dizia. Eram palmadas com a mão e muitas chineladas também. 

Aos 17 anos, fui para um colégio de freiras, longe de casa e voltava aos fins de semana para casa. Depois entrei para faculdade e com emprego, praticamente esqueci que existia a casa do meu pai. Passei bem uns 15 anos longe e falando com meu pai por telefone e o vendo umas 2 vezes ao ano. Com o tempo fui percebendo que meu pai não era mais tão ¨durão¨ e as vezes falava de forma bem doce comigo. Eu pensava: é a idade chegando ...ele ficava sozinho em casa com os empregados, apesar de ainda trabalhar na direção de sua empresa. 

Ano passado fiquei sem meu emprego de mais de 10 anos. De uma hora pra outra precisei dividir o apartamento. P assei uns 3 meses procurando novo emprego e não consegui e não suportava mais dividir o apartamento naquele momento de stress com pessoas totalmente diferentes de mim. Cheguei ao fundo do poço e conversando com meu pai por telefone ele fez a proposta: 

¨Filha, venha passar uns tempos aqui, relaxe e tome novo fôlego para procurar um novo trabalho, afinal aqui você terá seu quarto e empregados e será um novo ânimo para mim também, que passo muito tempo sozinho quando volto da empresa¨. 

Estava tão fragilizada e cansada com a situação que liguei pro papai no outro dia e aceitei. 

Os primeiros dias na casa do papai foram só alegria e jantávamos juntos todas as noites e conversávamos muito. Estava me sentindo segura e de aconchegada de volta ao meu quarto, e agora mobiliado com ar condicionado, computador, armários embutidos, e tudo mais que papai tinha arrumado para minha estadia. 

Até que uma noite saí com uma amiga para o shopping e a última sessão do cinema. Cheguei em casa depois das 23h. 

Abri a porta bem devagar para não acordá-lo, passei pela sala de espera e entrei na sala maior. Para minha surpresa papai estava no sofá. Eu disse: 

- Boa noite papai, até agora acordado?
- Estava esperando pela senhorita. respondeu papai
- Não precisava se incomodar ... - disse isso um pouco sem graça por tirá-lo de sua rotina de dormir cedo.
- Não me incomodou em nada e não vai nunca mais incomodar, porque agora vamos definir algumas regras mocinha.

Fiquei pasma! e disse: 

- Ok!
- Pode vir até aqui que vou discipliná- la agora! disse papai
- Como disse??!! respondi eu, ainda pasma e sem acreditar no que ouvia. 

Papai se levantou, me pegou pelo braço e me puxou para seu colo. 

Fiqui sem ação! afinal, eu era ¨visita¨, tudo bem que sou filha, mas era ridículo uma mulher de 35 anos deitada no colo do papai para levar umas palmadas. 

E foi o que aconteceu. Eu comecei a gritar: 

- Me larga papai, esta louco?! 

E meu pai respondeu: 

- Filha minha, que mora debaixo do meu teto, me obedece! caso contrário esta será a primeira de muitas surras nessa bunda! 

Eu gritava: 

- Não faça isso papai, os empregados vão ouvir! . 

Enquanto eu fala ele levantava meu vestido e descia a mão com toda força na minha bunda repetidamente! Plaft, Plaft, Plaft .... eu gritava e pedia por favor: 

- Chega papai ! eu vou embora de casa se continuar! ... 

Mas nada adiantava, e pior, agora ele arriava minha calcinha! 

Aí comecei a gritar como louca... 

- Não! Nãooooooo!!! 

E ele dizia: 

- você é minha filha e não interessa que idade tenha, se não obedecer enquanto estiver na minha casa vai ter essa bunda surrada até aprender a obeder as regras, sabe que nunca adimiti filha minha chegando tarde em casa! 

E PlAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT .... 

E agora estava eu , uma mulher de 35 anos, de calcinha arriada, deitada no colo do papai, levando uma surra na bunda! E piorou quando papai falou: 

- Agora levanta e vai pegar o chinelo! 

Eu voltei a memória da infância e adolescência quando ele fala a mesma coisa. 

E lembrei também de como doía a surra com o chinelo. Era um chinelo de solado pesado de couro. Rezei para não ser igual, quem sabe ele resolvera mudar de marca .... 

Eu implorei 

- Não papai, chegaaaaaa, eu passo a obedecer!! 

Ele responde: 

- Tarde demais, devia ter pensado antes! Agora pega o chinelo, se demorar será pior! 

Levantei e corri ainda com a calcinha arriada e com a bunda ardendo, peguei o chinelo perto da mesa. 

Era a mesma marca! chinelo de solado de couro! estremeci só de ver o chinelo! 

- Se demorar apanha mais mocinha! disse papai. 

Corri e entreguei o chinelo na mão do papai e deitei rápido novamente em seu colo. 

Aí ele disse: 

- Você esta muito grandinha mocinha, vai apanhar como adulta agora! não é mais criança. 

Estremeci de medo! como seria apanhar como adulta? afinal era minha primeira surra agora adulta. 

- Fica de joelhos na poltrona! disse papai. Obedeci imediatamente. 

Ajoelhei e apoiei meu corpo no encosto da poltrona. 

Papai ordenou: 

- Empina essa bunda e começa a contar! 

E o chinelo desceu com toda força, queimando minha bunda! 

Gritei e contei: 1,2, 3 ....50, 51,52 ... já em lágrimas...sentia o chinelo como fogo, parecia rasgar minha bunda de tão forte ! ... 70, 71,72 ... chorando e contando já sem forças ... amoleci o corpo e ouvi a voz de papai ordenar: 

- Já não mandei ficar com essa bunda bem empinada? Se desobedecer apanha mais! 

Empinei a bunda o máximo que pude, de joelhos, apoiada nas costas do sofá. 

Chorava baixinho para não chamar atenção dos empregados. E continuou ... 85,86,87 ... sentia a bunda pegando fogo e cada chinelada parecia ser mais pesada que a outra ... sentia minha bunda amassando e pegando fogo! 

Enfim quando cheguei a 98,99, 100 ... pensei: acho que agora terminou! 

E tive a infeliz ideia de sair da posição. 

- Onde pensa que vai?!! Não se atreva a levantar enquanto eu não mandar!!! falou papai de forma severa! - Por esse atrevimento comece a contar novamente! 

Entrei em desespero e implorei: 

- Nãooo papai, chega!!!! não aguento mais e já aprendi a lição!
- Não aprendeu não, se estivesse obediente esperava eu mandar a senhorita sair da posição. Agora debruça no braço do sofá, porque quero essa bunda bem empinada sem eu precisar mandar. 

Já sem forças, deitei no braço do sofá, com a bunda pra cima. E acabei gostando da posição, porque já estava exausta e não precisaria mais ficar empinando a bunda ! E pensei: Será até quantas ele vai aplicar? 

Fiquei uns 10 min naquela posição ... papai sumiu, mas nem me atrevi a mexer um dedo para procurá-lo pela sala!mas foram minutos de alívio! Por fim, ouvi os passos voltando e estremeci e ouvi a voz do papai dizendo: 

- Fui ao seu quarto para pegar suas hawaianas e quero saber que bagunça é aquela no seu quarto??!!! 
- Eu, eu ... gaguejei sem ação!
- Nem tente se justificar, já vi que vai precisar apanhar muito nessa bunda até voltar para o eixo! Passou muito tempo fora e pelo visto desaprendeu tudo! e eu não vou poupar tempo nem esforço para te colocar na linha novamente. De agora em diante sempre que desobedecer ou não seguir as regras da casa, quem vai pagar a conta é a bunda!!! 

E recomeçou a surra com a hawaiana. O solado mais mole da hawaiana aliviou o ¨massacre¨, mas papai aumentou o ritmo das chineladas .... e PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT tão rápído, tão rápido que não dava para eu acompanhar contando !! comecei a chorar copiosamente e alto e comecei a espernear, estava quase insurportável!! 

Foi quando vi alguns vultos passando pela porta e pensei : são os empregados que levantaram para ver o que era .... quase morri de vergonha !!. 

Perdi as contas das chineladas, muitos rápidas e vigorosas !! Só ouvia os PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT .. das chineladas comendo minha bunda, sem intervalos !! 

Por fim, já totalmente sem forças, mole e arriada no braço da poltrona, nem chorava mais, as lágrimas só desciam, estava inerte, totalmente entregue! só sentia as chineladas comendo na minha bunda sem parar!! 

A essa altura minha bunda já devia estar uma bola vermelha de fogo! 

E continuava a surra: PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT !! 

Por fim, acho que depois de umas 200 chineladas em ritmo vigoroso, meu pai falou: 

- Levanta e vai para o banheiro tomar um banho e relaxar. 

Tomei banho e fui pro meu quarto, coloquei o roupão e olhei no espelho o estado da minha bunda, muito vermelha e inchada, parecia o dobro do tamanho normal da minha bunda de tão inchada e cheia de marcas muito vermelhas do chinelo. Estava tão exausta da surra, que deitei na cama super macia e dormi na hora. 

De manhã, acordei e tentei sentar na cama. Não tinha condições de sentar! minha bunda estava muito dolorida! me virei de bruços e coloquei o pé para fora da cama e tentei levantar sem sentar. Quando olhei no espelho levei um susto! 

Nem na minha adolescência (quando papai me disciplinava) eu tinha visto minha bunda naquele estado, totalmente deformada, enorme de inchaço , vermelha e amassada de uns lados e com manchas roxas e grandes espelhadas! 

Tinha sido um massacre! Eu pensei que, com a idade do papai, ele pegaria leve ... mas parecia que ele tinha se especializado naquilo e continuava com todo vigor e mais força ainda! 

Na hora fiquei com raiva e resolvi arrumar minhas coisas e ir embora. 

Quando sai do quarto, meu pai me chamou com uma voz doce e carinhosa: 

- Filha, vem tomar o café da manhã! 

Quando entrei na saleta da cozinha, a mesa estava linda, com as frutas que eu gostava, café forte como eu gosto e a empregada fazendo omelete na cozinha. ... aquele cheiro me trazia tantas lembranças ... que eu me rendi ... meu pai já estava de terno, super alinhado e parecia revigorado e super bem disposto! Levantou e pegou uma almofada e colocou sobre a cadeira que ia sentar. Eu sentei lentamente, e vi a empregada olhando meio ¨sem graça¨ , provavelmente ela e o marido (caseiros e empregados) que passaram na porta e ficaram vendo tudo na noite anterior.... Meu pai falou: 

- Filhinha querida, papai vai trabalhar e você tem o dia inteiro para fazer o que quiser ... a noite esteja em casa para o jantar! Não esqueça de arrumar seu quarto! A noite, papai vai trarei um presente que encomendei agora pela manhã para você ! 

Se levantou e me beijou carinhosamente na testa e alisou meu cabelo com carinho .... me lembrei dele fazer isso quando eu era pequena ... Bem, eu continuo sem emprego e confesso que não estou fazendo muita força para encontrar ... e as vezes chegou um pouco mais tarde em casa e ...já vou direto para o colo do papai e depois pego o chinelo ... não me incomoda mais levar umas surras na bunda, já me acostumei e confesso que gosto dos mimos do papai no outro dia. 

E assim eu e papai continuamos ... sei que ele faz isso por amor e zelo comigo.

A Valkíria mora muito longe daqui. E eu acho isso bom, porque odeio ela. Claro, se eu quiser eu posso encontrá-la facilmente, e muitas vezes eu vou atrás dela para encher seu bumbum de palmadas. Mas agora eu não quero. Agora eu quero só contar minha história.
Eu a detesto porque um dia eu a amei muito. E em troca ela me manipulou, me usou, e acabou com minha vida. Já o pai dela é hoje o meu único amigo. E dizer que eu o odiava antes! Bem, se alguém ainda é capaz de amor nessa história é o pai dela. Mas que história, o leitor deve estar se perguntando. Bem, vamos contá-la.
Tudo começou quando eu vi Valkíria pela primeira vez. Ela ficava na janela de sua casa, olhando a rua, com tristeza... eu era só um carteiro que sempre via a moça triste olhando a janela. Eu era um carteiro caipira e muito bobo, e pensava muito naquela bela moça triste na janela.
Pois um dia eu entregava as cartas na casa dela e ela estava no portão. Então, ela aproveitou e pegou as cartas antes que eu as colocasse na caixa. Ela me agradeceu e entrou na casa. De perto, ela era ainda mais bonita. De noite, eu sonhei com ela. O começo da desgraça.
E por duas ou três semanas eu passei a encontrá-la todos os dias no portão. Eu entregava as cartas para a Valkíria, e sempre tinha vontade de conversar com ela. Mas eu nunca tinha coragem.
Até que um dia a Valkíria não apareceu no portão. Eu estranhei, mas coloquei as cartas na caixa. Por alguns dias, ela não apareceu. Depois, ela apareceu de novo, mas não ia até o portão, ficava triste na janela, olhando para rua, e eu me comovi ainda mais do que antes.
Então, ela voltou para o portão, a me esperar para pegar as cartas. Foi quando tivemos a primeira conversa.
- Oi moça, me desculpe, mas... qual o seu nome?
- Valkíria. E o seu?
- Chico. É que eu queria perguntar uma coisa...
- O que?
- É que... você parecia muito triste, olhando a rua da janela... eu queria saber o motivo, porque eu talvez possa fazer algo para ajudar... me desculpe a intromissão.
- Não, é que... a Valkíria baixou os olhos, envergonhada... desculpe, Chico, mas eu não quero falar nisso agora, desculpe...
- Tudo bem, Valkíria, eu que peço desculpas pela intromissão.
E ficou assim, eu ainda mais curioso e ainda mais apaixonado. A Valkíria é esperta, e eu achava ela uma pobre menina sofrida... como ela me enganou direitinho...
No dia seguinte, lá estava ela no portão. Com uma expressão triste, meio envergonhada, mas estava ela lá, pronta para receber as cartas. E no outro dia, e mais um outro, e outro... por umas duas semanas, mais ou menos, ela estava lá, pronta para pegar as cartas na minha mão.
E um dia, sumiu de novo. Por alguns dias, esteve sumida. Então, depois de uns dias, eu a vi novamente na janela. Ela olhava para o horizonte, triste, triste... eu, cada vez mais comovido, e cada vez mais envolvido, não conseguia pensar em nada que não fosse Valkíria. Ela estava em meus sonhos, em minhas visões, em meus delírios. Então, novamente ela voltou ao portão para pegar as cartas na minha mão, e tivemos a segunda conversa.
- Oi Valkíria.
- Oi...
- Eu vi você na janela nesses dias todos... eu não quero ser rude, mas é que... 
- O que?
- A sua tristeza, Valkíria... sua tristeza me incomoda, me desculpe. Por favor, tem certeza que não posso fazer nada?
- Não, Chico, não pode... desculpe, eu sei que você só quer ajudar, mas é que... não posso te contar.
- Por que não, Valkíria?
- Porque tenho vergonha...
E ela correu para dentro da casa, com as cartas que eu tinha entregue. Eu fiquei a imaginar o que seria, o que envergonhava tanto assim a pobre moça?
No dia seguinte, como sempre, eu fui até o portão, entregar as cartas. E eu, besta que sou, pensei que a Valkíria iria se abrir comigo. Foi quando ela me enganou de vez! Mas enfim, a Valkíria estava no portão me esperando para pegar as cartas e me fez um sinal para eu me aproximar.
- Chico...
- Sim, Valkíria, o que foi?
- Eu não deveria estar falando com você... mas é que ás vezes é difícil guardar isso para mim...
-  Fale, querida (foi a primeira vez que eu, idiota que sou, chamei ela de querida...), desabafa, estou aqui para isso.
- É meu pai..
- Seu pai?
Então pensei numa coisa estranha: eu nunca tinha visto o pai dela, nem sabia que ela tinha um pai... aliais, eu nunca tinha visto ninguém naquela casa além dela. Mas alguém deveria ser dono daquela mansão isolada e distante do centro da pequena cidadezinha onde eu vivia. Ela não tinha cara de ser dona do local, muito menos de trabalhar para mantê-lo. Mas eu nunca tinha pensado nisso, obcecado pela moça e sua triste beleza, que me cativara tão profundamente...
- Seu pai... sim, todo mundo tem um pai, então você deve ter um também... mas o que tem ele?
- O meu pai... ele não me deixa sair dessa mansão, Chico. Ele não me deixa falar com nenhum homem, ele espanta todos os homens que tentam se aproximar de mim, e ele me bate...
Eu ouvia, ela falava de um jeito tão triste e tão sincero... e eu era tão bobo... ouvia chocado e impressionado o que a pobre moça me contava...
- É tão triste, Chico... e tão humilhante...
- Valkíria... 
- Eu tenho medo dele descobrir que converso com você, Chico. Por isso eu ás vezes te evito...
- Valkíria, meu amor... ele te machuca, ele te deixa ferida?
- Não, Chico, ele não me fere com gravidade... não fale disso, são muito vergonhosas para mim essas lembranças...
- Sim, imagino... pensar no seu rosto tão lindo, machucado...
A Valkíria pôs as mãos nos olhos, envergonhada, e disse para mim:
- Não, Chico, é isso o mais humilhante, não é no rosto que meu pai me bate...
Disse, e saiu correndo para dentro da casa.
Eu fiquei chocado e ao mesmo tempo fascinado com o que ouvira. “Será que eu entendi bem?”, eu pensava. “Será que essa moça tão meiga, tão fina e já adulta, será que ela ainda apanha no bumbum? Será que foi isso mesmo que a Valkíria quis dizer quando disse que não apanha no rosto e por isso é tão humilhante? Será que o pai dela é um tirano tão rude ou tão louco assim?”
Pensava, e segui meu caminho perdido com esses pensamentos. Eu tive por vários dias a visão da Valkíria com a saia levantada e as calçolas abaixadas, deitada no colo de um velho grande, forte e rude, como eu imaginava o pai dela, que lhe dava palmadas e mais palmadas... e a pobre moça, chorando um pouco de dor mas muito mais de vergonha. Coitadinha, eu pensava... eu era um bobão.
Nos outros dias, eu não vi a Valkíria no portão. Eu a vi uma vez na janela, e fiquei a observá-la. Mas quando ela me viu, ela cobriu o rosto com as mãos e se afastou, envergonhada. Ela devia saber que eu pensava nas palmadas que seu pai dava no bumbum dela.
Um dia, eu estava me preparando para entregar as cartas quando bateram à minha porta. Era um senhor de cabelos brancos mas ainda digno e saudável, que hoje é o meu melhor amigo. Ou melhor, meu único amigo. Mas naquele tempo era um desconhecido que me provocava antipatia, pois eu logo imaginei que deveria ser o homem que surrava o bumbum da minha amada.
- Bom dia, senhor...
- Bom dia. Sou o pai da Valkíria. Eu vi que ela anda conversando com você. Pois eu digo que é melhor você não dá mais atenção à ela. Evite minha filha. Não fale com ela. Sequer olhe para ela. Se topar com ela no portão, ignore-a. Ela não deve falar nem com você nem com homem nenhum. Eu gostaria de poder explicar tudo, mas você não acreditaria. O que posso fazer é te alertar e tentar impedir que ela continue a tentar te seduzir.
Eu não entendia a situação. Tudo aquilo era muito confuso para mim. Então, esse homem era o carrasco da minha amada, que não admitia que nenhum homem se aproximasse dela? Pensar nisso me deu coragem para dizer:
- Desculpe, caro senhor, mas é verdade que você bate nela?
Eu não tive ainda coragem de perguntar se era mesmo no bumbum que Valkíria apanhava do próprio pai, embora não pudesse deixar de pensar naquele senhor com a Valkíria deitada de bruços no colo dele, com o bumbum despido, levando palmadas humilhantes e dolorosas.
Ele suspirou e balançou a cabeça antes de responder.
- Você acha que eu sou o monstro e ela é a coitadinha nessa história, não acha? Pois está enganado. Você não sabe de nada. Se afaste dela, eu te digo. Será pior para você se não seguir meus conselhos.
E ele se foi, me deixando ainda mais confuso. O pai da Valkíria não parecia ser ciumento, mas o que ele me disse não tinha sentido para mim. Seria ele um louco? Ou talvez a louca fosse a Valkíria? Ou eu, quem sabe?
Fosse como fosse, eu ainda tinha que trabalhar, e fui entregar as cartas na mansão que ficava afastada da cidadezinha onde eu morava, a mansão sinistra onde Valkíria era uma prisioneira humilhada pelo próprio pai. Eu a encontrei no portão, e vi que ela tinha chorado. Eu me apaixonei ainda mais, o que eu não imaginava ser possível.
- Chico, oh chico...
- Valkíria...
- Meu pai me bateu de novo, Chico, por sua causa. E eu chorei de vergonha, chorei até agora.
A Valkíria cobriu o bumbum com as mãos e se acariciou por cima da saia, o que confirmou o que eu imaginava, que ela ainda levava palmadas do pai. Me senti comovido, revoltado e ao mesmo tempo excitado, obcecado pelo bumbum vermelho dela, como um louco apaixonado.
- Chico, eu não posso mais suportar isso. Por favor, me ajude a fugir daqui. Isso é muito humilhante e doloroso. Meu pai não me deixa viver, eu quero viver. Quero levar uma vida de moça normal. Por favor, Chico, me ajude a sair daqui.
- Claro, Valkíria, claro, hoje eu vou tentar entrar aí e tirar você.
- Chico, venha de noite, o papai não te verá se você vier a noite.
- Sim, querida, sim, eu virei de noite. Virei com uma pá e cavarei um buraco para você passar.
- Chico, traga duas pás, assim eu cavo por dentro e você por fora, e será mais rápido.
- Sim, querida, farei isso.
E lá estava eu, de noite, como idiota, cavando um buraco debaixo da cerca da casa da Valkíria. Ela, cavando por dentro, tirava mais terra do que eu, como se fosse duas vezes mais forte, mas eu não percebi isso na ocasião, obcecado que estava em tirar o máximo de terra possível. Quando terminamos, ela se arratou pelo buraco, saindo assim da casa do pai dela, e ainda suja de terra me abraçou e me beijou. Eu me sentia um cavalheiro que tinha acabado de salvar uma donzela.
- Chico, você é maravilhoso!
- Valkíria, eu te amo. Te amo...
- Vamos sair daqui, querido, meu pai não pode nos achar.
- Tem razão, vamos correr.
E corremos para longe. Eu ainda não sabia para onde levaria minha amada. E ela correu na minha frente. Corremos de mãos dadas até um bosque, onde paramos para tomar folego. Mas Valkíria não parecia estar cansada.
- Será que meu pai nos achará aqui, Chico?
- Por enquanto não, mas ele sabe onde moro, deverá ir até minha casa. Vamos pensar em um lugar para você ficar, até podermos morar juntos...
- Mas por enquanto estamos sossegados aqui?
- Sim, por enquanto....
- Oh, Chico!
E Valkíria me abraçou, depois me beijou... depois, ela começou a lamber meu rosto, e meu pescoço... aquilo me agradava até que senti uma mordida.
- Ai, Valkíria, o que é...
Mas ela, a maldita, não me respondeu. Mordeu com mais força, e com tanta força apertou meu pescoço com os dentes que não tive voz para gritar. Quando ela parou, olhou para mim, e eu vi, apavorado, que sua boca estava suja com meu sangue, seu sorriso cínico mostrava longos caninos, e ela olhava para mim com gula e maldade. Foi a última coisa que eu vi vivo, pois logo ela enfiou novamente os dentes em meu pescoço e eu desmaiei, e depois morri.
Eu morri, mas não permaneci inconsciente por muito tempo. Logo acordei na casa do pai da Valkíria, que olhava para mim com tristeza.
- Eu bem que te avisei... não pode me acusar de não ter tentado te avisar.
- Você... o pai da Valkíria...
- Sim, essa é a minha sina.
Por dentro, a mansão do pai da Valkíria é ainda mais sinistra. Bela, bem decorada, com belos quadros, mas tudo em tons escuros... era de noite, e estávamos à luz de velas.
- Amanhã, de manhã... eu... voltarei para minha casa...
- Não, você ainda ficará por aqui pelo menos por uns dias. Você precisa se fortalecer. Aí, poderá sair pelo mundo, atrás de um lugar onde possa ficar em paz. Não se preocupe, isso é mais fácil do que você talvez pense. Mas o fato é que nessa cidadezinha você não poderá ficar. Esqueça os seus conhecidos, você não os verá mais.
Aos poucos, eu voltei a ter noção de mim e de onde eu estava, mas ainda não entendi o que tinha me acontecido. Me lembrei das mordidas da Valkíria, pedi um espelho ao pai dela pois queria ver o quanto meu pescoço estava machucado.
- Você não vai gostar do que verá no espelho, Chico. Esse é seu nome, não é?
- Meu pescoço está tão mal assim?
- Não, ele já cicatrizou. Estava muito feio há meia hora atrás, mas agora está normal, ninguém percebe. Mas isso você também descobrirá por si mesmo.
- Quero um espelho.
- Bem, eu te darei... mas lembre-se de que foi avisado.
E ele me mostrou um espelho na sala. Eu via refletindo nele toda a sala, mas não me via. O pai da Valkíria andou até o meu lado e apareceu no espelho, e eu o via no espelho mas não me via.
- Como é isso, eu não me vejo no espelho?
- Não, e também deve evitar o dia. Você sabe, a Valkíria só o via no portão porque lá no portão uma grande arvore faz sombra e a protege do sol. Mesmo assim, ela fica fraca durante o dia, como todos os vampiros quando não estão dormindo. Tanto que pediu para você aparecer a noite.
- O que você quer dizer com tudo isso? Que loucura é essa?
- Meu Deus, você demora mesmo para entender as coisas, hein Chico. A minha filha é uma vampira e ela te transformou em um vampiro. Eu tentei te avisar. Mas não podia dizer que a Valkíria queria te seduzir para sugar seu sangue, você não acreditaria. Bom, agora é tarde.
Eu ouvia, mas não acreditava. Mas então, senti vontade de beber sangue, lambi meus dentes e, apavorado, senti que tinha dois grandes caninos, pontiagudos a afiados, como se eu fosse um feroz animal. O pai da Valkíria parecia estar lendo meu pensamento, pois ele disse:
- Logo mais te trarei sangue de vaca. Aqui na minha casa você pode contar com sangue de animais para se nutrir. Eu crio cavalos, gado, porcos, galinhas e cachorros. Minhas filhas não precisam de sangue humano. Mas elas são más e preferem sangue humano.
- Filhas?
- Tenho sete filhas. Todas são vampiras. Eu fiz um pacto e me tornei feiticeiro poderoso, mas tive que pagar um preço: eu e minha mulher concordamos em reencanar sete maus espíritos que se tornaram vampiras. Tenho tentado proteger inocentes como você, mas isso é difícil. Me tornei criador de animais por causa delas, sabe? Mas elas acham o sangue humano mais saboroso...
- Onde está Valkíria?
- Você quer vê-la? Eu vou chamá-la. Mesmo porque eu ainda não a castiguei pelo que ela fez com você.
Ele chamou Valkíria, que apareceu, andando devagar, empinada, provocante... bem diferente da donzela frágil que me provocou tanta pena no portão.
Quando ela me viu, sorriu.
- Você era mais belo vivo, Chico. Agora, pálido desse jeito, parece um cadáver... sim, agora você é um. Mas não precisa parecer.
- Valkíria, você sabe o que vou fazer com você, não sabe? - disse o pai dela.
- Eu sei, pai. Mais uma das suas ridículas surras de palmadas no meu bumbum.
- Ainda bem que sabe, o Chico verá, ele tem muita raiva de você... e pelo jeito não é só uma raiva que se resolve com palmadas no bumbum, essa raiva do Chico.
De fato, eu já odiava Valkíria. Ainda não tinha vivido uma vida de vampiro, com tudo de ruim que tem uma vida de vampiro, mas já odiava Valkíria, no mínimo porque ela me fizera de tolo.
De repente, o pai da Valkíria me perguntou:
- Você não gostaria de dar na Valkíria a surra no bumbum que ela merece, Chico?
- A Valkíria merece 1000 surras de muitas palmadas no bumbum!
- Certo. Hoje, você dará uma. Depois, quando não tiver nada melhor para fazer e tiver tempo livre, as outras 999...
- Você fala sério?
- Você terá a eternidade para descobrir, vampiro Chico.
Como eu ainda me mostrasse surpreso, o pai da Valkíria disse mais:
- Chico, não se preocupe. Sua vida de vampiro será muito ruim. Você ainda terá raiva da Valkíria por muitos anos. Prefiro que possa descarregar essa raiva dando umas palmadas nela de vez em quando. Não se preocupe. Você terá toda eternidade para isso.
E então olhei para Valkíria, pensando nas palmadas que daria nela, já que tinha a permissão de seu pai. Nem sombra da donzela frágil que tanto tinha me comovido e me encantado no portão de sua mansão, Valkíria agora sorria cínica para mim. 
- Valkíria, não há nada que você queira me dizer agora?
- Há, sim, Chico. O seu sangue era delicioso. Eu me fartei dele. Bebi todo. Todinho...
Eu pulei nela, e comecei a lhe bater no bumbum. Com fortes palmadas no bumbum. A maldita vampira, como eu a odiei naquele momento.
O que me deu muita vontade de surrar o traseiro da vampira foi ver que ela sequer tinha consideração pela paixão que senti por ela. Para Valkíria, foi apenas um jogo, ou menos que um jogo, o prazer de roubar o sangue de um ser humano. Mas para mim, seria uma dor que duraria toda eternidade.
Por isso, bati forte, sem dó.
Eu nem mesmo cumpri o ritual que se costuma fazer nesses casos, levantar a saia e abaixar as calçolas da moça que deve ser castigada: rasguei o tecido com as mãos, com uma força que eu atribui a fúria que me possuiu, mas depois eu soube que era da natureza dos vampiros, somos duas ou três vezes mais fortes que um homem normal.
Mas enfim, eu rasguei a saia e as calçolas dela, e a deitei de bruços, com o bumbum de fora, no meu colo. Era um belo bumbum, redondo, liso, e grande. Quando ela aparecia no portão, mesmo com uma grande saia, eu podia ver como o bumbum dela era grande e redondo. Mas eu nunca poderia imaginar como seria belo o bumbum dela, despido. Hoje, tendo encontrado tantas mulheres e moças em minha vida de vampiro, eu posso dizer que ainda não encontrei bumbum mais bonito que o da Valkíria. Igual, há muitos. Melhor, não.
Eu posso dizer ainda que ajudei o bumbum da Valkíria a ficar ainda mais bonito, pois logo comecei a dar fortes palmadas que deixaram aquele bumbum vermelho, bem vermelho. Será por causa das palmadas que o bumbum dela não pegava celulite? Dizem que muitas surras ajudam a deixar um traseiro bem feito, redondo e bonito. Bem, eu sei que a Valkíria apanhou e ainda apanha muito do pai, de mim e de outros vampiros, porque eu não sou a única vítima de suas artimanhas. Devem ter sido as palmadas que fizeram o bumbum da Valkíria um bumbum bem bonito. Eu tenho curiosidade de saber se os bumbuns das irmãs dela também são belos. Devem ser, porque todas as sete vampiras apanham muito no traseiro, pelo que sei.
Foi a primeira surra que dei no bumbum da Valkíria, e devo ter sido um pouco desajeitado. Mas bati forte, com vontade. Eu queria minha justa vingança. Aquela vampira não merecia viver. Eu só não fazia coisa pior do que umas palmadas porque o pai dela só me deu permissão para isso. Mas eu aproveitei bem a permissão do pai, isso aproveitei. E bati, bati, bati...
Ainda me lembro da cena, a primeira surra é sempre inesquecível. Cada golpe meu com a mão deixava o contorno dos cinco dedos, bem vermelho, naquele traseiro branco. Mesmo quando toda o bumbum da Valkíria se avermelhou, mesmo assim, minhas palmadas deixavam as marcas dos meus dedos naquelas duas massas redondas de carne lisa e bem distribuída que era o bumbum da Valkíria. E bati, e bati.
No começo, ela parecia desdenhar minhas palmadas, manteve um sorriso cínico apesar da dor por alguns minutos. Mas depois, seu rosto frio e entediado começou a fazer caretas de dor, caretas que se tornavam cada vez mais frequentes... não foi uma surra breve, eu estava com raiva, e mesmo com ódio, e queria ter certeza que bateria o máximo que poderia bater naquele bumbum redondo e liso. Quem sabe quando eu teria outra chance? Queria ter certeza que aproveitaria bem a ocasião, e deixaria a maldita vampira sem poder sentar direito por vários dias ou até semanas.
Quando acabei, eu deixei a Valkíria se levantar do meu colo. A surra foi tão forte que ela demorou ainda por um momento, pois certamente doía em seu traseiro quando ela mexia as pernas. Foi quando senti minha mão dormente. A fúria tinha me servido como estimulante mas também como um narcótico, de forma que enquanto bati nela eu não tinha percebido as câimbras em minha mão. Mas agora, aliviado pelo menos temporariamente do meu imenso ódio, eu senti que precisava massagear meu braço, meu pulso e minha mão, o que fiz, enquanto contemplava Valkíria, que olhava para mim com imenso ódio reprimido, mas tentando mostrar superioridade.
Ela me encarou por uns minutos, senti grande ódio em seu olhar. Pareceu que ela iria falar e achei que provavelmente diria algo desdenhoso, que pudesse me provocar... mas ela ou não pensou em nada ou pensou, mas teve medo de apanhar mais e guardou para ela. Então, se virou e foi para seu quarto. Ela ainda estava com o bumbum de fora, e eu pude ver totalmente o resultado das minhas palmadas: ele estava totalmente vermelho e inchado, as marcas do meus dedos se confundiam com vários hematomas. Sim, Valkíria teria dificuldade para se sentar sem uma almofada pra proteger seu bumbum por vários dias.
O pai dela me ofereceu um óleo para massagear meu braço e minha mão. Era um bom óleo refrescante, e eu realmente precisava. Depois, discutimos alguns assuntos relevantes. Eu estava morto, como estou até hoje, enquanto escrevo essas linhas, e era preciso que meu corpo fosse encontrado. Como vampiro, eu não poderia ter uma existência normal e minha família e meus amigos precisavam saber que eu morri, pelo menos para não perderem tempo nem correrem riscos me procurando. Eu eu e o pai da Valkíria fizemos com que encontrassem meu corpo morto na estrada, como se tivesse sido atacado por um animal, o que acontecia com frequência naquela cidadezinha besta onde eu morava. Meu enterro não atraiu muita gente, eu era um moço tímido e não tinha muitos amigos, e minha família também não era muito grande. Depois, eu fui correr o mundo. O pai da Valkíria tinha razão, arrumar um lugar onde eu pudesse ficar em paz foi mais fácil do que pensei. Hoje, eu vivo incógnito, numa casa abandonada perto de Curitiba. A qualquer hora, alguém vai demolir essa casa. Mas isso ainda deve demorar um bom tempo, e já tenho outro lugar preparado para quando eu precisar sair. Vocês já devem ter ouvido falar do Vampiro de Curitiba, não? Na verdade, são quatro vampiros, e eu sou um deles. Quando não estamos caçando mocinhas curitibanas, passamos o tempo jogando baralho.
Como o pai da Valkíria disse, é uma existência miserável e tediosa. Eu posso andar na rua durante o dia, mas tenho que evitar a luz do sol diretamente sobre mim. Por isso, dou preferência aos dias chuvosos e nublados, felizmente frequentes em Curitiba. Na estação seca, eu viajo para o exterior.
Eu perdi o paladar quase que completamente: não sinto o gosto da carne, nem das massas, nem das frutas, nem de nada, a não ser o do sangue. O sangue humano é o mais saboroso, e o sangue das virgens é o mais saboroso de todos, mas o sangue dos animais também serve.
Não tenho prazer no ato sexual. Nós, vampiros, podemos dar prazer as mulheres de várias formas, e usamos essa habilidade para atrair moças inocentes e beber seu sangue, mas nós mesmo não temos prazer. Isso é lastimável.
Devo dizer que eu mesmo não gosto de seduzir moças para beber o sangue delas. Só fiz isso cinco vezes em mais de quatrocentos anos de vida de vampiro, e em todas essas vezes as moças estavam doentes, portanto condenadas a morrer de qualquer forma. Eu contei a elas que poderiam existir na terra por mais algum tempo, mas que teriam que virar vampiras e teriam uma existência muito limitada pelas fraquezas dos vampiros. Elas entenderam a situação muito bem, e aceitaram. Mesmo assim, todas ficaram com raiva de mim quando viram o que era a vida de uma vampira que só pode ter prazer sugando sangue dos outros até matá-los. Duas superaram esse sentimento e se tornaram minhas amigas. Sem muitas intimidades, é verdade, mas amigas. Mas as outras não querem falar comigo até hoje.
Quatrocentos anos.... sou vampiro há quatrocentos anos... eu disse que o único prazer de um vampiro é sugar o sangue de suas vítimas, humanos ou animais? Bem, eu errei. Temos alguns prazeres intelectuais também. Por exemplo, eu aprendi e me lembro bem de 80 línguas, o que me é muito útil, pois vivo viajando pelo mundo, tentando esconder minha condição de vampiro. Outro prazer intelectual que tenho é conversar com alguns amigos muito inteligentes e cultos, como por exemplo o pai da Valkíria. Nós nos encontramos algumas vezes, o velho feiticeiro é um homem muito culto de fato, e é um prazer conversar com ele.
Falando na Valkíria, outro prazer que tenho é dar palmadas no bumbum dela quando fico muito chateado com minha condição de vampiro. Ela não gosta, ela detesta apanhar no bumbum, inclusive porque eu não sou de bater pouco, pelo contrário, eu “pego pesado” nas palmadas, como dizem aqui no Brasil. Nesses quatrocentos anos eu surrei outros bumbuns, e isso me ajudou a aprimorar a técnica de surrar uma moça que merece palmadas. A Valkíria não pode fazer nada: eu tenho permissão do pai dela, o velho feiticeiro, e, por causa de um encanto do pai, a Valkíria se vê impotente para reagir quando eu a surro.
Eu ainda a odeio. Eu não merecia se tratado como ela me tratou, o meu amor era sincero. Se pelo menos ela mostrasse algum remorso! Mas não, ela só sente prazer quando se lembra do meu sangue que ela bebeu, o fluido vital que me garantia a vida... ela poderia ter me deixado um pouco para poder seguir vivendo. Mas ela sugou tudo, pois não queria perder a chance de se regalar com um delicioso sangue humano de um carteiro da roça.
Eu me lembro quando conheci um homem que era neto de uma moça que queria namorar comigo, naquele tempo. Um homem muito simpático, maravilhoso, que vinha de uma grande e feliz família. Eu poderia ter vivido a felicidade que o avó dele viveu. A moça teria se casado comigo, se Valkíria não tivesse me matado. Quando eu pensei nisso, meu ódio pela Valkíria surgiu de novo com toda força, como se fosse um vulcão voltando a atividade. E eu fui até a casa do velho feiticeiro, o pai da Valkíria, para matá-la. Mas o pai dela só me deu permissão de dar palmadas no bumbum dela de novo.
Nesses quatrocentos anos, eu dei palmadas na Valkíria umas 100 ou 150 vezes. Muito pouco, em troca do que ela me fez. É a minha opinião, e o pai dela concorda. Mas enfim, como um vampiro eu tenho toda eternidade para acertar contas com ela.

- Ah não, não, não... eu quero muito ir para a festa da Emily.

- Não podemos deixar, senhorita Paris, temos informações de que é perigoso.

- DROGA!

 

E Paris, filha de Michael Jackson, saiu pisando fundo e batendo a porta.

 

Pobre adolescente rica... Paris era órfã desde os 13 anos, idade em que as filhas idealizam todos os pais, bons ou maus. E Michael Jackson tinha sido até um bom pai. É verdade que poderia ter participado mais da vida dos meninos, afinal ele estava em turnês pelo mundo afora na maior parte do tempo, mas isso era mais do que compensado pela maneira de aproveitar o tempo que passava com eles.

 

E depois... bem, ele morreu. Paris chorou, sofreu muito nos primeiros meses, depois se recuperou. Mas nunca, nunca mesmo, superou a saudade do pai. Que pai seria ele, hoje? Será que ela precisaria de um batalhão de guarda-costas a vigiá-la e a vigiar todas as amigas dela? Será que Michael Jackson aprovaria ou até exigiria esse batalhão de chatos que inibiam todos os seus movimentos, que limitava sua vida social, que decidia para onde ela podia ou não podia ir?

 

Tudo por causa de uma batida policial alguns meses atrás! O FBI tinha descoberto, numa tocaia a um grupo terrorista árabe, um plano para sequestrar várias celebridades milionárias, pedindo resgaste. E Paris era uma dessas celebridades. Os terroristas tinham todos os dados, onde ela ia, quem eram suas amigas, a que horas saia e chegava em casa, como ela ia à High School, etc. 

 

Daí, o FBI exigiu que Paris e outras celebridades ficassem sob segurança máxima. O advogado da família Jackson convenceu o FBI a permitir que Paris tivesse segurança particular, o que seria mais ameno. Mas ele teve que prometer que a filha de Michael Jackson diminuiria sua imensa e badalada vida social, pelo menos até que alguns terroristas fossem presos.

 

Paris era uma good girl, como dizem nos EUA, mas gostava muito de festas, de dançar. Para ela, ir a quatro festas por mês em vez das oito a que estava acostumada, e deixar de ir a shows e danceterias era muito difícil. Por isso, se tornou um tanto rebelde, bebendo às vezes e arrumando algumas confusões com as amigas dela. Depois, na manhã seguinte, ela sempre se arrependia, mas depois do arrependimento voltava a vontade de sair como antes, aproveitando a juventude, como todos faziam...

 

Bem, agora ela tinha que ficar em casa. “Mas tudo bem”, Paris dizia para si mesma, “eu tenho um plano”. Ela vestiu sua camisola, e deitou-se para dormir. E ela sonhou...

 

* * *

 

Paris sonhou que estava num grande teatro vazio, e no palco Michael estava em pé, com um microfone na mão. Quando ele a viu, ele disse:

 

- Venha para cá, filha!

 

Filha... Paris se sentia estranha, sendo chamada de filha por um homem que era uma lenda... tinha muita saudade dele. Paris sempre achara que era por tê-lo perdido cedo e por ele ser uma celebridade endeusada que ela amava muito seu pai. Mas agora ela sentia que não era isso. Era porque sentia que seu pai era um homem bom. Ela sempre sentira isso. Ele amava de verdade os filhos, e amava de verdade Paris. Ele era um bom homem.

 

Paris foi até o palco, e andou até seu pai. Michael a abraçou e a beijou na testa, e começaram a conversar.

 

- Querida, como você tem passado esses anos todos?

- Bem, papai. Mas tenho saudade.

- Eu também filha. Mas eu te visito em sonhos, sabia disso?

- Não, não sabia, mas agora... agora eu estou me lembrando que já sonhei com você, sim.

- Eu tenho tentado te ajudar, minha filha, tenho cuidado de você.

 

Paris se sentiu confortada e protegida. Mas Michael Jackson também disse?

 

- Por isso, minha filha, estou muito triste com você hoje.

- Triste, papai? Mas por que?

- Porque eu sei que você está pensando em enganar seus seguranças e fugir da nossa mansão no meio da madrugada, e por isso você resolveu dormir à tarde.

 

Paris olhou para o lado, meio emburrada, como uma menina que percebeu que não vai ter uma coisa que queria.

 

- Por isso eu vim hoje, filha, para dizer que você não vai fazer isso.

- Mas papai...

- Nada de mais, você não vai.

- Ah, vou sim, eu quero me divertir.

- Filha, sua diversão vale mais que sua vida?

- Mas...

 

Paris ficou de braços cruzados, emburrada. Michael Jackson ficou balançando a cabeça, com tristeza.

 

- Bem, minha filha, eu não acredito que sua diversão vale mais do que sua vida. E vejo que te faltou disciplina. Terei que ser duro pela primeira vez? Não quero fazer isso, mas você com suas atitudes me obriga... Sempre viajei muito, e quando estava com meus filhos sempre preferi brincar com vocês a educá-los... mas agora é questão de vida ou morte e em questão de vida ou morte eu não posso relevar sua teimosia, minha querida. 

- O que você quer dizer com isso, pai?

- Que terei que dar palmadas em você, filha.

 

Do nada, surgiu uma cadeira sem braços, e Michael Jackson se sentou nela. Paris tentou se afastar, mas seu pai foi mais rápido e a puxou com força, fazendo-a deitar-se de bruços em seu colo.

 

- Papai, o que é isso, o que... ai!

- Paris, eu nem mesmo levantei sua camisola... e nem vou levantar, porque não acho certo que minha filhinha mostre o bumbum para alguém... mas umas palmadinhas vou dar sim.

 

Michael Jackson, com efeito, desceu mais cinco vezes sua mão no bumbum de Paris ( PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT, PLAFT) e depois a levantou, com calma. A mocinha chorava baixinho.

 

- Puxa papai, você nunca deu palmada na gente...

 

O Michael Jackson beijou sua filha de novo.

 

- Filha, pense nisso. Eu não quero endurecer de verdade, quero que você viva. Fique mais uns dias se divertindo menos, para viver e se divertir muito mais depois, viu?

 

Paris concordou com a cabeça, ainda chorando um pouquinho.

 

- Vem cá, minha filha.

 

Então, Michael Jackson e Paris se abraçaram. 

 

- Você é minha princesinha do pop, minha sweet little girl... sabia que você pode ter cem anos, será sempre minha sweet little girl?

- Sei, papai.

- E vai desistir dessa história de tentar escapar da segurança para se divertir com suas amigas?

- Vou, papai.

- Promete, meu pequeno tesouro, você promete?

- Prometo, papai, prometo que vou desistir de tentar enganar os seguranças.

- Então descansa aqui, minha filha, no colo do papai...

 

 

* * *

 

- Hã, o que...

 

Paris acordou. Que sonho ela tinha tido. Ela pensava no pai, nas coisas que ele tinha dito no sonho... parecia tão real... 

 

E o bumbum dela ardia um pouquinho, também. Paris encostou as mãos no bumbum e sentiu que ardia. Deu um gemidinho, de dor... e de medo, também.

 

- Foi só um sonho, foi só um sonho... só um sonho, só isso, só um sonho...

 

E Paris pensou em seu plano. Acordou depois da meia noite, como planejado. Então, ela repensou o que tinha planejado: a segurança provavelmente iria relaxar, e ela conhecia todas as portas e saídas da mansão, que era tão grande que poderia ser um labirinto. Ela também sabia onde estavam as chaves da casa, seria fácil sair e ligar para suas amigas pelo celular. Aí poderia se divertir a noite inteira, lá onde os seguranças não queriam que ela fosse porque achavam arriscado demais. O plano tinha mais detalhes, mas o essencial era isso.

 

Então, Paris andou pela casa com uma lanterna, pois não quis acender nenhuma luz para não chamar a atenção dos seguranças, e foi até um escritório onde estavam as chaves da mansão. Ela abriu a porta e ouviu “Não”!

 

Paris olhou para os lados, assustada. Parecia a voz do Michael Jackson. Mas ela se tranquilizou logo: “Foi só um sonho, só um sonho, só um sonho, um sonho e nada mais... só um sonho...”. Ela respirou fundo e entrou no escritório.

 

Paris foi até a mesa, abriu a gaveta, e ouviu a voz falando de novo:

 

- Não ouse pegar essas chaves!

 

Paris tremeu e quase desmaiou. Olhou para os lados de novo. Não havia ninguém. Não tinha ninguém. O pai dela estava morto há muito tempo. Ela tinha vontade muito grande de se divertir. Respirou fundo de novo e pensou: “não há ninguém aqui, eu que fiquei muito impressionado com o sonho, é só isso, só isso...” Paris ainda tremia. Suas mãos tremiam, quando as colocou na gaveta. Olhou em volta para ter certeza, não havia ninguém. Não, não havia ninguém. Com certeza, não havia ninguém. Criou coragem e pegou as chaves.

 

E quando pegou as chaves, sentiu que algo a puxava até a cadeira e ela se viu novamente deitada com o bumbum para cima. Parecia estar no colo de alguém e imaginou um homem parecido com seu pai, mas ainda estava escuro e ela não viu bem. Mas a voz da pessoa que a dominava na cadeira era a voz de seu pai, que dizia:

 

- Você prometeu!

 

E enquanto dizia dava palmadas: PLAFT!

 

- Prometeu!

 

PLAFT

 

- Prometeu sim!

 

PLAFT

 

- Prometeu... e não quer cumprir!

 

PLAFT

 

- Por isso eu tenho que castigar, entende?

 

PLAFT

 

- Porque você promete, não cumpre, e porque preciso te proteger, e quero que viva muito!

 

PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT 

 

- Quero que viva e se proteja, entendeu?

 

PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT 

 

- Você sempre será minha princesinha, minha sweet litle girl, meu pequeno e maravilhoso tesouro, e eu sempre vou evitar te castigar, mas se for para que você viva e aprenda a não se arriscar por tolices, eu castigo sim!

 

PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT 

 

- Castigo sim!

 

PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT 

 

- Agora chega. Volte para seu quarto. Eu nem levantei a camisola dessa vez, mas da próxima vez você vai apanhar com o bumbum à mostra, entendeu?

- ai... aiiii.... entendi, papai... sniff... entendi sim....

 

E Paris correu para seu quarto na mansão que herdou de Michael Jackson. De camisola, a mocinha corria no escuro, pois tinha esquecido a lanterna no escritório. Correu, entrou no quarto, entrou debaixo dos cobertores e...

 

* * *

 

… e acordou de novo. Na primeira vez não tinha acordado de verdade, ainda estava sonhando. Mas agora acordou mesmo. Nossa, pensava a mocinha, que pesadelos... que palmadas, também... Paris nunca imaginaria que o pai, tão legal, tão bonzinho, tão camarada com os filhos, pudesse dar palmadas no bumbum dela...

 

Ainda estava escuro. Talvez não fosse ainda três horas da madrugada. Ela tentou se levantar e...

 

- Aí!

 

… e sentiu o bumbum ficar em brasas quando o encostou na cama. Estava ardendo e muito, desta vez. Estava dolorido e quente, Paris sentiu quando passou a mão por ele de leve.

 

Paris se levantou da cama, foi ao espelho, levantou a camisola para olhar o bumbum e levou um susto: o bumbum dela estava vermelho como dois tomates, e cheios de marcas de dedos. Ela tinha realmente levado uma surra no bumbum e admitiu que não estava sonhando.

 

Olhou para o retrato do pai com ela ainda criança que tinha na cabeceira da cama e disse:

 

- Ok, papai, tudo bem, eu não vou mais sair hoje não, só vou sair quando a segurança autorizar, viu. E só vou dispensar os seguranças quando o FBI pegar todos os terroristas, tudo bem?

 

E Paris se deitou, talvez ainda pudesse cochilar mais um pouco até o dia amanhecer. Ela não tinha o hábito de levantar cedo, mas enquanto estivesse em perigo deixaria de se divertir pela madrugada afora. O bumbum ardia e doía muito, e Paris deitou de bruços. Parecia que ela ouvia o pai dizendo:

 

- Foi para o seu bem princesinha, foi para o seu bem... isso doeu mais em mim que em você. Agora durma minha criança.

Eu sou uma mulher casada, e sou uma mulher adulta. Eu faço o que quero quando quero. Mas o meu marido não concorda. Ele acha que tem que me tratar como criança e que tenho que obedecer como criança, e isso me deixa com muita raiva e acabo desobedecendo só porque não admito ser mandada. Eu o amo e sei que ele me ama, mas temos nossas brigas, que muitas vezes me deixam com o bumbum vermelho.

 

No mês passado, eu tive uma gripe muito forte, que me pôs na cama. O médico me deu 15 dias de licença, o que achei bom, mas me deu ordens de ficar na cama o máximo de tempo possível, o que achei ruim. O meu marido ficou preocupadíssimo, porque tive uma febre muito alta, uma enorme dor de cabeça e perdi todo apetite. Quando ele fica preocupado, ele fica autoritário. E disse muito sério para eu seguir todas as ordens do médico. Ele me conhece e sabe que não tenho paciência para ficar na cama, mas como a esperança é a última que morre, ele me mandou ficar.

 

Mandou! O verbo me dá tanta raiva... (menos quando o sujeito dele sou eu, é claro). Mas como eu estava mesmo me sentindo muito mal, eu obedeci desta vez. Acho que meu marido até ficou surpreso com isso.

 

Então, eu fiquei de cama, tomando remédio. O meu marido vinha e me dava os remédios. Ele vinha sempre na hora marcada e me via tomando os comprimidos e o xarope amargo. E quando ele vinha, ele me passava a mão na cabeça, alisava meu rosto, me beijava e me abraçava, e lia para mim uma revista que ele sabia que eu gostava até eu cochilar... então, ele me dava um beijo e saía, para voltar na hora marcada e me dar mais remédios, que eu tinha que tomar a cada seis horas. Ele vinha do serviço só para me dar os remédios, e programava o despertador para acordar a noite e me dar remédios. Ele me dava o xarope com uma colher, na boquinha, como se eu fosse um bebê, e colocava a pilula na boca para me dar ela quando me beijava... é um marido mandão, mas muito carinhoso.

 

Lá pelo quinto, sexto dia de convalescença, eu resolvi tentar caminhar pela casa, pois já estava me sentindo melhor. Eu andava uns cinco, dez minutos, e logo a tontura, a febre e a dor de cabeça voltavam, e eu voltava para a cama. Quando meu marido soube disso, me deu uma bronca, e eu não gostei. Ele me disse que eu precisava ficar de cama até melhorar, pois era para o meu bem, e eu respondi:

 

- Se eu me sinto bem, pouco importa o que o médico fala! Eu me sinto bem, não vou admitir ser tratada como se ainda estivesse doente!

- Mas você está, mocinha! Está doente e precisa ficar de cama!

- Eu não acho e eu decido!

- Se não estivesse tão dodói eu teria te dado já muitas palmadas... e vou dar, se você continuar teimando!

 

Eu fiquei de cama, emburrada. Sim, eu ainda não estava totalmente curada. Mas eu já podia andar um pouco, então vou andar um pouco, ora essa! Então, no outro dia, eu amanheci melhor, o meu marido estava no trabalho, então eu resolvi dar um passeio na rua. No elevador, eu tive uma dor de cabeça que deveria ter servido de aviso, mas quando teimo, eu teimo mesmo! E estava andando na rua, quando passei mal e caí no chão. Desmaei.

 

Acordei na cama de casa, um vizinho me viu e chamou meu marido, que me carregou nos braços até minha cama. Ele estava ajeitando o travesseiro debaixo da minha cabeça quando falou:

 

- Você é uma mocinha teimosa mesmo! Parece criança que precisa de palmadas! Sorte sua está tão dodói! Eu não sei porque tenho pena! Será que agora você vai obedecer? Ou eu vou ter que ficar aqui te vigiando em vez de trabalhar?

 

Ele estava com a expressão mais preocupada que eu já tinha visto. Eu estava mal demais para esboçar uma reação, e além disso eu tinha vergonha, por isso fiquei calada. Ele ligou para o médico, e marcou outro exame. Aí, ganhei mais uma semana de folga e meu marido mais uma semana de preocupação. O doutor também receitou um creme para passar no meu corpo, e meu marido me passava nas costas, enquanto me massageava. Ele fazia isso com carinho e paciência, e isso me fazia bem...

 

- Você não vai mais teimar, não é, meu amor? Você agora sabe que precisa mesmo se cuidar, não sabe, minha fofinha linda? Você me deixa tão bravo às vezes, teimando como teima... mas eu te amo, eu nunca vou deixar de te amar, eu te adoro...

 

E ele me beijava e me abraçava, depois de me massagear... enquanto estive doente, ele foi super dedicado e super carinhoso. A única coisa chata era ele dizendo de vez em quando que eu precisava de umas palmadas.

 

Então, depois de uns dias, eu me senti melhor de novo, e desta vez muito melhor. Eu andava pelo quarto, e não sentia nada. Resolvi passear um pouco na rua, e não senti nada. Eu me achava curada, mas ainda tinha alguns dias de folga, resolvi aproveitar para me divertir.

 

Foi quando meu marido chegou, e tinha uma cara de bravo e preocupado comigo. Ele foi logo dizendo:

 

- O vizinho me ligou avisando que você está passeando pela rua. Não sabe que tem que ficar de cama?

- Besteira, eu já estou boa.

- Mas o médico te mandou ficar de cama e você vai ficar!

- Não vou! Vou sair e tomar um soverte!

- Nem pensar! Trata de voltar para a cama e terminar de curar essa gripe!

- Não, eu vou tomar um soverte!

- Minha linda, eu estou pedindo.

- Eu vou tomar um soverte!

- Estou mandando!

- Ninguém manda em mim!

 

E saí. Ele foi atrás, mas eu corri até o elevador e fechei a porta antes dele entrar. Ele correu pela escada, mas não me alcançou, porque eu fui esperta e parei no primeiro andar, mandei o elevador para a garagem e sai do prédio pelo térreo.

 

Daí, eu fui até a soverteria. Quando ele me achou, eu estava saboreando um soverte gostoso e olhei para ele com expressão de desafio. Eu duvidava que ele se atrevesse a fazer alguma coisa. Por isso eu tive uma surpresa desagradável quando ele me pegou pela cintura, derrubando o soverte, e me carregou nos ombros até o carro.

 

Eu protestei, esperneei, esmurrei as costas dele, mas ele não me largou até me jogar dentro do carro, e me levou dali.

 

Eu ainda estava muito brava no carro, não tanto por ele ter me arrastado para lá quanto porque eu perdi meu soverte, e fui brigando com ele no caminho:

 

- Ora, quem você pensa que é? O corpo é meu, eu mando nele, eu que decido se preciso ou não me tratar, eu acho que estou boa e mesmo que não estivesse você não tem o direito de me obrigar a ficar em casa deitada na cama tomando remédios! Se eu quiser tomar remédio eu tomo e se eu quiser tomar soverte eu tomo! Porque eu mando em mim e sou dona do meu nariz! E você não tem o direito de me dar ordens como se eu fosse uma criança porque eu sou uma mulher adulta! E se eu ficar mais doente é problema meu e não seu! Pare o carro e me deixe sair!

 

Ele parou o carro, e não só me deixou sair como abriu a porta e me carregou para fora. Foi só então que notei que ele não tinha ido para nossa casa, e sim para um ponto de ônibus que ficava numa rua abandonada, onde passavam poucos carros. Foi quando ele me disse:

 

- Você não é dona de seu nariz, porque você não sabe cuidar de sua vida. Quem é adulto mostra maturidade e arriscar a saúde por um capricho não é sinal de maturidade. E nem foi só essa vez mas várias. Eu te amo, e quero tudo de bom para você. Mas se você vai agir como criança teimosa eu te tratarei como uma criança teimosa.

 

Disse isso, e me carregou até o ponto de ônibus onde ele se sentou e me deitou no colo com o bumbum para cima. Ele levantou minha saia e começou a baixar minhas calcinhas, e eu pedi, implorei:

 

- Não querido, por favor, eu vou morrer de vergonha se um carro passar!

- É para morrer de vergonha mesmo, que é só assim que você cria vergonha na cara!

 

Ele me deixou com o bumbum pelado e começou a me dar palmadas:

 

PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...

 

A mão dele descia forte no meu bumbum, cada palmada ardia como se a mão dele fosse de brasas... mas o pior era o medo de aparecer alguém, a estrada era deserta mas eu olhava para o asfalto, rezando para ninguém me ver... Eu tentava proteger meu bumbum com uma mão, porque com a outra eu não conseguia alcançar, mas meu marido segurava ela contra as minhas costas enquanto me dava palmadas e mais palmadas:

 

PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT PLAFT...

 

Então, eu vi um carro longe indo em nossa direção, e cobri o rosto, que ficou tão vermelho quanto meu bumbum deveria estar. O motorista não parou, acho que estava com pressa, mas deve ter visto a cena pela janela. Não sei quem era, tomara que não tenha sido nenhum conhecido, porque quem nos conhecesse saberia que era meu marido dando palmadas num bumbum que só poderia ser o meu... ai, era um carro parecido com o carro de um casal amigo nosso, até hoje eu tenho vergonha quando encontro um deles, embora não tenha certeza se eram eles e o carro deles naquele momento, em que me marido me ensinava a levar minha saúde a sério com palmadas bem fortes no meu bumbum:

 

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Então, ele acabou. Finalmente, ele acabou. Meu rosto estava molhado de lágrimas, não tanto de dor quanto de vergonha. Eu tentei pegar a calcinha mas ele disse:

 

- Não, minha linda queridinha, minha fofinha que eu amo, nada de calcinha. E nem de saia. Quando chegarmos no prédio eu te empresto meu terno. Foi duro, não foi? Mas foi para o seu próprio bem. Para que você leve a sério o tratamento e fique boa logo, porque você me mata de preocupação quando está dodói. E saiba que vai ficar de castigo, depois dos dias em que você tem que ficar de cama. Nada de sair de casa no próximo mês para se divertir!

 

Eu obedeci, porque estava com vergonha e porque tinha medo de apanhar mais. Ele me emprestou o terno, mas só para eu descer do carro e andar de elevador. Eu tremia de vergonha, com medo que alguém percebesse que eu estava com o bumbum nu debaixo do terno dele e principalmente que meu bumbum tinha sido castigado com muitas palmadas.

 

Depois, em casa, ele veio me dar remédio na cama, me trazer a janta na cama, me fazer carinho e me abraçar e me beijar, e ainda passar um creme no meu bumbum, que estava bem vermelho, cheio de marcas de dedos, por causa das palmadas. Ele me fez prometer que não iria mais arriscar minha saúde e seguiria sempre as ordens do médico, porque era para o meu bem, ele não me mandava ficar na cama me tratando de graça mas porque me amava, e eu disse sim, eu sei, mas as palmadas foram muito fortes e eu tinha quase morrido de vergonha quando o outro carro passou perto de nós...

 

Depois, eu sarei completamente, e ele até me comprou um soverte gostoso, mas eu tive que ficar de castigo durante um mês. Foi muito embaraçoso, minhas amigas me convidavam para sair e eu dizia que não podia porque ainda estava me sentido mal da gripe e queria evitar o sereno, eu tinha vergonha de dizer que estava de castigo e se eu escapasse ia apanhar no bumbum de novo. Porque afinal não tem cabimento. Eu sou uma mulher adulta, não tem condição meu marido me botar de castigo e nem de bater no bumbum se eu fugir do castigo porque eu não sou mais criança há muito tempo. Mas me trata como seu eu fosse criança. Ele é carinhoso, dedicado, me ama de verdade e eu amo muito ele, mas ele me põe de castigo. E ele me bate no meu bumbum. Ele acha que tenho que ser disciplinada como se eu ainda fosse uma menininha. Quando ele vai entender que sou uma mulher adulta?

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